terça-feira, 16 de agosto de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 847

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 847

Dia 17/08/2022 | XX Semana do Tempo Comum | Quarta-feira

Evangelho segundo Mateus (20,1-16)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se ouvindo e rezando: Cada vez que eu venho para te falar (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Mateus 20,1-16

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Quem quiser ser discípulo/a de Jesus precisa ter sabedoria e decisão para encarnar o reino de Deus em todas as suas relações

·    No horizonte da utopia de Jesus, justiça e a bondade não estão no mérito e na aplicação da lei do “cada um recebe o que merece”

·    A lógica do Reino de Deus inverte os valores, e estabelece a prioridade dos últimos e desprezados sobre os ricos e privilegiados

·    Também no mundo da economia, Deus trata seus filhos e filhas de acordo com sua dignidade e necessidade, e não pelos merecimentos

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Com esta parábola, Jesus provoca fortemente as pessoas, tanto os judeus como seus discípulos, a superar a lógica do mérito

·    Ser bom e perfeito, como desejava o jovem rico, implica em desfazer a lógica que sobrepõe classes, nações e gêneros, e que coloca uns acima dos outros

·    Será que também nós, depois de dois mil anos de cristianismo, caímos na armadilha de nos sentir melhores que os outros?

·    Em que medida ainda tratamos as pessoas, grupos, religiões e classes sociais a partir daquilo que achamos que ‘merecem”?

·    Você concorda com o que faz o chefe de família, que dá a cada um aquilo que ele necessita, e não aquilo que fez por merecer?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Deixe ressoar em você a afirmação clara e provocativa de Jesus mediante a parábola do patriarca generoso e solidário

·    Peça a Jesus a graça de se comprometer e se alegrar com os pequenos e grandes sinais de emancipação dos pobres

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Ouça e reze com a canção “Ieshuá” (Catalogaram Jesus) (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=2Od8Hep_whw)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Feche a bíblia, apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Breves notas sobre Mateus 20,1-16

Na meditação de ontem, acolhemos as ressonâncias do diálogo de Jesus com os seus discípulos sobre a possibilidade dos ricos aderirem ao dinamismo do Reino de Deus, e sobre o benefício ou “prêmio” a quem assimila sua lógica. Hoje, continuaremos com o tema da incidência do Reino de Deus nas relações econômicas, particularmente, sobre como ser justo e bom nessa área.

Na parábola de hoje, o personagem central é um chefe de família patriarcal (não exatamente um rei ou um patrão). A primeira cena trata da contratação de diaristas para trabalhar no seu campo, mas tudo está focado na segunda cena, ou seja, no acerto de contas pelo trabalho realizado pelos trabalhadores, contratados em diferentes horas do dia. A todos o chefe da família prometera pagar o que seria justo, e não um valor estabelecido.

As pessoas contratadas na primeira hora assistiram ao pagamento das últimas, que receberam, por poucas horas de trabalho, um valor que permitia a subsistência diária, e isso estimulou-lhes a expectativa de que receberiam bem mais, pois haviam feito por merecer. Mas o contratante não se orienta pela meritocracia, e sim pela justiça e pela bondade, e retribui a todas as pessoas por igual.

Que decepção! O grupo que se julga merecedor de uma retribuição maior se irrita por ter sido igualado aos demais. De fato, o pai de família não age conforme o costume, não reforça a superioridade, a competição e a distinção de classes. A irritação deles brota da inconformidade por terem sido igualados, nivelados aos mais necessitados. Eles protestam contra a afirmação da igualdade fundamental de todos! A atitude do pai de família corrói o sistema de competição, que consagra a desigualdade. Ele se mostra justo e bom com todos, e é nisso que ele revela a ação de Deus.

Com esta parábola, Jesus convoca os/as discípulos/as a tomar uma posição radical, como ele mesmo o fez: assumir um estilo de vida alternativo também na economia, agindo na perspectiva do Reino de Deus, guiando-se pela necessidade das pessoas e pela gratuidade, ou pela economia do dom, como a chama o Papa Francisco.

 (Itacir Brassiani msf)

Vocação: graça e missão

Jesus Cristo oferece a todos/as luz e força para fazer arder os corações a fim de que a humanidade viva com generosidade. A Igreja coloca-se no caminho de auxiliar no processo de discernimento, observando quais são os sinais da presença ou do desígnio de Deus nos acontecimentos, nas exigências e nas aspirações das quais participa com os outros homens e mulheres do nosso tempo(Texto-Base do 3º Ano Vocacional [2022-2023], § 28).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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