terça-feira, 13 de abril de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 357

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 357

Dia14/04/2021 | 2ª Semana da Páscoa | Quarta-feira

Evangelho segundo João (3,16-21)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·      Prepare-se cantando: Deus é amor! Arrisquemos viver por amor! Deus é amor, ele afasta o medo! (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=4j2EqG2H7wA)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 3,16-21

·      Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·      No encontro com Nicodemos, Jesus enfaticamente que, para entender o Reino de Deus e participar dele, é preciso “nascer de novo”, recomeçar

·      Mais que isso, é preciso “nascer do alto”, do crucificado por amor, porque o apego exterior à Lei produz a morte, e não a vida

·      Por mais incrível que possa parecer, Jesus inclui a Lei entre “as coisas da carne”, limitadas e precárias, superadas pelas “coisas do Espírito”

·      Deixar-se conduzir pelo Espírito significa percorrer o caminho de Jesus, abrindo mão de coisas seguras e arriscando-se a chegar ao mesmo fim

·      Jesus é Aquele que “desceu” e aquele que “foi elevado”, por isso, o único caminho no qual os discípulos podem encontrar vida, saúde e liberdade

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Leia atentamente, sem pressa, palavra por palavra, este episódio e este diálogo tenso entre Nicodemos e Jesus

·      Recite de memória as palavras de Jesus: Deus amou tanto o mundo; para que o mundo seja salvo; os homens preferiram as trevas à luz...

·      O que significa concretamente esta afirmação: “Deus amou o mundo” (e não apenas as pessoas, as almas)?

·      E o que entendemos quando falamos “amor”: é substantivo (coisa) ou é verbo (ação, relação)? Significa sentimento, ou afirmação da dignidade da outra pessoa e serviço ao bem dela?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração do dia

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Medite e reze com canção pascal: Louvarei a Deus, seu nome bendizendo. Louvarei a Deus: à vida nos conduz... (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=PYsPJrMIv7M)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

Algumas pistas sobre João 3,16-21

Estamos ainda com a cena e a catequese que começamos a meditar na segunda-feira e prosseguimos no dia de ontem. Tendo procurado Jesus à noite, momento preferido pelos judeus para estudar e acolher a Palavra, Nicodemos ouviu da boca de Jesus que seu saber não servia para nada, que, para ver o Reino de deus, ele precisaria desaprender.

Para um doutor da Lei, como é o caso de Nicodemos, a palavra de Deus era substancialmente uma Lei que classifica e separa, condenando uns e absolvendo outros. Por isso, eles esperavam a vinda de um Messias que, com a Lei na mão, punisse aqueles/as que não conseguiam cumpri-la ou que a própria Lei excluía de toda e qualquer chance de vida.

Continuando sua catequese a Nicodemos, Jesus afirma, sem rodeios, que a relação de Deus com o mundo é uma relação de amor, e não de julgamento. Deus envia seu Filho, Jesus de Nazaré, para que as pessoas que o aceitam e aderem ao seu caminho vivam mais plenamente. Ele não veio em vestes de juiz que condena, mas de servo e companheiro que dá a vida.

Jesus é como Luz que ilumina, e não como Lei que discrimina. Ele nos ensina que a vontade de Deus é boa, e o é para toda a humanidade e para as demais criaturas, sem discriminação. É no seu amor sem medida que brilha o ser e o agir de Deus, e não na Lei, que coloca as pessoas umas acima das outras, todas distantes, indiferentes ou competidoras entre si.

Mas há gente que prefere outra luz e outro saber, que não passam de treva e de idiotice violenta. Há quem chegue a afirmar que a pandemia, que fere de morte a tanta gente e força-nos a ficar em casa, seria vingança de Deus pelos abusos do carnaval ou de alguns filmes. Como seu Deus não amasse o mundo a ponto de dar seu próprio Filho.

O amor incondicional de Deus, manifestado em Jesus, é a verdade, e a prática fiel desse amor é o que nos liberta e nos mantém no caminho que leva à Luz. E essa luz nós a alcançamos amando-nos uns aos outros, e não armando-nos.

 (Itacir Brassiani msf)

Pensamento do Papa Francisco

Passados os anos, ao refletir sobre o próprio passado, nossa pergunta não será: “Quantos me aprovaram, quantos votaram em mim, quantos tiveram uma imagem positiva de mim?” As perguntas, talvez dolorosas, serão: “Quanto amor coloquei no meu trabalho? Em que fiz progredir o povo? Que marcas deixei na vida da sociedade? Que laços reais construí? Que forças positivas desencadeei? Quanta paz social semeei? Que produzi no lugar que me foi confiado?” (Fratelli Tutti, § 197)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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