Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 436
Dia 01/07/2021 | 13ª Semana Comum | Quinta-feira
Evangelho segundo Mateus (9,1-8)
(1) Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
·
Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido/a
·
Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
·
Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
·
Tome consciência de si mesmo/a e do
momento que vivemos
·
Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se cantando o mantra: “A Palavra está perto de ti, em
tua boca, em teu coração” (https://www.youtube.com/watch?v=BU9zUi4N3Yc)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 9,1-8
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Jesus deixa o território
“pagão” dos gadarenos e volta a Cafarnaum, na sua amada e conhecida Galileia
· Um paralítico é levado
por seus vizinhos e familiares à presença de Jesus, na casa que compartilhava
com seus discípulos mais próximos
· Jesus fica sensibilizado
pela demonstração de fé ativa, chama um excluído de “filho” e o devolve são e
salvo aos seus
· Os mestres da lei,
ciosos da ortodoxia que defendem, acusam Jesus de desonrar e usurpar o poder de
Deus (que eles pretendem controlar)
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Contemple a cena passo a
passo, palavra por palavra, gesto por gesto, e deixe-se envolver nela
· O que o gesto e as
palavras de Jesus significam para você, na situação de distanciamento social,
medo e prostração que vivemos?
· Quais são as pessoas em
dificuldade que você ajudou a “carregar” até Jesus para que possam reencontrar
a vida?
· Quem são as pessoas que
continuam conduzindo você a um encontro vivo e revitalizador com Jesus?
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Deixe ressoar em seus
lábios as palavras agradecidas das pessoas que encontram em Jesus Cristo um
novo sentido e uma nova força para viver
· Peça ao Pai que conceda
também aos homens e mulheres de hoje a força do Evangelho para resgatar a
dignidade humana perdida ou negada
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Você acha que também
hoje alguns agentes da Igreja caem na tentação de querer controlar e limitar a
ação de Deus? O que fazer para que o perdão dos pecados recupere a força
emancipadora que tinha na boca de Jesus?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos,
iluminai-nos e congregai-nos!
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite e reze com a canção “O
Senhor vai acendendo luzes quando vamos precisando delas...” (Acessível
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Z8RU8BQRcMQ)
· Apague
a vela e termina seu momento de oração
Pistas sobre Mateus 9,1-8
Jesus volta à Galileia e à sua cidade, depois de
uma breve incursão humanitária e missionária em território pagão, onde sua ação
emancipadora foi mal recebida pela população, que preferiu ficar com as
migalhas de segurança do império romano a fazer a travessia para a liberdade e
a autonomia. Também ali, em sua terra e entre os seus, sua ação libertária
causa desconforto. Entende-se, por isso, que ele seja seguido de perto e vigiado
pelos mestres da lei.
Eis
que um homem paralítico e, por isso, em situação de marginalização social e
religiosa, é levado por seus familiares e vizinhos à presença de Jesus. Para
tanto, superam diversas barreiras e, no incansável empenho deles, Jesus reconhece
o dinamismo da fé que os movia, acolhe com ternura o paralítico chamando-o de
filho. Como Jesus conhecia a estreita relação que a cultura estabelecia entre
enfermidade e pecado, começa removendo ou perdoando o pecado, e conclui
mandando que ele se levante e caminhe.
Os
representantes da elite religiosa, que se manifesta pela primeira vez no
pensamento e no protesto dos mestres da lei, acusa Jesus de estar usurpando o
poder de Deus e, por isso, blasfemando. Eles se consideram os únicos intérpretes
autorizados da lei e defensores exemplares da ortodoxia. Como leu o que motivou
a ação das pessoas que levaram o paralítico até ele, Jesus também leu os
pensamentos dos seus opositores, e os acusa de pensar e tramar o mal, de
estarem, com essa atitude, se afastando da vontade de Deus.
Como enviado e
comissionado pelo Pai, Jesus não reivindica para si mesmo os créditos do perdão
e da cura. Ele passa do perdão – ação interior, cujos frutos não são visíveis –
à cura, que é o lado visível da mesma ação. O evangelista diz que, diante do
que viu, o povo ficou com medo (temos ou trepidação frente a um claro sinal da
presença de Deus) e glorificou a Deus por ter dado tal poder a Jesus e aos seus
discípulos (“aos homens”). É claro que nessa nota de Mateus, ressoa também a
experiência já consolidada da comunidade cristão, que continua fazendo o que
aprendeu de Jesus.
(Itacir Brassiani msf)
Ensinamento do
Papa Francisco
“O perdão não significa esquecimento. Mesmo
que haja algo que de forma alguma pode ser negado, relativizado ou dissimulado,
podemos perdoar. Mesmo que haja algo que jamais deve ser tolerado, justificado
ou desculpado, podemos perdoar. Mesmo quando houver algo que por nenhum motivo
devemos permitir-nos esquecer, podemos perdoar. O perdão livre e sincero é uma grandeza que reflete a imensidão do
perdão divino. Se o perdão é gratuito, então pode-se perdoar até a quem resiste
ao arrependimento e é incapaz de pedir perdão”. (Fratelli Tutti, § 250)
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a
Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo
nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a
vida do mundo.
Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)
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