Compaixão é o DNA de Deus, e isso
fica mais que evidente na vida de Jesus de Nazaré, o Filho de Deus. Desde
sempre e para sempre, movido pela Compaixão, ele é peregrino no Santuário das
dores e esperanças humanas, todas, pregando boas notícias, compartilhando e
curando todo tipo de doenças e enfermidades. É do encontro vivo e pessoal com
ele, da participação na sua Compaixão, que brota a Vocação, a descoberta de que somos intimados a viver de Compaixão e
dedicar tudo o que temos e somos para peregrinar com ele e colaborar com sua
obra. E isso coincide com a percepção de que nossa mais plena felicidade e
realização depende disso. Da escuta deste chamado, que vem de dentro e de todos
os lados, passamos à descoberta de que viver é ter uma Missão, é ser enviado, é sair ao encontro dos irmãos e para fazer
irmãos. Não há verdadeira intimidade com Deus sem a participação na sua
Compaixão, sem a resposta ao chamado que ele faz e sem empenho na sua missão de
reabilitar o povo que vive cansado e abatido, como ovelha sem pastor. Por fim,
esta Missão é muito mais que satisfação, unção, consolação e quietude. A Missão
de Jesus e nossa é marcada pela Libertação,
que vai da afirmação da dignidade de todo o humano ser à transformação das
estruturas que oprimem e excluem, passando pelo anúncio incansável do céu novo
e da terra nova que estão em gestação, e pela denúncia de tudo aquilo que
retarda ou impede sua chegada. E tudo isso de graça, pois de graça recebemos,
como pura graça é o Natal, na gruta e na mangedoura de Belém ou nas mais
recônditas grotas e rincões. (Itacir
Brassiani msf)
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