Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 831
Dia 01/08/2022 | XVIII
Semana do Tempo Comum | Segunda-feira
Evangelho segundo
Mateus (14,13-21)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “A Palavra de Deus, ouvida, é a verdade que nos
liberta; que nos chama à nova vida...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=mb6XIsXI2Bk)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 14,13-21
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Depois da festa das
elites, regada a bebedeiras e orgias, nas quais é tramada a morte de João
Batista, temos a cena da festa dos pequenos, com pão e peixe gratuitos e
abundantes para os famintos
· A cena é como o dedo do
profeta que aponta para a lua: precisamos ver no pão repartido o sinal do Reino
de Deus
· O segredo e o motor de
tudo é a compaixão de Deus pelo povo, vivida e revelada em palavras e ações por
Jesus de Nazaré
· A compaixão vence a
indiferença, supera o descaso e nos faz corresponsáveis pelo destino das
pessoas mais vulneráveis
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Acompanhe Jesus e os
discípulos/as na sua retirada para o deserto, alertado pelo martírio de João
Batista
· Veja a “procissão” de
pessoas necessitadas que os seguem, porque veem em Jesus o último porto e única
esperança
· Note a confusão dos
discípulos, que não sabem o que fazer, e pedem que Jesus deixe as pessoas
famintas à própria sorte
· O que significa, para
você, sua família e sua comunidade a ordem de Jesus: “Deem-lhes vocês mesmos de
comer”?
· Como poderíamos evitar
o desperdício de alimentos em nossa própria casa, e destiná-los a quem deles
necessita?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como nossa Igreja
poderia superar o assistencialismo e o espiritualismo, e lutar para que haja
“pão em todas as mesas”?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite cantando “Deus seja louvado no pão
partilhado” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=_qIZK85mrGQ)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e conclua seu momento de oração
Breves notas sobre Mateus 14,13-21
Jesus não foi um milagreiro de ocasião, um curador empenhado
em realizar prodígios para fazer propaganda de si mesmo. Os Seus milagres são
sinais que abrem uma brecha neste mundo de dominação e de injustiças, e apontam
já para uma realidade nova, meta final da caminhada existencial e social do ser
humano.
Concretamente, o milagre da “multiplicação dos
pães” é um sinal que nos convida a tomar consciência de que o projeto de Jesus
é alimentar os homens e mulheres e reuni-los numa fraternidade real e universal,
na qual saibam como partilhar o pouco ou muito que têm.
Para os cristãos, a fraternidade e a partilha não é
uma exigência ao lado de tantas outras, mas a única maneira de
construir o reino do Pai neste mundo. Essa fraternidade pode ser mal entendida,
se pensamos que amamos o nosso próximo simplesmente porque não lhe fazemos nada
de mal, embora, concretamente, vivamos num um horizonte mesquinho e egoísta,
despreocupados de todos.
Por ser sacramento e fermento de fraternidade, a
Igreja é chamada a promover, em cada momento da história, novas formas de
estreita fraternidade entre os homens e mulheres e entre os povos. Os crentes
devemos aprender a viver com um estilo mais fraterno, escutando as novas e
velhas necessidades do homem de hoje.
A luta pelo desarmamento, a proteção do meio
ambiente, a solidariedade com os famintos, a partilha com os desempregados, a
ajuda aos drogados, a preocupação com os idosos esquecidos, a atenção aos
protocolos de prevenção contra o Covid-19 são outras tantas exigências para
quem se entende irmão e quer multiplicar para todos o pão que as pessoas
necessitam para viver.
O relato do evangelho de hoje nos lembra que não
podemos comer tranquilos/as o “nosso” pão e o “nosso” peixe enquanto junto a
nós há homens e mulheres ameaçados pela fome. Na verdade, nada é nosso! Tudo o
que temos foi confiado ao nosso cuidado para que não falte nada a ninguém. Os
que vivem tranquilos/as e satisfeitos/as devem ouvir as palavras de Jesus:
«Dai-lhes vós de comer».
(Itacir Brassiani msf)
O valor da formação litúrgica
“A
liturgia é a primeira fonte de comunhão divina na qual Deus compartilha sua
própria vida conosco, a primeira escola da vida espiritual, o primeiro dom que
devemos fazer ao povo cristão unido a nós pela fé e pelo fervor das suas
orações.
É também um convite para que todas as pessoas possam agora erguer suas vozes
mudas em oração abençoada e genuína e experimentar esse poder regenerador que
se encontra quando se juntam a nós na proclamação dos louvores de Deus e das
esperanças do coração humano” (Papa
Francisco, Carta apostólica Desiderio
desideravi, § 30).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS