Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 858
Dia 28/08/2022 | XXII
Semana do tempo Comum | Domingo
Evangelho segundo
Mateus (25,14-30)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Tua Palavra é luz do meu caminho” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=QSL3uxJr7bU)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 25,14-30
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Jesus havia afirmado
que as necessidades da pessoa concreta estão acima e devem ser atendidas antes
de qualquer lei ou culto
· Convidado a uma
recepção na casa de um fariseu, e observado criticamente por gente deste grupo,
Jesus fala-lhes com clareza
· O que ele faz não é oferecer
uma lição de boas maneiras, mas afirmar um princípio fundamental da vida cristã
· A gratuidade é o
princípio basilar da vida cristão, e, nos nossos projetos e práticas, a
primazia absoluta deve ser dada aos pobres
· Por mais que isso nos
pareça estranhe e nos custe muito, não há como contornar ou deixar em segundo
plano estes princípios
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Releia atentamente este
ensino de Jesus, reconstituindo a cena e participando ativamente dela
· Observe atentamente a
atitude e os pensamentos dos convidados à mesa, e, especialmente, o olhar e as
palavras de Jesus
· Que lugar as pessoas
mais pobres e com posses limitadas têm em nossos eventos e projetos?
· Examine com sinceridade
e profundidade o que motiva aquilo que você faz: a gratuidade ou a expectativa
de retorno?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Agradeça ao Senhor os
muitos gestos de gratuidade dos quais você foi beneficiado/a, e peça-lhe a
graça da gratuidade
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Que passos nossas
comunidades precisam dar para levar a sério e concretizar o ensino de Jesus no
evangelho de hoje?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção: “A
partilha começa na mesa” (https://www.youtube.com/watch?v=iIfCZ8_mWDc)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e conclua seu momento de oração
Breves notas sobre Mateus 25,14-30
Jesus não desperdiça nenhuma ocasião para ensinar.
Ele desenvolve a corajosa lição de hoje num sábado, na casa de um dos chefes
dos fariseus, logo depois de afirmar que as necessidades de qualquer pessoa
estão acima das leis. No dia dedicado à vocação dos leigos, fixemos os olhos em
Jesus, a Palavra que ressoa como Boa Notícia.
Jesus não fica na superfície das questões
essenciais. Seu ensino não é sobre as regras de boas maneiras numa refeição
solene, mas sobre uma questão fundamental da vida cristã: quem é o maior ou o
primeiro, o mais importante ou notável na vida cristã? Ele começa pela crítica
ao orgulho e aos privilégios e passa à questão dos beneficiários da nossa
atenção. Ele conhece o costume de privilegiar, tanto nas festas quanto nas
decisões e projetos políticos, os familiares, parentes, amigos e vizinhos. Para
Jesus, este é um círculo muito estreito.
Inicialmente, Jesus fala aos hóspedes que estão com
ele à mesa, afirmando que “todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se
humilha será exaltado”. Depois, dirige-se ao próprio anfitrião, e questiona sua
expectativa de retribuição, deixando muito claro que orgulho e a busca de
retribuição não batem com o Evangelho. Os cristãos e as igrejas não podem ceder
a honras e vaidades, mas buscar decididamente o lugar reservado aos servidores,
superar a prática de apoiar e defender prioritariamente aqueles/as que a
favorecem.
Jesus inverte a ordem dos grupos e pessoas que
costumam aparecer no topo das nossas listas de honoráveis, presenças infalíveis
entre os convidados das nossas festas e solenidades: os pobres, aleijados,
coxos e cegos devem ser os primeiros! Jesus não quer estragar nossas festas,
mas questionar a estreiteza das fronteiras que traçamos entre ‘nós’ e ‘eles’,
entre os ‘nossos’ e os ‘outros’. Jesus questiona a busca de compensações que
rege nossas pequenas e grandes ações.
Para quem segue o caminho de Jesus, a recompensa é
prometida para ressurreição dos justos. A felicidade que ninguém pode roubar é
aquela que conquistamos entrando pela estreita porta da humildade, da
generosidade e da solidariedade. Enquanto caminhamos nesta direção, não há
honra e alegria maiores que servir, compartilhar sonhos e lutas com aqueles que
normalmente são ejetados para os últimos lugares.
(Itacir
Brassiani msf)
Vocação: graça e missão
“O chamado vocacional nos coloca no
seguimento e na amizade com Jesus Cristo, ilumina-nos para que o reconheçamos
nos pobres e atribulados, por meio de uma
vivência que nos permite reconhecer os sentimentos do coração de Cristo nas
pessoas que sofrem. Uma comunidade
vocacionada é uma casa de portas abertas, que acolhe a todos/as com o bálsamo
da misericórdia do Pai e que vai ao encontro dos necessitados” (Texto-Base
do 3º Ano Vocacional [2022-2023], §
64-65).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o
amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à
movimentação social, a Leitura Orante
é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma
evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
Nenhum comentário:
Postar um comentário