sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Ano C | Tempo Comum | 22º Domingo

 Ano C | Tempo Comum | 22º Domingo

MEU LUGAR NO MUNDO 

A imagem do convite ao banquete que aparece na parábola nos convida a refletir sobre qual é nosso lugar nos ambientes nos quais nos movemos. Qual é meu lugar e meu papel na família, na comunidade cristã, no espalho onde trabalho ou estudo, nos meus círculos de amizade, na vizinhança, na sociedade na qual vivo hoje? E desde ali, do espaço no qual desenvolvo minha vida, com que atitude o faço? O Evangelho fala basicamente de dois lugares: o orgulho ou a humildade; imaginar-se mais que os demais ou aceitar com simplicidade e alegria o que sou, o que tenho, o que Deus me concedeu. A humildade não consiste em encolher-se ou menosprezar-se, mas em ser o que somos, com nossas virtudes e defeitos, nossas carências e valores, nossas debilidades e nossas grandezas. “Coloque-se em seu lugar”, nos diz Jesus! Aquele lugar a partir do qual você pode realizar a vocação à qual você é chamado.

A GRANDEZA DO PEQUENO

Todos queremos triunfar na vida. Desde a mais tenra idade, e por todos os lados, nos impõem o afã da superação. Isso é positivo, desde que não seja às custas dos demais. A atitude comparativa (ser mais ou menos que os/as outros/as) faz com que desejemos nos diferenciar dos outros para buscar grandeza, colocar-se acima, ser reconhecidos/as, adquirir prestígio, ser mais importantes. Hoje somos convidados/as a perceber o quanto existe em nós de orgulho, soberba, protagonismo, autossuficiência. Somos chamados/as a rever o quanto nos atrai o espetacular, o grandioso, o chamativo, e que valor damos aos pequenos gestos, à doação humilde e discreta, à generosidade vivida com simplicidade, à constância. Em que e para que desejo superar-me? Às custas de quem? Preciso buscar sempre ser o/ primeiro/a? Que consequências tem a busca obsessiva da excelência e da competência? O que minhas atitudes destacam mais: a humildade ou o desejo de ser o/a primeiro/a?

O VALOR DA GRATUIDADE 

A última pare do evangelho nos chama a refletir sobre nossa generosidade. Pede que revisemos nossas intenções. O que buscamos quando doamos algo (tempo, carinho, atenção, bens)? A quem convidamos para o banquete da nossa vida? De que tipo de pessoas gostamos de estar cercados/as? Por que convidamos a uns e não a outros? Que critérios temos para selecionar nossos/as convidados/as? Como nos situamos diante das outras pessoas? O que nos move a favorecer a uns e não a outros/as? Que lugar ocupam em nossa vida a gratuidade, a doação sem espera de retorno? Podemos fazer um momento de reflexão para dar-nos conta de experiências de gratuidade que vemos ao nosso redor ou que nós mesmos/as fizemos em algum momento. Podemos pensar num pequeno gesto gratuito que podemos realizar em nossa família, em nosso ambiente de trabalho, em nossa comunidade, com algum/a amigo/a, com alguma pessoa necessitada.

PRECE

Tu me convidas, Senhor, ao banquete do teu Reino, e pedes que eu aprenda a encontrar nele o meu lugar, seguindo tuas propostas, aceitando teus critérios, vivendo a humildade, sem querer ser sempre o primeiro, reconhecendo-me necessitado, sem considerar-me perfeito, entregando com generosidade o que há de bom em mim, sem buscar recompensas nem presumir méritos, sem buscar favores para lucrar proveito. Tu me convidas, Senhor, a valorizar o que é pequeno, o que se faz com simplicidade, com profundidade e respeito, o que me leva a sensibilizar-me com ternura e afeto e deixar de lado discriminações e desprezos. Tu me convidas, Senhor, ao banquete do teu Reino, e eu quero responder com alegria e reconhecimento. Amém!

Pe. Fernando López Fernández msf | Tradução: Pe. Itacir Brassiani msf

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