sábado, 24 de abril de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 368

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 368

Dia 25/04/2021 | 4ª Semana da Páscoa | Domingo

Evangelho segundo João (10,11-18)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando: A Palavra está perto de ti...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=BU9zUi4N3Yc)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 10,11-18

·      Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·      No horizonte do tempo pascal, a Igreja nos propõe a meditação sobre Jesus como Pastor Bom, capaz de dar a vida pelo seu rebanho

·      Sua figura e sua atitude se contrapõe aos dirigentes (religiosos e políticos) mercenários, que trabalham por interesse, por dinheiro

·      Antes, Jesus acusa as lideranças do templo de serem são cegos, não quererem ver; depois, estas acusam de estar louco, possuído pelo diabo

·      Em meio a isso, Jesus interpreta sua possível execução como um ato de livre doação de si por amor ao seu rebanho, que ele conhece e ama

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Recomponha na memória as principais frases desta polêmica pregação de Jesus contra as lideranças religiosas e políticas

·      Como podemos distinguir hoje a diferença entre as lideranças mercenárias e as autênticas, como o Bom Pastor?

·      Como cristãos e seguidores/as de Jesus, conhecemos realmente sua Voz, sua Palavra, em meio a tantos ensinos e lições diversas?

·      Quais são hoje, em nosso meio, as “outras ovelhas, que não deste curral”, e que Jesus conduz e ouvem sua voz?

·      Em relação à sua família, sua comunidade e sua cidade: suas atitudes são como aquelas do Pastor Bom?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Reze repetindo estas palavras: Tu és, Senhor, o meu Pastor; conheço tua voz e teu coração, e, por isso, sigo teus passos!

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como discernir entre pastores/as e mercenários em nossas famílias, em nossas comunidades cristãs e em nossas Igrejas e cidades?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Medite e reze com canção paulina: “O Senhor é meu pastor e nada, nada me faltará...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7yhNw_Izyp4)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

Algumas pistas sobre João 10,11-18

A imagem do “pastor” é aplicada tanto ao próprio Deus, como ao futuro rei messiânico e aos líderes político-religiosos de Israel. Os evangelistas a aplicam a Jesus: ele é realmente pastor, pois participa da condição humana, inclusive da morte, para nos conduzir à vida eterna. Em grego, “bom”, significa ideal ou nobre, e não somente eficiência. Assim é Jesus, pois livremente despoja-se da sua própria vida para salvar a vida do seu rebanho.

O texto confronta a ação de Jesus com a dos pastores mercenários, que não defendem o rebanho, mas cuidam somente dos seus próprios interesses. É uma referência ao profeta Ezequiel, que condenava os maus pastores do povo de Deus (os líderes religiosos e políticos do seu tempo), que somente exploravam o povo para o seu próprio proveito, abandonando-o nas horas de maior necessidade.

O trecho destaca o verbo “conhecer”. Jesus conhece as suas ovelhas como conhece o Pai e é conhecido pelo Pai. Conhecer implica um relacionamento íntimo de amor e solidariedade. O conhecimento que Jesus tem dos seus discípulos nasce e se plenifica no amor entre o Pai e o Filho. Não é um amor só de emoções ou sentimentos, mas um amor exigente, capaz de assumir o outro até o ponto de doar a vida. A morte na Cruz, assumida livremente, é a expressão suprema desse amor.

O amor não pode se restringir aos irmãos da comunidade. A utopia de Jesus é a união entre todos “os seus”.  Isso não significa um crescimento da Igreja visível até que toda a humanidade faça parte dela, mas a realização do Pai-nosso (“seja feita a vossa vontade, assim na terra como no Céu”): a busca do bem, da justiça e da fraternidade, mesmo fora da Igreja visível, onde se realiza o ou Reinado de Deus.

Como seguidores do Bom Pastor, somos convidados/as a viver desse mesmo amor que exige o despojamento. Isso não implica necessariamente a morte física, mas a morte ao egoísmo, e a todos os “ismos” que nos dividem e separam, seja por causa do gênero, raça, cor, classe ou cultura.

 (Tomás Hughes SVD)

Pensamento do Papa Francisco

Os meios de comunicação social podem ajudar a sentir-nos mais próximos uns dos outros, a perceber um renovado sentido de unidade da família humana, que impele à solidariedade e a um compromisso sério para uma vida mais digna. Mas é necessário verificar continuamente se as formas atuais de comunicação nos orientem efetivamente para o encontro generoso, a busca sincera da verdade íntegra, o serviço, a aproximação dos últimos e o compromisso de construir o bem comum”. (Fratelli Tutti, § 205)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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