“Eis que já veio a plenitude dos tempos, em que Deus
mandou à terra seu Filho!” (cf. Gl 4,4)Bem que estamos precisando da visita,
prá ficar, de um Sol cujo brilho seja a Justiça e a Compaixão, pois a noite da
indiferença e da empáfia nos ameaça constantemente enquanto Igrejas e
Humanidade. Sem cair na tentação do pessimismo, precisamos admitir que ainda há
muita gente – indivíduos e povos – que jaz nas sombras ameaçadoras da morte,
física ou social. E a meta da Paz, que às vezes nos parece uma tênue luz no fim
do túnel, não consegue seduzir muita gente, nem fecundar e dirigir nossos
passos tortuosos. Com o velho Zacarias, que abre os ouvidos e solta a língua
diante do frágil fruto da sua ancianidade, diante dos olhos surpresos e
jubilosos de Isabel e de Maria, anunciamos que Deus fez surgir para nós uma
força libertadora em forma de crianças, usando de misericórdia para conosco.
Assim, sustentados pela frágil força desses santos Meninos, sentimo-nos livres
do medo que nossos inimigos nos impunham: nossas mãos, nossos pés e nossa
língua se soltam e somos impulsionados a servir, em santidade e justiça, todos
os dias, o Reino que se insinua em pequenos sinais, nas grutas, periferias,
estrebarias, vales e montanhas... E, como Natã ensina a Davi, somos dispensados
de construir templos, pois nosso Deus gosta mesmo é de morar conosco. Mas
continuamos pedindo, confiantes, porque de fato necessitamos: “Apressai-vos e
não tardeis, Senhor Jesus, para que a vossa chegada renove as forças dos que
confiam em vosso amor.” (Itacir
Brassiani msf)
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