Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 848
Dia 18/08/2022 | XX
Semana do Tempo Comum | Quinta-feira
Evangelho segundo
Mateus (22,1-14)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se ouvindo e rezando:
Cada
vez que eu venho para te falar (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 22,1-14
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
·
Depois de uma longa
caminhada missionária e de um intenso processo de formação dos seus discípulos,
Jesus chega a Jerusalém
·
É acolhido com alegria pela
gente da periferia, entra no templo com o chicote e radicaliza o confronto com
a elite do judaísmo
·
Através de parábolas,
inclusive a de hoje, ele enfrenta esta elite e justifica a abertura das portas
do reino de Deus aos pobres
·
Sacerdotes, escribas e
fariseus recusam o convite para a festa inclusiva do Reino de Deus, não
reconhecem e até contestam a autoridade de Jesus
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· O convite a participar da aliança do Filho não exclui ninguém,
mas alguns se recusam a participar daquilo que não lhes é exclusivo
· Mesmo que os enviados sejam tratados com violência, o Pai não
reage do mesmo modo, mas acolhe se abrem à sua intervenção
•
Como você vem respondendo a
este convite para participar da festa da vida que acolhe quem sempre foi
relegado à margem?
•
Você acolhe esse convite
com alegria e compromisso, ou “com dor de cotovelo”, como se você e sua classe
fossem preteridos?
•
E você está usando a roupa
adequada para uma festa de núpcias (prática da justiça) e não se preocupa com a
coerência?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Louve a Deus pelos sinais de reconhecimento da dignidade das
pessoas e grupos histórica e socialmente marginalizados
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que precisamos mudar
para que nossas Igrejas não sejam como alfândegas, prontas a impedir o acessou
ou cobrar taxas?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça e reze com a canção “Ieshuá” (Catalogaram
Jesus) (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=2Od8Hep_whw)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e conclua seu momento de oração
Breves notas sobre Mateus 22,1-14
O calendário
omite quase dois capítulos do evangelho de Mateus, e nos propõe para hoje o
início do capítulo 22. Esta parábola faz parte do quinto bloco narrativo do
evangelista. Jesus percorreu um longo caminho e chegou a Jerusalém. Ali ele
travará um duro confronto com a instituição do templo e com seus defensores.
Este confronto começa com sua entrada no templo com chicote na mão, e se
prolonga em várias parábolas.
A parábola dos
convidados para a festa de casamento é um confronto aberto de Jesus com os
fariseus e os mestres da lei, que representam a elite religiosa do judaísmo. Os
protagonistas são um rei que convida seus amigos para a festa de casamento do
filho (uma alusão a Jesus). Comer e festejar significa participar da vontade de
Deus, e evoca as refeições de Jesus com as pessoas excluídas.
Os convidados
preferenciais para a festa declinam do convite reiterado do rei, e tratam com
violência os mensageiros que ele envia. Na verdade, rejeitam tanto a autoridade
de Jesus como enviado e mensageiro do Pai como a participação no dinamismo do
Reino de Deus, no qual há lugar para todos. Mesmo vendo seu convite rejeitado e
seus enviados tratados com violência, o rei não reage de modo violento, nem
pune aqueles que não o reconhecem.
Então, o rei
deixa de convidar os que vivem nos templos e corredores dos palácios e se
dirige às pessoas e grupos que vivem nas encruzilhadas (lugares de
mendicância), abrindo a porta do seu Reino a todos, sem exclusão: homens e
mulheres, judeus e pagãos, doentes e pecadores, adultos e crianças, bons e
maus. É nisso que consiste a alegria do rei, e é nisso que ele se parece com
Deus Pai.
A parábola
termina fazendo referência a alguém que aceitou o convite mas não se apresenta
à festa com as vestes adequadas e é punido duramente. Trata-se de pessoa que
quer ser discípula de Jesus mas não assume um novo jeito de viver, e não de
alguém que tenha alguma culpa moral. Os últimos da escala social e aqueles que
se dispõem a seguir a Jesus precisam assumir seus valores e suas práticas: dar
gratuitamente aquilo que de graça receberam.
(Itacir
Brassiani msf)
Vocação: graça e missão
“O Vaticano II evidencia o papel dos cristãos leigos e leigas na vida e
missão da Igreja, e fala de sua vocação ao apostolado, que é o trabalho de
ordenar o mundo para Cristo. Toda vocação cristã é vocação ao apostolado, pois
a toda comunidade cristã se reserva o dever de fomentar, incentivar e promover
as vocações, e isso se dá pelo testemunho autêntico de vida cristã” (Texto-Base
do 3º Ano Vocacional [2022-2023], §
30).
Leitura Orante
do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o
amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à
movimentação social, a Leitura Orante
é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma
evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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