Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 838
Dia 08/08/2022 | XIX
Semana do Tempo Comum | Segunda-feira
Evangelho segundo
Mateus (17,22-27)
(1)Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se ouvindo e rezando:
Cada
vez que eu venho para te falar (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)
(2)Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 17,22-27
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Jesus retoma mais uma vez o anúncio do caminho
de despojamento solidário e amoroso que o Pai dispôs para ele
· Temendo que Jesus
desperte a ira das autoridades por não pagar o imposto cobrado pelo templo,
Pedro quer fazer média com elas
· Mas Jesus se sente
absolutamente livre diante do templo e suas leis, porque o templo é a casa do
Pai, e ele é o Filho, não um estranho
· A liberdade de Jesus e
dos cristãos não é para fazer o que querem, mas para buscar sempre o bem e a
dignidade dos outros
· Jesus fala da liberdade
que ele nos concede e nos capacita a renunciar aos próprios direitos para não
sermos pedra de tropeço
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3)Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Reconstrua na
imaginação a cena, observando atentamente as palavras e perguntas de Jesus,
assim como a “média” que Pedro pretende fazer com os funcionários do templo
· Perceba também a
tristeza dos discípulos de Jesus diante de mais um anúncio do caminho da
rejeição e da perseguição, que é o caminho de Jesus mas também o caminho de
quem o segue
· Você se sente realmente
libertado por Jesus, livre inclusive da necessidade de ser o/a primeiro/a e
sempre levar vantagem?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4)Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Fale com Jesus e
apresente a ele, Senhor de discípulos/as livres e emancipados, seu dom maior e
inteiro: a própria vida
(5)Contemple a vida
à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como podemos recolocar
no centro da mensagem que pregamos a liberdade cristã, sempre a serviço da
caridade e da solidariedade?
(6)Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça e reze com a canção: Quem nos separará, quem vai nos
separar do amor de Cristo? Quem nos separará? (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=AOy0kWK67Nw)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e conclua seu momento de oração
Breves notas sobre Mateus 17,22-27
Jesus já havia falado longamente aos seus discípulos
sobre o seu destino”, ou sobre o desfecho do seu caminho: a rejeição, a
perseguição, a condenação e a eliminação, como se ele fosse uma pedra incômoda
e dispensável na construção do mundo. Por isso, no texto de hoje ele fala disso
em poucas palavras, alertando de novo seus discípulos/as em relação à
expectativa de sucesso.
O sentimento de tristeza dos discípulos/as não é
apenas causado pelos previsíveis sofrimentos de Jesus, mas também pela
frustração das próprias expectativas de sucesso e de prosperidade. Não entrava
na cabeça deles a ideia de um enviado de Deus que não mostrasse poder e não
fosse consagrado pelo sucesso e pela fama.
É nesse contexto que, questionados pelos
funcionários do templo se Jesus não pagava os impostos, os discípulos se apressaram
em blindar o mestre, afirmando que ele cumpria direitinho suas obrigações com o
império injusto. Percebendo o que eles haviam dito, mais por medo que por amor
à verdade, Jesus esclarece sua posição e convida seus seguidores/as a uma
reflexão lúcida e ponderada.
Tanto Jesus como os cristãos somos radicalmente
livres de todo tipo de imposição, inclusive os mais dissimulados e potentes,
que são aqueles que vem de dentro de nós mesmos e da cultura que herdamos. No
templo e no mundo, somos filhos/as, e não estranhos/as, herdeiros/as e não
escravos/as. Jesus e seus seguidores não devemos nada a ninguém, a não ser o
amor.
Entretanto, essa liberdade não significa licença
para fazer o que quisermos, mas aquilo que é bom, que faz bem aos outros. Por
isso, mesmo sendo livres frente a tudo, evitamos aquilo que pode escandalizar
ou prejudicar os outros. É isso que Jesus ilustra com sua sugestão de pagar o
imposto com a ajuda do peixe.
Somos livres para amar e servir, para fazer da
nossa vida um dom cotidiano e generoso pelos outros, especialmente pelas
pessoas mais penalizadas e indefesas. Como nossa vida está segura nas mãos do
Pai, não tememos a morte, qualquer que seja sua arma.
(Itacir
Brassiani msf)
O valor da formação litúrgica
“A Liturgia é feita com coisas que são
exatamente o oposto das abstrações espirituais: pão, vinho, óleo, água,
fragrâncias, fogo, cinzas, pedra, tecidos, cores, corpo, palavras, sons,
silêncios, gestos, espaço, movimento, ação, ordem, tempo, luz. Toda a criação é
uma manifestação do amor de Deus, e desde quando esse mesmo amor se manifestou
em sua plenitude na cruz de Jesus, toda a criação foi atraída para ela. É toda
a criação que é assumida para ser colocada a serviço do encontro com o Verbo” (Papa
Francisco, Carta apostólica Desiderio
desideravi, § 42).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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