Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 840
Dia 10/08/2022 | Terça-feira
| Memória de São Lourenço, Mártir
Evangelho segundo
João (12,24-26)
(1)Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se cantando:
Queremos
ver Jesus! Queremos ver Jesus, caminho verdade e vida! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=N5TpwDZvMis)
(2)Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 12,24-26
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· A celebração da festa
de São Lourenço, mártir cristão, nos convida a ouvir segundo São João
· O texto está situado
depois de devolver Lázaro à vida e de expulsar os comerciantes do templo, e
pouco antes narração da ceia
· O contexto mais amplo
nos informa que algumas pessoas de origem grega (pagã) vão até Filipe e pedem
que os leve a Jesus
· Jesus entende que
chegou a hora de manifestar algo de essencial sobre si mesmo, sua missão e a
missão dos discípulos
· Para isso, Jesus
recorre imagem da semente, que morre para liberar sua força de vida
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3)Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Acompanhe com a
imaginação a aproximação dos judeus de origem grega, a intermediação de Filipe,
as palavras de Jesus
· Olhe para a cruz, na
qual se mostra a proximidade insuperável de Deus e a doação mais generosa e
radical do ser humano
· Medite o mistério de
força, de multiplicação e de vida que se esconde na morte da semente; é essa a
glória que você busca?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4)Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Peça e acolha, de São
Lourenço, a graça de um amor límpido, generoso, lúcido e incondicional às
pessoas mais frágeis
· Louve a Deus, citando o
nome de mártires e testemunhas
(5)Contemple a vida
à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como nossa Igreja
poderia ajudar as pessoas mais assustadas e agoniadas neste tempo de crise
generalizada que atravessamos?
(6)Retorne à vida
cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite com mantra “Vidas pela
vida; vidas pelo Reino; todas as nossas vidas tal qual a sua vida, igual à sua
vida... Ó mártir Jesus! (qui: https://www.youtube.com/watch?v=v4AfrLKO1VA)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e conclua seu momento de oração
Breves notas sobre João 12,24-26
Os breves versículos do evangelho de João propostos
para iluminar a festa de São Lourenço e de todos os mártires, nos traz uma
afirmação solene de Jesus. O texto está situado literariamente após da
ressurreição de Lázaro e da entrada de Jesus no Templo, e depois que alguns
judeus de origem grega pedem que Filipe os leve ao encontro de Jesus.
Jesus vê nessa busca de judeus estrangeiros o
momento propício para manifestar a glória do Filho do Homem, a glória à qual
são chamados todos seres humanos. Ele diz que, para conhecê-lo e descobrir a
nossa vocação, devemos olhar para a cruz. Nela se mostra como sua vida e sua missão, assim como a vida e a missão de quem o
segue, produzirá frutos: dando a vida gratuitamente, corajosamente,
generosamente, permanentemente.
Por mais que se apresente com aparência formosa e
desejável, o egoísmo e a indiferença são sempre mortais e estéreis. Ao
contrário, quem ama e não teme a própria morte é livre para arriscar e gastar a
“vida pelas vidas”, comprometer a vida pelo Reino de Deus, como o mártir Jesus,
como todos os/as mártires e testemunhas. Livremente colocamo-nos a serviço do
Reino!
Amar é doar-se sem poupar-se. O amor leal nos leva
ao esquecimento dos interesses individuais e a prosseguir no caminho de Jesus,
apesar da pressão e da intimidação dos sistemas de poder e coerção. Como a
semente, o dom de si é fecundo, vivificador, e a entrega solidária da vida é o
ápice do dom de si. Caindo no chão e morrendo, a semente libera sua força,
realiza seu destino, não fica só, multiplica-se, produz frutos. Eis o mistério
da vida e da missão.
Fazer-se discípulo/a é estar com Jesus onde ele
está, no dinamismo do amor do Pai, que ama sem medida, sem “se” e sem “mas”. A
honra e a glória dos cristãos não é outra senão a de Jesus: renunciar às honras
e vaidades desse mundo, ser filho ou filha, amar sem reservas, ser como a
semente! A autoridade e a representatividade das lideranças cristãs se inspiram
em Jesus crucificado e se baseiam no serviço aos pobres.
(Itacir
Brassiani msf)
O valor da formação litúrgica
“Nosso corpo é um símbolo, porque é uma união
íntima de alma e corpo; é a visibilidade da alma espiritual na ordem corpórea;
e nisso consiste a especificidade da pessoa, irredutível a qualquer outra forma
de ser vivo. Nossa abertura ao transcendente é constitutiva de nós. Não reconhecer
isso nos leva não apenas a não conhecer a Deus, mas também a não conhecer a nós
mesmos. Todo símbolo é ao mesmo tempo poderoso e frágil. Se não for respeitado,
se despedaça, perde sua força, torna-se insignificante” (Papa
Francisco, Carta apostólica Desiderio
desideravi, § 44).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho,
superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou
preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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