227 | Ano B | Tempo Comum | 1ª Semana | Sábado | Marcos
2,13-17
13/01/2024
Na cena que meditamos ontem, estando em sua própria
casa, Jesus deixa bem claro que reinsere os excluídos na sociedade e o faz em
nome de Deus. Por isso, depois de declarar que os pecados do paralítico estão
perdoados, ordena que ele se coloque de pé, tome sua cama e vá para casa. E
assim aconteceu, diante da admiração do povo, que nunca tinha visto algo assim:
alguém que enfrenta a exclusão e ensina a caminhar com autonomia.
Depois disso, Jesus sai de novo à beira do mar,
acompanhado pelos seus discípulos. E prossegue seu ensinamento original sobre o
Reino de Deus. Caminhando, vê um coletor de impostos e o chama para ser seus
discípulos. Mais tarde, na casa de Levi – assim se chamava o coletor – senta-se
à mesa na qual se misturam discípulos, coletores de impostos e o povão numa
confraternização alegre e profética.
Jesus vivia cercado de gente anônima, pertencente
às classes de baixo, não educada nas academias e que vivia à margem da lei
judaica. Eles são identificados como pecadores e são socialmente
marginalizados, como os coletores de impostos, que são judeus que colaboram com
os dominadores romanos, e são evitados e penalizados pelo judaísmo.
Como fizeram os convidados anteriores, Levi atende ao
chamado de Jesus e rompe com a atividade de colaborador com os invasores e
explorador do seu povo. E Jesus vai à sua casa e participa de uma simbólica
interação fraterna e solidária com o povão, os diversos tipos de pecadores e os
discípulos, sob o olhar escandalizado dos fariseus doutores da lei.
Jesus
responde ao questionamento dos fariseus aos seus discípulos com uma comparação
com a qual sublinha, justifica e evidencia sua opção: como são os doentes que
precisam de médico, são os pecadores que precisam de acolhida e perdão. “Eu não
vim para chamar os justos”, diz Jesus provocativamente. Para Jesus, a Igreja
jamais pode colocar barreiras ao povo e aos pecadores.
Meditação:
ü Observe a alegria dos pecadores e do povão
acolhido e valorizado por Jesus, assim como o escândalo dos fariseus
ü Como você e sua comunidade se sentem diante da
defesa dos direitos humanos das pessoas ameaçadas em sua integridade?
ü Em que medida sua comunidade, e a Igreja como
um todo, seguem essa orientação de Jesus na sua ação pastoral?
ü Que lugar o povo mais simples e as pessoas
quebradas pela vida encontram em nossas comunidades cristãs?
ü Como tratar os grupos de cristãos, as
lideranças e os padres que continuam criticando os agentes que se aproximam dos
pecadores?
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