Desde a antiguidade, no dia 20 de janeiro a Igreja do ocidente reúne na
liturgia a memória de dois dos seus mais célebres e amados mártires: Sebastião,
oficial do exército romano, e Fabiano, bispo de Roma.
Fabiano foi eleito bispo da cidade de Roma em torno do ano 236. Durante
seu pontificado, deu uma notável contribuição à organização da diocese. Para
reponder melhor às crescentes necessidades da igreja local, especialmentes dos
setores populacionais marginalizados, dividiu a cidade em sete diaconias.
Sendo defensor da ortodoxia de Orígines, tornou-se logo muito popular, e
sua fama foi além das fronteiras da Igreja ocidental, como atesta seu elogio
fúnebre, escrito por Cipriano de Cartago. Fabiano morreu mártire, ilustre
vítima da perseguição promovida pelo imperador Décio em meados do século III
para dificultar o crescimento e a
independência da Igreja.
No mesmo dia, alguns anos mais tarde, Sebastião coroava a própria vida
com o martírio. Soldado de origem milanese, chegou a ser um alto oficial do
exército imperial. Nesta posição confortável, segundo a tradição, além de difundir
o Evangelho nas fileiras do exército romano, Sebastião conseguiu salvar da
perseguição um grande número de cristãos.
De acordo com sua célebre paixão, escrita no século V por Arnóbio
Giovani, quem pôs fim à carreira de Sebastião, condenando-o à pena de morte, foi
o imperador Dioceciano. Segundo a tradição iconográfica, Sebastião foi morto
ferido por um grande número de flechas. Sobre sua sepultura foi edificada uma
basílica que, a partir do século IX, foi dedicada ao jovem soldado mártire.
(Comunità di Bose, Il libro dei testimoni, Paulus, Milano,
2002, p. 64-65)
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