Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 808
Dia 09/07/2022 | XIV
Semana do Tempo Comum | Sábado
Evangelho segundo
Mateus (10,24-33)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze,
ouvindo e repetindo o mantra: Aquele que vos chamou, aquele que vos chamou
é fiel! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=hGBOOoqb3YA)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 10,24-33
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
·
Jesus não quer cumprir sua
missão sozinho, por isso convoca e envia colaboradores, como nós!
·
Eles darão continuidade e
completarão o que ele faz, fazendo do jeito que ele faz, com as mesmas
prioridades e atitudes
·
Hoje, mais uma vez, ele nos
alerta para as reações hostis à missão, e sublinha o amparo permanente,
infalível e carinhoso do Pai
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
·
Deixe que ressoe em você e
rumine por um instante cada uma das recomendações de Jesus aos discípulos
·
Repita e deixe ecoar em sua
mente e seu coração cada palavra de estímulo de Jesus aos seus discípulos/as
·
O que significa para você,
nesse momento, a ordem insistente de Jesus: “Não tenha medo”?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
·
Apresente-se a Jesus,
colocando-se à disposição para colaborar com ele, como irmão da família que ele
elegeu
·
Fale ao Senhor das
dificuldades e medos que lhe acompanham na caminhada cristã, e peça a ele a
graça da confiança e da liberdade
·
Procure sentir-se como
pássaro que voa, vai e volta, sob o olhar atento e amoroso do Pai
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
·
Quais são os medos que hoje
tendem a paralisar ou diminuir o testemunho e o engajamento profético das
Igrejas?
·
Você conseguiria imaginar
como Jesus se posicionaria nas situações de ameaça ou pressão que sofrem alguns
grupos de cristãos hoje?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça
e cante o refrão: Jesus, tu és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passos
meus seguindo os teus! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=qpCS0gucq6c)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
Breves notas sobre Mateus 10,24-33
No texto que
rezamos ontem, Jesus nos apresentava as atitudes que devem nortear a vida dos
discípulos/as missionários/as: confiança, simplicidade, prudência e
perseverança. Hoje, Jesus ressalta a importância de ele e sua prática, em tudo
e sempre, como modelo e referência e de jamais deixar-se imobilizar pelo medo.
Jesus inicia as
palavras que meditamos hoje sublinhando uma certa paridade entre a sua postura e
a atitude daqueles/as que ele envia. Trata-se, por um lado, de não buscar
aplausos, protagonismos e posições de poder, pois ele sempre se apresentou como
servidor; e, isso significa ter consciência de que as violências que ele sofreu
poderão ser vividas também pelos seus enviados/as.
Jesus ilustra
isso recorrendo ao senso e à experiência comum das relações sociais: o
discípulo não está acima do mestre e o servo não está acima do senhor. Ele não
critica isso que hoje seria inaceitável aos olhos do homem moderno, mas
acrescenta que os/as discípulos/as missionários/as não são seus empregados, e
sim irmãos, pessoas que fazem parte de sua família. Se a Jesus, o chefe da
família, o acusaram de ser agente do chefe dos demônios, isso também pode
ocorrer com seus irmãos e irmãs.
Mas a
insistência dessa exortação missionária de Jesus recai sobre a necessidade de confiar,
de não ter medo. O medo pode paralisar ou limitar o anúncio e o testemunho do
Reino de Deus, e pode levar os discípulos/as missionários/as até a fugir da
missão. Mas, para Jesus, tudo está dentro do conhecimento compassivo e da
vontade do Pai. Os podres poderes têm um poder limitado, e não podem matar o
fermento da vida nova inaugurada em Jesus. Como diz Paulo na prisão, o
Evangelho não está algemado.
Temer a Deus
significa permanecer fiel à missão, pois ela é parte indissociável da vida nova
em Cristo. Significa também ter mais em conta a vontade de Deus que as pressões
e intimidações dos poderosos. Sem essa confiança de base, a vida perde seu esplendor
e seu dinamismo. Deus é Pai cuidadoso, e nada escapa do seu cuidado por nós.
Ademais, aquele que nos envia, é nosso advogado!
(Itacir Brassiani msf)
Solicitude pela
realidade social
“A Igreja tem também confiança no homem, embora conhecendo a perversão de que ele é capaz, porque sabe bem que
— não obstante a herança de pecado e o próprio pecado que cada um pode cometer
— há
na pessoa humana qualidades e energias suficientes, há nela bondade fundamental,
porque é imagem do Criador, colocada sob o influxo redentor de Cristo, que se
uniu de certo modo a cada homem, e porque a ação eficaz do
Espírito Santo «enche o mundo”
(João
Paulo II, Sollicitudo rei socialis,
§ 47).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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