Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 839
Dia 09/08/2022 | XIX
Semana do Tempo Comum | Terça-feira
Evangelho segundo
Mateus (18,1-14)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se ouvindo e rezando:
Cada
vez que eu venho para te falar (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 18,1-14
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Jesus aproveita a
pergunta dos discípulos e faz uma catequese na qual sublinha a inversão de
valores inaugurada pelo Reino de Deus
· A condição social da
comunidade dos discípulos/as é semelhante à das crianças: fragilidade,
insignificância, marginalidade
· Ele confia às pessoas
que exercem autoridade na Igreja a missão de cuidar, em nome do Pai, dos/as
discípulos/as, que devem caminhar contra a corrente e são colocados à margem
· Seus discípulos/as
devem confiar plenamente na acolhida e na hospitalidade daqueles a quem são
enviados/as
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Exercite sua imaginação
e procure participar da cena com todos os seus sentidos, para acolher o sentido
integral do texto
· Você percebe as
ambições e expectativas de reconhecimento e precedência que às vezes se
insinuam nos seus trabalhos?
· Como você se sente em
relação à condição liminar (margem, insignificância, despojamento) dos
discípulos de Jesus?
· Você tem conseguido se
exercitar na confiança no cuidado do Pai e na hospitalidade na sua prática
comunitária e pastoral?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Agradeça ao Senhor o
cuidado que ele não tem deixado faltar em relação a você, especialmente nos
momentos difíceis
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como nossa Igreja
poderia converter-se em Igreja pobre e dos pobres, como sonha e pede o Papa
Francisco?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça e reze com a canção: Quem nos separará, quem vai nos
separar do amor de Cristo? Quem nos separará? (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=AOy0kWK67Nw)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e conclua seu momento de oração
Breves notas sobre Mateus 18,1-14
Nos capítulos 18 a 20 do seu evangelho, Mateus nos
oferece diversas catequeses formativas dedicadas por Jesus aos seus discípulos,
a caminho para Jerusalém. Trata-se de orientações fundamentais para que a
comunidade cristã viva um estilo de vida alternativo e profético, testemunhando
assim a força transformadora do Evangelho na vida pessoal e nas relações comunitárias,
sociais e políticas.
A tentação do elitismo e do autoritarismo rondam a
comunidade dos discípulos/as de Jesus desde sempre. A pergunta sobre quem é o
maior no Reino de Deus o demonstra, e a resposta de Jesus quer cortá-la pela
raiz. Para ilustrar a virada radical que a chegada do Reino provoca no coração
das pessoas, na escala de valores e no coração do mundo, Jesus toma a figura da
criança como símbolo.
Aqui, a criança, tomada como símbolo e exemplo, não
aponta para a inocência, tão ao gosto da modernidade burguesa, mas para sua
condição social de fragilidade, insignificância e marginalidade. Para Jesus, as
crianças são o retrato perfeito da comunidade cristã, que nasceu para viver nas
margens e ensaiar uma vida alternativa ao judaísmo e ao império romano,
assumindo sua minoridade.
Esse estilo de vida é contracorrente, precisa ser
aprendido e exercitado tenazmente, pois é exigente. Como as crianças, os
discípulos/as de Jesus são preciosos aos seus olhos, são importantes por serem
pequenos, são tiradas dos últimos lugares e recebem os primeiros. E as
autoridades cristãs tem o dever de protege-los. Elas podem se perder, ou seja,
tornarem-se mais frágeis e vulneráveis ainda.
O Pai do céu não quer que nenhum deles se perca, e
a comunidade deve assumir esse cuidado em nome de Deus. Por sua vez, os/as
discípulos/as devem confiar totalmente na acolhida que o Pai suscita nas
pessoas e povos aos quais forem enviados/as. Não somos grandes ou importantes
pela origem, pela riqueza, pela educação, pela profissão, pela função social ou
pelo poder que exercemos, mas pelo batismo e porque somos filhos/as amados/as
do Pai e portadores/as do tesouro do Reino.
(Itacir
Brassiani msf)
O valor da formação litúrgica
“A liturgia dá glória a Deus porque nos
permite “ver” Deus na celebração, e, ao “vê-lo”, recebe vida da sua Páscoa.
Nós, que estávamos mortos e fomos vivificados novamente com Cristo, somos a
glória de Deus. Pela graça fomos salvos! Irineu nos lembra disso: “A glória de
Deus é o homem vivo, e a vida do homem consiste em ver Deus”. Se a revelação de
Deus através da criação já dá vida a todos os seres vivos da terra, quanto mais
a manifestação do Pai pelo Verbo é causa de vida para aqueles que veem a Deus” (Papa
Francisco, Carta apostólica Desiderio
desideravi, § 44).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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