O destino
dos enviados poderá ser o mesmo do de quem que envia | 409 | 13.07.24 | Mateus 10,24-33
No texto que
rezamos ontem, Jesus nos apresentava as atitudes que devem nortear a vida dos
discípulos missionários: confiança, simplicidade, prudência e perseverança.
Hoje, no trecho que segue o de ontem, Jesus ressalta a importância de manter
ele, seu anúncio e sua prática, em tudo e sempre, como modelo e referência, e
de jamais deixar-se imobilizar ou guiar pelo medo.
Jesus inicia as
palavras que meditamos hoje sublinhando uma certa paridade entre o seu modo de
viver e a atitude daqueles que ele envia como discípulos missionários.
Trata-se, por um lado, de não buscar aplausos, protagonismos e posições de
poder ou relevância, pois ele sempre se apresentou como servidor; e, isso
significa ter consciência de que as violências que ele sofreu poderão ser vividas
também por aqueles que ele envia à sua frente e em seu lugar.
Jesus ilustra
isso recorrendo ao senso e à experiência comum das relações sociais: o
discípulo não está acima do mestre, e o servo não está acima do senhor. Ele não
critica isso que hoje seria inaceitável aos olhos do homem moderno, mas
acrescenta que os discípulos missionários não são seus empregados, e sim irmãos
e irmãs, pessoas que fazem parte de sua família. Se a Jesus, que é como que o
chefe da família, o acusaram de ser agente do chefe dos demônios, isso também
pode ocorrer com os irmãos e irmãs que ele envia.
Mas a
insistência dessa exortação missionária de Jesus recai sobre a necessidade de
confiar, de não ter medo. O medo pode paralisar, limitar ou desorientar o
anúncio e o testemunho do Reino de Deus, e pode levar os discípulos
missionários até a fugir da missão. Mas, para Jesus, tudo está dentro do
conhecimento compassivo e da vontade do Pai. Os “podres poderes” têm um poder
limitado, têm “pés de barro”, e não podem matar o fermento da vida inaugurada
em Jesus. Como diz Paulo, mesmo que seus enviados sejam perseguidos, o
Evangelho não está algemado.
Temer a Deus
significa permanecer fiel à missão, pois ela é parte indissociável da vida nova
em Cristo. Significa também ter mais em conta a vontade de Deus que as pressões
e intimidações dos poderosos. Sem essa confiança de base, a vida perde seu esplendor
e seu dinamismo. Deus é Pai e está próximo e atento às necessidades dos seus
amados pequeninos. E nada escapa do seu cuidado por nós. Ademais, aquele que
nos envia, é nosso advogado!
Meditação:
·
Deixe que ressoe em você e rumine por um instante
cada uma das recomendações de Jesus aos discípulos
·
Repita e deixe ecoar em sua mente e seu coração
cada palavra de estímulo de Jesus aos seus discípulos/as
· O que significa
para você, nesse momento, a ordem insistente de Jesus: “Não tenha medo”?
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