quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 841

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 841

Dia 11/08/2022 | XIX Semana do Tempo Comum | Quinta-feira

Evangelho segundo Mateus (18,21-19,1)

(1)Coloque-se em atitude de oração  

·     Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·     Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·     Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·     Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·     Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·     Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·     Prepare-se ouvindo e rezando: Cada vez que eu venho para te falar (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)

 

(2)Leia o texto da Palavra de Deus

·     Leia com toda a atenção o texto de Mateus 18,21-19,1

·     Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·     A pequena, frágil e promissora comunidade de discípulos/as de Jesus carrega o tesouro do Reino de Deus em vasos de barro

·     Jesus é um Mestre realista e, por isso, propõe uma pedagogia para tratar dessas dificuldades relacionais da comunidade

·     O perdão recebido e devido pelos cristãos não conhece limites em relação ao tamanho da ofensa ou à quantidade de reincidências

·     A comunidade dos discípulos/as é chamada a ser embaixadora e ministra do perdão e da misericórdia reconciliadora do Pai

·     O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)Medite a Palavra de Deus

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·     Todos já vivemos a experiência de ofender uma pessoa próxima e querida, ou de ser ofendido/a por outros/as

·     Mesmo que o perdão que recebemos dessas pessoas possa não ter sido pleno e total, Deus não nos tratou assim

·     Recorde suas experiências de ser perdoado/a pelas pessoas, e, principalmente, por Deus

·     Você já se percebeu tentado/a a colocar condições e limites ao perdão que os outros lhe pedem?

·     Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)Reze com o texto lido e meditado

·     Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·     Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·     Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·     Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·     Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·     Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·     Agradeça por todas as vezes que as pessoas que você ama, sua família e sua Igreja foram mediadoras do perdão de Deus para você

·     Peça que alargue a tenda do seu coração, a fim de que você possa ser uma mediação do perdão incondicional e irrevogável do Pai

 

(5)Contemple a vida à luz da Palavra

·     Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·     Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·     Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·     Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·     Como a Igreja pode tornar efetivo o ministério da reconciliação confiado por Jesus à sua comunidade?

 

(6)Retorne à vida cotidiana

·     Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·     Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·     Ouça e reze com a canção: Quem nos separará, quem vai nos separar do amor de Cristo? Quem nos separará? (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=AOy0kWK67Nw)

·     Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

 

Breves notas sobre Mateus 18,21-19,1

Nos capítulos 16 a 18 do seu evangelho, Mateus nos apresenta as orientações fundamentais de Jesus para que a comunidade de discípulos/as assuma um estilo de vida alternativo, inovador, profético e crítico em relação aos estilos então predominantes. Nos textos de ontem e de hoje Jesus aborda a questão do enfrentamento das tensões e ofensas nas relações comunitárias.

Para ser fiel a Jesus, a comunidade cristã deve praticar o perdão como uma ação contínua e reiterada. O pedido de desculpas e o perdão não têm limites de tempo e de grupo. Sem isso, a vida em comunidade é inviável, e a liderança e a autoridade podem decair em opressão. O perdão concedido aos irmãos e irmãs é expressão viva do perdão recebido do Pai e decorrente dele.

Jesus ilustra isso com uma parábola, focalizada em quem deve perdoar, e não no pecador ou ofensor. Jesus não costuma apresentar os reis como imagem de Deus, e sim os pais. Mas a parábola de hoje sublinha que, como o rei dessa história, Deus exige que seus filhos e filhas perdoem, porque foram antes perdoados. Diferentemente do perdão do rei, o perdão de Deus não é condicionado e revogável, mas definitivo e incondicional.

Os 10 mil talentos devidos ao rei por um dos seus servos correspondem a um ano dos tributos cobrados de Israel pelo imperador romano, enquanto que a dívida do empregado inferior corresponde a apenas 100 dias de trabalho! A diferença e descomunal. Isso ressalta a imensa diferença entre as dívidas, entre o perdão que recebemos de Deus por Jesus e o perdão que devemos dar aos irmãos e irmãs que incorreram em débitos conosco.

Note-se que o rei não aceita dar mais prazo ao devedor, como ele mesmo pedira, mas perdoa a dívida. Nisso, ele simboliza a compaixão ilimitada de Deus. Mas o outro empregado não dá um prazo maior nem perdoa, e se mostra mais cruel que o próprio rei. Para Jesus, gentileza gera gentileza, perdão gera capacidade de perdoar. Para o cristão, o perdão é norma e obrigação, não uma opção!

 (Itacir Brassiani msf)

O valor da formação litúrgica

Como podemos nos tornar novamente capazes de símbolos? Como podemos de novo saber lê-los e poder vivê-los? Sabemos bem que a celebração dos sacramentos, pela graça de Deus, é eficaz em si mesma, mas isso não garante o pleno engajamento das pessoas sem uma forma adequada de se colocarem em relação à linguagem da a celebração. Uma “leitura” simbólica não é um conhecimento mental, nem a aquisição de conceitos, mas sim uma experiência viva(Papa Francisco, Carta apostólica Desiderio desideravi, § 45).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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