sábado, 23 de julho de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 823

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 823

Dia 24/07/2022 | XVII Semana do Tempo Comum | Domingo

Evangelho segundo Lucas (11,1-13)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando: A Palavra é a semente que Jesus jogou no chão” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=j4llzKoyWqs)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Lucas 11,1-13

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Depois de contar a história do samaritano e pedir que quem quiser estar bem com Deus deve fazer o mesmo, e depois de ensinar a Marta que esta é a única coisa necessária, Jesus se retira para rezar

·    Os discípulos observam sua atitude, e, lembrando do que faziam João Batista e os fariseus, pedem que Jesus os ensine a rezar

·    Jesus atende o pedido deles, mas não oferece uma cartilha com orientações e práticas rígidas de oração, mas ensina uma atitude

·    Para rezar é preciso colocar-se como criancinha diante do pai ou da mãe, e, ao mesmo tempo, não se sentir cômodo/a e tranquilo/a  com as coisas do jeito que estão

·    E ensina que a oração cristã pede que estamos inseridos/as num coletivo, que nos sintamos parte integrante de um “nós”

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Procure inserir-se na cena relatada pelo evangelista e interagir com os discípulos e com Jesus

·    Preste atenção a cada frase do roteiro da oração proposta por Jesus, e em cada nuance das duas parábolas que Jesus acrescenta

·    Quais são os pedidos de ajuda ou motivos de louvor que estão mais presentes em sua oração? E como você se envolve com eles?

·    Em que medida nossa oração nos compromete com aquilo que Jesus nos ensina a pedir, e com a urgência de que se realize?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Reze as palavras que Jesus ensinou, mas antes assimile a atitude de confiança, comunhão e urgência que ele pede

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite cantando ou ouvindo “Dai-nos hoje o nosso pão de cada dia” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=BPfS61CdaHY)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Feche a bíblia, apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Breves notas sobre Lucas 11,1-13

A catequese de Jesus sobre a oração está inserida no contexto da sua caminhada para Jerusalém. Por isso, parece que a oração de Jesus está a serviço da fidelidade à sua decisão de construir o Reino de Deus e do enfrentamento das forças que se lhe opõem. Na oração Jesus vislumbra e recoloca diante de si o horizonte maior do Reino de Deus, e, assim, confirma seus passos nesta direção.

Mas Jesus não parece preocupado em pedir que os discípulos rezem: ele simplesmente se retira em oração para confirmar sua identidade e renovar sua responsabilidade. Observando isso, os discípulos pedem que lhes ensine a rezar. Eles conhecem os ritos e fórmulas de oração ensinados por João Batista e por outros líderes religiosos, e parece desejar que Jesus os inicie nos ritos e práticas rígidas de oração.

Longe de induzir à passividade e a uma visão mágica da vida, a oração ensinada por Jesus potencializa os recursos de que dispomos para construir a vida. A oração supõe, expressa e cultiva a consciência de que nos falta algo importante. Quem dispõe de todos os poderes e recursos não precisa pedir nada ou agradecer a ninguém. E quem está absolutamente satisfeito com o presente não espera nada para a futuro. A oração que Jesus ensina supõe esta consciência da grandeza e da urgência da missão.

Jesus fala de santificar o nome de Deus, e isso significa esperar, reconhecer e promover ação libertadora de Deus na história. Na tradição profética, Deus é santificado quando liberta os oprimidos, perdoa os pecadores, sacia os famintos, repatria os exilados, garante um abrigo aos deserdados. Por outro lado, Jesus ensina que Deus é um pai bom, a quem podemos dirigir-nos com confiança, e até a insistir naquilo que necessitamos para fazer o bem.

A oração funciona também como uma pedagogia que suscita e alimenta o ardente desejo do Reino de Deus. Ela nos insere nos processos de transformação que estão em curso, mas que não se realizam por si mesmos. Por isso, a oração manifesta a atitude de não conformidade com o mundo do jeito que ele está, e que a vida depois da morte não é nossa única preocupação. A oração ensinada por Jesus estimula o ardente desejo do pão farto e gostoso em todas as mesas, todos os dias.

(Itacir Brassiani msf)

 

O valor da formação litúrgica

Quero convidar toda a Igreja a redescobrir, salvaguardar e viver a verdade e a força da celebração cristã. Quero que a beleza da celebração cristã e suas consequências necessárias para a vida da Igreja não sejam prejudicadas por uma compreensão superficial e escorçada de seu valor ou, pior ainda, por serem exploradas a serviço de alguma visão ideológica, não importa o que a tonalidade(Papa Francisco, Carta apostólica Desiderio desideravi, § 16).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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