Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 413
Dia 09/06/2021 | 10ª Semana Comum | Quarta-feira
Evangelho segundo Mateus (5,17-19)
(1) Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
·
Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido/a
·
Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
·
Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
·
Tome consciência de si mesmo/a e do
momento que vivemos
·
Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se cantando o mantra: “A Palavra de Deus é sustento...”
(Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=uG_ss2TxPU0)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 5,17-19
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Jesus havia anunciado
solenemente quem são as pessoas bem-aventuradas, aquelas que agradam ao Deus do
Reino
· Sabendo que isso não
fechava claramente com as leis tradicionais, Jesus esclarece que não é
anarquista e nem um simples reformador
· Recorrendo à sua
autoridade de enviado de Deus e de intérprete competente das antigas
escrituras, ele mostra a novidade do Reino
· Ele veio dar pleno
cumprimento à profecia e às leis, e isso ele mostra nas suas decisões, ações e
pregações
· Depois de afirmar isso,
ele apresentará uma série de casos nos quais evidencia o que significa pleno
cumprimento das escrituras
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Leia atentamente esta
pequena catequese de Jesus, procurando entender exatamente e apenas aquilo que
está escrito
· Você não tem a impressão
de que, com seu ensino e sua prática, Jesus estimula uma postura desobediente e
anárquica frente às leis?
· Você não acha que, por
outro lado, muitas pregações e práticas prendem Jesus à simples e inflexível
obediência às leis e costumes?
· O que significa para
nós, hoje, levar a sério que Jesus cumpre e revela plenamente as escrituras
anteriores a ele?
· Quais as implicações de
assumir “o olhar, o agir e o sentir” de Jesus como chaves para a leitura das
Escrituras Sagradas?
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Peça humildemente que
Jesus envie seu Espírito a você e à nossa Igreja para não usar outra chave de
leitura das escrituras que não seja ele
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como ajudar nossas
famílias e comunidades a não apagarem a novidade desafiadora e revolucionária
da vida e da ação de Jesus?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos,
iluminai-nos e congregai-nos!
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com o cântico “Ilumina,
ilumina cada passo das nossas famílias” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=a4KoLMSobVo)
· Apague
a vela e termina seu momento de oração
Pistas sobre Mateus 5,17-19
Os evangelhos não deixam dúvidas: aos olhos de
grande parte dos seus contemporâneos, Jesus era um anarquista e estimulava à
desobediência da lei religiosa e civil. A liberdade recebida por aqueles/as que
se fizeram seus discípulos/as também causou preocupações, até por causa do
exagero de alguns. Daí a pergunta: Jesus veio abolir a Lei?
Estamos na primeira grande aula no processo de
formação dos discípulos/as, que conhecemos como “sermão da montanha”. É claro
que a indicação de quem são os/as “bem-aventurados”, os santos/as, os/as que
agradam a Deus causou desconcerto. A intervenção de Jesus que refletimos hoje
procura esclarecer colocar as coisas no seu devido lugar.
As citações diretas das escrituras que podemos
ler nos capítulos anteriores já poderiam ter eliminado as dúvidas: tudo na vida
de Jesus ocorre “para que se cumpra a Lei”. Mas então, Jesus seria um profeta
judeu como todos os outros, ou um simples reformador dos costumes? Nele só
haveria continuidade, sem rupturas em relação ao judaísmo?
Por responder a estas interrogações, Jesus
começa com uma advertência: “Não pensem que eu vim abolir a Lei e os Profetas!”
Tanto a Lei como os Profetas, continuam como uma espécie de “pedagogo” até que
o Reino de Deus seja consumado, até que passem este velho sistema social,
cultural e religioso (“o céu e a terra”). “Eu vim para cumprir plenamente”
tanto a Lei como a Profecia, diz Jesus. A prática dos escribas e fariseus era
parcial e imperfeita.
A expressão “em
verdade, em verdade, eu vos digo” é uma afirmação que enfatiza a autoridade de
Jesus, que se apresenta como o cumpridor do sentido profético da Lei, até então
escondido aos judeus. Ele é a “chave” que nos abre o sentido das escrituras,
que devem ser lidas e revistas a partir daquilo que Jesus viveu e ensinou.
Desobedecendo (ou ultrapassando) as leis para atender as necessidades das
pessoas vulneráveis, Jesus se mostra um profeta, e manifesta o verdadeiro
sentido e o objetivo último da lei.
(Itacir Brassiani msf)
Ensinamento do
Papa Francisco
“Ao refletirmos sobre
o perdão, a paz e a concórdia social, deparamo-nos com um texto de Jesus Cristo que nos surpreende: «Não penseis que vim
trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas a espada”. O tema em questão é
o da fidelidade à própria opção, sem ter vergonha, ainda que isso traga
contrariedades e mesmo que os entes queridos se oponham a tal opção. Jesus não convida a procurar conflitos, mas
simplesmente a suportar o conflito inevitável, para que o respeito humano não
leve a faltar à fidelidade em nome duma suposta paz familiar ou social". (Fratelli Tutti, §
240)
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a
Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo
nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a
vida do mundo.
Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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