quarta-feira, 28 de abril de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 372

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 372

Dia 29/04/2021 | 4ª Semana da Páscoa | Quinta-feira

Evangelho segundo João (13,16-20)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando: A Palavra está perto de ti...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=BU9zUi4N3Yc)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 13,16-20

·      Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·      Depois de partilhar pão e vinho como sacramento do dom da sua vida, e depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus os chama à reflexão

·      Depois se perguntar se os discípulos haviam entendido os gestos da mesa e do lava-pés, Jesus sublinha alguns aspectos

·      Antes de tudo, insiste que a felicidade plena do/a discípulo/a está em ser como o mestre: amigo solidário e servidor do próximo

·      Uma simples adesão formal e ritual ao seu pedido equivaleria a traí-lo, a “comer o pão com ele”, e não “se alimentar dele”

·      Se o Mestre e Senhor se faz servo, a reivindicação de superioridade seria uma arrogância e uma irresponsabilidade

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Recomponha na memória os gestos as palavras no ambiente da última ceia de Jesus com os seus discípulos

·      Em que nós e nossos contemporâneos depositamos a esperança da felicidade: na atitude de amigo e irmão, ou de superior e chefe?

·      Por que a maioria dos cristãos prefere repetir o rito da eucaristia e do lava-pés, mas resiste em assumir a atitude que eles representam?

·      Como testemunhamos aos homens e mulheres de hoje nossa identificação com Jesus e sua missão?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Peça a Jesus a perseverança no seu caminho de amor solidário e serviço generoso, superando a tentação da indiferença e da superioridade

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como recebemos em nossas casas e Igrejas as pessoas que chegam em nome de Jesus (começando pelos pobres, doentes e necessitados)?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Medite e reze com canção paulina: “O Senhor é meu pastor e nada, nada me faltará...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7yhNw_Izyp4)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

Algumas pistas sobre João 13,16-20

O texto que meditamos ontem está situado imediatamente antes da ceia e do lava-pés, e o de hoje está na sua sequência. É uma espécie de catequese que retoma os gestos da ceia e do lava-pés e extrai seu sentido mais profundo, chamando a atenção para a necessidade de leva-los a sério, de não ficar na exterioridade, como se não passassem de simples ritos.

Jesus havia perguntado aos seus discípulos se eles haviam entendido seus gestos, e sua pergunta se fazia necessária, porque Pedro e Judas não concordavam com aquilo que Jesus fizera e ensinara. Recorrendo a um provérbio popular (“não queira ensinar a missa ao padre”), ele sublinha que o discípulo não pode fazer diferente do mestre, dominar em vez de servir, ser indiferente e não compassivo.

Para Jesus, é uma arrogância, uma irresponsabilidade e uma traição um discípulo comportar-se como senhor, como superior em vez de igual. E, para não deixar dúvidas sobre esta lição, afirma solenemente: “Se sabeis isto, e o puserdes em prática, sereis felizes”. Não se trata de repetir o rito da ceia e do lava-pés, mas de praticar o amor que serve, a compaixão que nos aproxima e faz irmãos.

Comporta-se como Judas o cristão que pensa que crer em Jesus é apenas uma coisa formal e nominal; é como se comesse o pão com Jesus, mas não se alimentasse do corpo (vida) de Jesus. Mas quem coloca em prática a atitude global de Jesus, evidenciada na ceia e no lava-pés, quem vive o amor que serve, gera uma nova comunidade humana, realiza-se como pessoa, vive a felicidade sem limites.

Discípulo/a é quem assume a prática de Jesus, quem se faz semelhante a ele. Por isso, quem recebe um/a discípulo/a, recebe Jesus. Jesus é o enviado do Pai, e os/as discípulos são os/as enviados/as de Jesus para viver como ele e ensinar o que ele ensinou. É assim, vivendo relações que tecem a igualdade, que fazem a experiência de serem filhos/as de Deus. Como fruto disso, quem acolhe um/a discípulo/a missionário/a também se descobre filho/a de Deus.

 (Itacir Brassiani msf)

Pensamento do Papa Francisco

“Partindo do reconhecimento do valor de cada pessoa humana como criatura chamada a ser filho/a de Deus, as diversas religiões oferecem uma preciosa contribuição para a construção da fraternidade e a defesa da justiça na sociedade. O diálogo entre pessoas de diferentes religiões não se faz apenas por diplomacia, amabilidade ou tolerância, pois o objetivo do diálogo é estabelecer amizade, paz, harmonia, e partilhar valores e experiências morais e espirituais num espírito de verdade e amor”. (Fratelli Tutti, § 271)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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