quinta-feira, 29 de abril de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 373

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 373

Dia 30/04/2021 | 4ª Semana da Páscoa | Sexta-feira

Evangelho segundo João (14,1-6)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando: A Palavra está perto de ti...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=BU9zUi4N3Yc)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de João 14,1-6

·      Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·      Depois da última ceia e do lava-pés, Jesus se detém num longo e terno diálogo com seus discípulos, do qual o texto de hoje faz parte

·      Percebendo o desconcerto e a confusão existencial dos discípulos, como Mestre e Amigo Jesus faz o possível para confortá-los

·      Mas não abre mão do caminho que o Pai traça para ele, e que é o caminho que os leva à verdade e à vida: e amor e o serviço aos irmãos

·      A confusão de Tomé vem da sua compreensão fechada de que o termo da caminhada de Jesus será a morte pura e simples

·      O “lar” do Pai é a intimidade e a comunhão com ele no dinamismo do amor, assim como se mostra nas ações concretas de Jesus

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Recomponha na memória os gestos as palavras desse diálogo de Jesus com os seus discípulos no ambiente da última ceia

·      Será que também nós perdemos a noção da meta da vida cristã (a vida plena no amor sem medidas) e, por isso, estamos confusos?

·      O que mais nos deixa perplexos e confusos, no atual momento da Igreja, do Brasil e do mundo? Ou somos indiferentes a tudo?

·      O que seria concretamente a “verdade” e a “vida” para as quais Jesus afirma ser o caminho?

·      Cremos em Deus acreditando verdadeiramente em Jesus, ou projetamos em Jesus nossas surradas ideias sobre Deus?

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Reze com o refrão: Senhor, o que queres que eu faça? Senhor, o que queres de mim? Mostra-me os teus caminhos! Senhor, o que queres de mim?

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Medite e reze com canção paulina: “O Senhor é meu pastor e nada, nada me faltará...” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7yhNw_Izyp4)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

Algumas pistas sobre João 14,1-6

O texto de hoje está no contexto da ceia e do lava-pés, e é parte de uma espécie de catequese que desenvolve o significado desses gestos de Jesus e procura confortar os discípulos. Na verdade, eles ficam desconcertados e confusos com o ensino e a prática de Jesus, como também pela percepção que traições se desenhavam entre eles.

Estava claro uma espécie de divórcio entre as expectativas de sucesso, segurança e libertação política que os discípulos alimentavam e a proposta de Jesus centrada na reconciliação e na fraternidade, no serviço gratuito aos mais vulneráveis, na construção do reino de Deus. O gesto do pão e do vinho, antecipando a sua paixão e morte, e o sinal do lava-pés, afirmando a igualdade fundamental de todos diante de Deus, chegava a escandaliza-los.

Neste diálogo familiar, Jesus procura consolar e confortar aqueles que ele ama e que o seguem. E começa afirmando que no “lar” do Pai, de onde ele vem e para onde ele volta, existe lugar para todos, lugares que o próprio Jesus prepara. Mas para chegar lá, os discípulos devem levar Jesus mais a sério. “Acreditem no Pai acreditando em mim”, diz Jesus de modo imperativo. É assim que poderão ser acolhidos por Jesus na plenitude e gratuidade do amor que ele vive.

Mas para chegar e habitar na intimidade familiar com o Pai e experimentar a vida em sua plenitude só há um caminho: o estilo de vida de Jesus, o caminho do amor sem medida, que relativiza a própria vida. Vida é a meta, o termo da caminhada. Neste caminho que é Jesus, o/a discípulo descobre a verdade sobre si mesmo e sobre Deus: nascemos do amor, vivemos por amor e morremos por amor. O amor e a vida estão no caminho, no dinamismo de crescimento e amadurecimento.

O caminho, a verdade e a vida é Jesus, e não esta ou aquela religião, esta ou aquela doutrina. Como discípulos/as, jamais poderemos relativizar a pessoa e a proposta de Jesus. Cairíamos na mentira, perder-nos-íamos nas encruzilhadas, cairíamos prisioneiros/as da morte, fora do nosso “lar”.

 (Itacir Brassiani msf)

Pensamento do Papa Francisco

É possível prestar atenção à verdade, buscar a verdade que corresponde à nossa realidade profunda? Para que uma sociedade tenha futuro, é preciso ter maturado um vivo respeito pela verdade da dignidade humana. Então abster-se-á de matar alguém, por convicção. É uma verdade irrenunciável que reconhecemos com a razão e aceitamos com a consciência. Uma sociedade é nobre e respeitável, nomeadamente porque cultiva a busca da verdade e pelo seu apego às verdades fundamentais”. (Fratelli Tutti, § 271)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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