Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 843
Dia 13/08/2022 | XIX
Semana do Tempo Comum | Sábado
Evangelho segundo
Mateus (19,13-15)
(1)Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se ouvindo e rezando:
Cada
vez que eu venho para te falar (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)
(2)Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 19,13-15
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· A pequena e frágil
comunidade de discípulos/as de Jesus carrega o tesouro do Reino de Deus em
vasos de barro
· Eles precisam de
conversão permanente de mente e de coração, pois consideram as crianças como
gente incômoda e sem valor
· Como seguidores/as de
Jesus, os discípulos/as precisam assumir a condição social dos eunucos e das
crianças, de todos os grupos sociais que não têm lugar importante nos projetos
e práticas sociais, e são tratados como menores e insignificantes
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3)Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Em que medida, como
seguidores/as de Jesus, estamos à margem das badalações, partilhando as lutas e
esperanças das pessoas e grupos sociais marginalizados e tratados como um
incômodo?
· Ajudamos a abrir
brechas para que essas pessoas se encontrem com o Evangelho de Jesus e sejam
socialmente reconhecidas?
· Como essas pessoas e
grupos sociais são acolhidas e tratadas em nossas comunidades cristãs e seus
organismos e serviços (litúrgicos, catequéticos, assistenciais)?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4)Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Peça a Deus a graça da
minoridade, de ser reconhecido/a como pequeno/a ao lado dos pequenos
· Deixe ressoar em sua
voz o louvor desses pequeninos que encontram na Igreja um lugar onde são
reconhecidos como gente
(5)Contemple a vida
à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como nossa Igreja
poderia converter-se em Igreja pobre e dos pobres, como sonha e pede o Papa
Francisco?
(6)Retorne à vida
cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça e reze com a canção: Quem nos separará, quem vai nos
separar do amor de Cristo? Quem nos separará? (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=AOy0kWK67Nw)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e conclua seu momento de oração
Breves notas sobre Mateus 19,13-15
Do início ao fim dos seus relatos, os evangelistas
sublinham a atenção e a sensibilidade de Jesus para com as pessoas e grupos
sociais tratados como insignificantes e, por isso, mais vulneráveis.
Estrangeiros, mulheres, crianças e doentes representam muito bem esses grupos.
Mas aos próprios discípulos/as custa muito aceitar e assimilar essa maneira
revolucionária de ver as pessoas.
O episódio do evangelho de hoje ilustra a relação
com as crianças. Na sociedade de então, elas não têm direitos, devem obedecer e
se submeter, estão à margem. Elas não têm lugar numa cultura patriarcal. Quando
algumas pessoas, encorajadas pela compaixão de Jesus com os fracos, levam
crianças para que ele as abençoe, os discípulos intervêm e repreendem-nas, pois
veem as crianças como um incômodo. Eles reagem estreito no horizonte do
patriarcalismo.
Jesus censura duramente esta atitude dos
discípulos, e declara que o Reino de Deus pertence às crianças. Para Jesus, as
pessoas frágeis e marginalizadas, como são as crianças, nos ensinam e, por
isso, pede que seus discípulos/as sejamos como elas. Elas são uma metáfora do autêntico
e alegre seguimento de Jesus! Se elas participam do Reino de Deus, obviamente devem
ter um lugar também no interior da comunidade cristã.
Como as pessoas que vêm de baixo e das margens
acolhem a mensagem do Reino e reconhecem Jesus como enviado do Pai, também os
discípulos/as devemos aceitar nossa condição de grupo socialmente marginalizado
e insignificante, mas alternativo e gerador de uma nova sociedade. Como o Reino
de Deus e as crianças, a comunidade dos discípulos e discípulas vive neste
mundo um caminho de transição para um futuro maduro e pleno.
Na comunidade sonhada e iniciada por Jesus, todos/as
somos discípulos/as e irmã/os. Não há pai ou patriarca. Todos/as são iguais em
dignidade, sem nenhuma distinção. Os bispos do Brasil já diziam: a dignidade
dos cristãos não está no ministério (ordenado ou extraordinário) que exercem,
mas na sua condição de batizados e ungidos pelo Espírito Santo.
(Itacir
Brassiani msf)
O valor da formação litúrgica
“A arte de celebrar deve estar em harmonia
com a ação do Espírito. Só assim estará livre dos subjetivismos que são fruto
dos gostos individuais dominantes. Só assim estará livre da invasão de elementos culturais que são assumidos sem
discernimento e que nada têm a ver com uma correta compreensão da inculturação.
Finalmente, é preciso compreender a dinâmica da linguagem simbólica, sua
natureza particular, sua eficácia” (Papa
Francisco, Carta apostólica Desiderio
desideravi, § 49).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
Nenhum comentário:
Postar um comentário