Mandatos, proibições, ameaças, desprezo:
estes são gêneros comuns de palavras em nosso dia-a-dia, inclusive nas Igrejas
cristãs. Palavras de ternura, de apoio, de estímulo e de carinho são um pouco
mais raras... Selando conosco uma aliança, Deus nos garante seu amor para
sempre, e a sua lealdade é inabalável como o céu, diz o salmista. A relação
entre Deus e nós é como a relação entre pais e filhos, filhos e pais: marcada
pela proximidade, pelo bem-querer, pela doação de si e pelo reconhecimento
agradecido. A Deus não precisamos garantir ofertas e sacrifícios, nem mesmo
casas, palácios ou templos: ele é que se preocupa em nos oferecer uma casa, um
lugar para fixarmos morada. Ele faz sua morada em nós, no meio de nós, para
sempre. Existem por acaso palavras mais carinhosas que essas, que nos dizem que
somos a sonhada casa de Deus, seu sacrário no mundo? Ele faz uso permanente de
sua misericórdia a nosso respeito, vem nos visitar e acaba estabelecendo aqui
sua morada, iluminando as pessoas e povos que se sentem no escuro, guiando
nossos inseguros passos no caminho da paz. Tudo isso, “graças à misericordiosa
compaixão do nosso Deus”. Palavras de carinho, palavras verdadeiras, verbo vivo
que se faz carne frágil para unir, fortalecer e libertar. “Vem, Senhor! Não
tardes mais! Vem saciar nossa sede de paz!” (Itacir Brassiani msf)
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