Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 823
Dia 24/07/2022 | XVII
Semana do Tempo Comum | Domingo
Evangelho segundo
Lucas (11,1-13)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “A Palavra é a semente que Jesus jogou no chão” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=j4llzKoyWqs)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 11,1-13
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Depois de contar a
história do samaritano e pedir que quem quiser estar bem com Deus deve fazer o
mesmo, e depois de ensinar a Marta que esta é a única coisa necessária, Jesus
se retira para rezar
· Os discípulos observam
sua atitude, e, lembrando do que faziam João Batista e os fariseus, pedem que
Jesus os ensine a rezar
· Jesus atende o pedido
deles, mas não oferece uma cartilha com orientações e práticas rígidas de
oração, mas ensina uma atitude
· Para rezar é preciso
colocar-se como criancinha diante do pai ou da mãe, e, ao mesmo tempo, não se
sentir cômodo/a e tranquilo/a com as
coisas do jeito que estão
· E ensina que a oração
cristã pede que estamos inseridos/as num coletivo, que nos sintamos parte
integrante de um “nós”
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Procure inserir-se na
cena relatada pelo evangelista e interagir com os discípulos e com Jesus
· Preste atenção a cada
frase do roteiro da oração proposta por Jesus, e em cada nuance das duas
parábolas que Jesus acrescenta
· Quais são os pedidos de
ajuda ou motivos de louvor que estão mais presentes em sua oração? E como você
se envolve com eles?
· Em que medida nossa
oração nos compromete com aquilo que Jesus nos ensina a pedir, e com a urgência
de que se realize?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Reze as palavras que
Jesus ensinou, mas antes assimile a atitude de confiança, comunhão e urgência
que ele pede
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite cantando ou ouvindo “Dai-nos
hoje o nosso pão de cada dia” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=BPfS61CdaHY)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e conclua seu momento de oração
Breves notas sobre Lucas 11,1-13
A catequese de Jesus sobre a oração
está inserida no contexto da sua caminhada para Jerusalém. Por isso, parece que
a oração de Jesus está a serviço da fidelidade à sua decisão de construir o
Reino de Deus e do enfrentamento das forças que se lhe opõem. Na oração Jesus
vislumbra e recoloca diante de si o horizonte maior do Reino de Deus, e, assim,
confirma seus passos nesta direção.
Mas Jesus não parece preocupado em
pedir que os discípulos rezem: ele simplesmente se retira em oração para
confirmar sua identidade e renovar sua responsabilidade. Observando isso, os
discípulos pedem que lhes ensine a rezar. Eles conhecem os ritos e fórmulas de
oração ensinados por João Batista e por outros líderes religiosos, e parece
desejar que Jesus os inicie nos ritos e práticas rígidas de oração.
Longe de induzir à passividade e a
uma visão mágica da vida, a oração ensinada por Jesus potencializa os recursos
de que dispomos para construir a vida. A oração supõe, expressa e cultiva a
consciência de que nos falta algo importante. Quem dispõe de todos os poderes e
recursos não precisa pedir nada ou agradecer a ninguém. E quem está
absolutamente satisfeito com o presente não espera nada para a futuro. A oração
que Jesus ensina supõe esta consciência da grandeza e da urgência da missão.
Jesus fala de santificar o nome de
Deus, e isso significa esperar, reconhecer e promover ação libertadora de Deus
na história. Na tradição profética, Deus é santificado quando liberta os
oprimidos, perdoa os pecadores, sacia os famintos, repatria os exilados, garante
um abrigo aos deserdados. Por outro lado, Jesus ensina que Deus é um pai bom, a
quem podemos dirigir-nos com confiança, e até a insistir naquilo que
necessitamos para fazer o bem.
A oração funciona também como uma
pedagogia que suscita e alimenta o ardente desejo do Reino de Deus. Ela nos
insere nos processos de transformação que estão em curso, mas que não se
realizam por si mesmos. Por isso, a oração manifesta a atitude de não
conformidade com o mundo do jeito que ele está, e que a vida depois da morte
não é nossa única preocupação. A oração ensinada por Jesus estimula o ardente
desejo do pão farto e gostoso em todas as mesas, todos os dias.
(Itacir Brassiani msf)
O valor da formação litúrgica
“Quero convidar toda a Igreja a redescobrir,
salvaguardar e viver a verdade e a força da celebração cristã. Quero que a beleza da celebração cristã e
suas consequências necessárias para a vida da Igreja não sejam prejudicadas por
uma compreensão superficial e escorçada de seu valor ou, pior ainda, por
serem exploradas a serviço de alguma visão ideológica, não importa o que a
tonalidade” (Papa
Francisco, Carta apostólica Desiderio
desideravi, § 16).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho,
superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou
preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para
a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno
fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e
abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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