Jesus é o pão vivo que
sacia nossa fome de Justiça | 704 | 06.05.2025 | João
6,30-35
Na
segunda parte da catequese sobre o pão, que tem as marcas do debate e da
controvérsia, a multidão exige de Jesus um
sinal da sua divindade, como o sinal do maná. Jesus diz que ele mesmo é este
sinal, e que maná seria apenas um símbolo que remete a ele, que é o dom
superior e definitivo de Deus. Nele, o Deus poderoso se apresenta vulnerável e
frágil, acessível e próximo. Mas este ensino de Jesus resolve pouco, e a multidão
murmura.
“Que
sinal fazes para que possamos crer em ti? Que obra fazes?”, questiona a multidão.
Aquela gente não entende o sinal do pão, e acrescenta, quase como uma acusação
a Jesus: “Nossos pais comeram o maná no deserto”. Esperam de Jesus obras mais
espetaculares, que impressionem e resolvam suas necessidades sem deles exigir
compromisso.
Jesus
responde destacando que a crença e a expectativa deles estão baseadas numa
falsa compreensão do passado. Eles precisam olhar para o presente e reconhecer os
sinais que Deus está realizando agora, e em favor do seu povo hoje. “Não foi
Moisés quem vos deu o pão que veio
do céu. É meu Pai que vos dá o
verdadeiro pão do céu”! Jesus põe a ênfase no presente, e nos interlocutores
que o questionam.
Jesus
passa, então, a falar claramente de si mesmo como sendo o pão verdadeiro. “Pois
o pão de Deus é aquele que desce do
céu e dá vida ao mundo”. Descendo
sempre, fazendo-se carne, colocando-se no lugar do ser humano necessitado,
superando a indiferença e respondendo com compaixão às suas necessidades, Jesus
abre caminho à abundância.
Diante dessa afirmação de Jesus, a multidão parece
finalmente entender, mas sua compreensão ainda é superficial. O pedido “Senhor,
dá-nos sempre desse pão” denota, de novo, a busca de uma solução fácil e sem
compromisso. E Jesus avança, de modo mais claro ainda: “Eu sou o pão da vida! Quem vem a mim não terá mais fome”. Ele não
poderia ser mais claro. Que ninguém espere coisas, mas acolha e sua proposta, e
a vida deixará de ser carência e se fará farta.
Sugestões para meditar
§ Jesus questiona o que move
as multidões ao seu encontro: o que motiva você a procurar e escutar Jesus
Cristo hoje?
§ Qual é o sinal que você
espera para poder crer nele? Um milagre retumbante, uma cura, a solução das
aflições da humanidade?
§ Sua fé se baseia mais nos
sinais que Deus realizou no passado, ou naquilo que ele manifesta no tempo presente?
§ Em que medida Jesus Cristo
e seu Evangelho alimentam suas utopias e iluminam suas buscas?
Um comentário:
Através da minha fé em Jesus Cristo
Eu acredito que Ele está presente na Santa Eucaristia ,sinto a sua presença ao comunga também através de acontecimentos do dia a dia
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