Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 804
Dia 05/07/2022 | XIV
Semana do Tempo Comum | Terça-feira
Evangelho segundo
Mateus (9,32-38)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze,
ouvindo e repetindo o mantra: Aquele que vos chamou, aquele que vos chamou
é fiel! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=hGBOOoqb3YA)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 9,32-38
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Jesus continua sua peregrinação
pelo santuário das dores humanas, anunciando a boa notícia do Reino de Deus,
ensinando e curando
· Os fariseus, que amam
mais as leis e a si mesmos que a Deus e seus filhos e filhas, acusam Jesus de
ser colaborador do demônio
· Jesus não se importa
com as acusações, e continua desempenhando se ministério de cura e ensino
· Ele sabe que não fará
tudo sozinho, mas não se desespera: convoca a nós para colaborar e buscar mais
colaboradores
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Acompanhe cada palavra
e cada gesto ou ação desta cena, observando bem a atitude dos diversos
personagens
· O segredo da vida e o
motor da missão de Jesus é a compaixão, seu envolvimento visceral com as
pessoas que sofrem
· O que esta cena e estas
palavras de Jesus nos ensinam sobre a missão da Igreja e nossa nos dias de
hoje?
· Como você, e as
lideranças da sua comunidade, reagem às críticas ou acusações frente às
iniciativas de evangelização e solidariedade?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Apresente-se a Jesus,
colocando-se à disposição para colaborar com ele na sua imensa missão e pedindo
a graça da compaixão
· Agradeça pelas muitas
pessoas que, dentro ou fora da Igreja, desenvolvem o ministério da compaixão
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que fazer para aplicar
os melhores recursos da Igreja no anúncio do Evangelho e na promoção da
dignidade humana?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça
e cante o refrão: Jesus, tu és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passos
meus seguindo os teus! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=qpCS0gucq6c)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
Breves notas sobre Mateus 9,32-38
Ontem contemplamos a bela cena da cura de uma
mulher que sofria de hemorragia, e de uma menina que foi “levantada”. Mateus
registra que a notícia foi se espalhando, e assim chegou até nós. Perguntávamos
também se cremos, como a mulher e o pai da menina, que o toque de Jesus pode
nos curar e levantar. No evangelho de hoje, Jesus cura um surdo-mudo, e
continua sua peregrinação pelo santuário das dores humanas, anunciando o Reino de
Deus, ensinando como acolhê-lo e curando enfermos.
Jesus sempre é tocado pelo sofrimento humano, mas
não fica no simples sentimento. Diante de um povo abandonado à própria sorte
pelas autoridades religiosas e políticas, de um povo que é descrito como cansado
e abatido, espoliado e abandonado, Jesus é tomado de profunda compaixão e toma
iniciativas para mudar a situação e devolver a cidadania às pessoas e grupos. A
compaixão, essa capacidade de se importar profundamente com a dor dos outros, é
o segredo e o motor da sua missão.
O surdo-mudo da cena de hoje é mais um exemplo vivo
desse povo marginalizado e dependente. Sob a pressão do exército romano e das
múltiplas carências que o encarceravam, o povo não consegue nem levantar seu
próprio lamento nem gritar seu protesto. A ação de Jesus livra as pessoas desse
tormento, a multidão se admira, mas os fariseus investem contra Jesus, acusando
de agir em nome do demônio. Porém nada impede que Jesus continue sua missão de
compaixão, anunciando a Boa Notícia de Deus, ensinando e curando.
O que
ocorre é que Jesus percebe claramente que sua missão ultrapassa suas
possibilidades. Ele sabe que não dará conta de fazer tudo sozinho. Ele precisa
contar com muito mais gente nesse ministério da compaixão, que vence a indiferença
e reconstrói a vida de um povo dilacerado. Diante da exiguidade de recursos e
da pequenez da comunidade frente à extensão da missão, Jesus não desiste nem se
desespera: chama-nos, envia-nos, e pede que rezemos, e busquemos mais
colaboradores/as. Não se trata mais de esperar passivamente por ele, clamando
“só Jesus na causa!”
(Itacir Brassiani msf)
Solicitude pela
realidade social
“A obrigação de se empenhar pelo desenvolvimento dos povos não é somente
um dever individual, como se fosse possível realizá-lo unicamente com os esforços isolados
de cada um. É um imperativo para todos
e cada um dos homens e das mulheres e também para as sociedades e
as nações; em particular, para a Igreja católica e para as outras Igrejas
e Comunidades eclesiais. Nesta busca do desenvolvimento integral do homem,
podemos fazer muito também com os que creem em Deus doutras religiões, como de
resto já se está a fazer em várias partes” (João
Paulo II, Sollicitudo rei socialis,
§ 32).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho,
superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou
preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para
a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno
fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e
abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
Um comentário:
Parabéns, Itacir, continue animando a leitura orante e oferecendo esses roteiros que ajudam muito! Conheci você em S.Angelo-RS, quando eu assumia a catequese naquela diocese. É vocês tinham a paroquia
da S. Família! Um abraço!
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