Façamos pelos outros o que gostaríamos que eles fizessem a nós | 650 | 13.03.2025
| Mateus 7,7-12
Ontem meditamos sobre o texto que nos
ensina que Jesus, no dom generoso de si através de uma vida e uma morte
absolutamente solidárias, tornou-se o sinal mais eloquente do amor de Deus
pelas suas criaturas. Nele, com ele e
por ele recebemos tudo, e não nos é tirado nada. Com sua vida e sua palavra, ele
nos ensina que, da confiança na bondade do Pai, brota a liberdade para se
dedicar ao Reino.
É sobre a bondade do Pai e a necessidade de
confiar plenamente nele que Jesus nos fala no texto de hoje. Ele já havia dito
que trazia uma Boa Notícia de Deus: Deus não é inimigo, cobrador, juiz e
general, mas pai que acolhe, socorre e perdoa, especialmente aqueles que se
encontram em situação de maior vulnerabilidade ou são discriminados e
excluídos, como são as pessoas que passam fome.
Ele havia ensinado a rezar ativando o desejo
da vinda do Reino de Deus, e convidado a olhar para a confiança e a liberdade
que sustentam as aves dos céus e embelezam os lírios do campo. E agora, ainda
em pleno “Sermão da Montanha”, Jesus sublinha de novo a atitude de confiança que
se espera do discípulo, tanto na oração como no desempenho da missão. Confiar,
pedir, lutar e perseverar: isso é o essencial; o resto vem depois.
Jesus nos convida a refletir sobre nossa
experiência comum. Será que alguém, em sã consciência, seria capaz de dar uma
pedra a quem nos pede um pão, ou cobra a quem pede carne? Jamais, se ainda não
abdicamos do nível mais raso da nossa cota de humanidade! E Deus, que é Pai e é
bom, seria indiferente às nossas necessidades, ou capaz de sentir prazer em
ver-nos em desespero? O segredo é pedir corretamente, como Jesus ensinou no
Pai-Nosso. Pedir corretamente, e confiar.
Qual
é o fundamento da nossa relação com Deus? O Pe. Jaldemir Vitório nos diz que a
relação correta com Deus tem sua base na confiança absoluta. “Sem ela, será
impossível entregar-se nas mãos do Pai e se deixar guiar por ele, como se
espera dos discípulos do Reino. O discípulo confiante está convencido da
fidelidade do Pai, sempre pronto a atender às súplicas que lhe são dirigidas.
Só quem tem confiança absoluta vai se comportar com docilidade”. Eis a lição
que nos ensina hoje, no caminho quaresmal.
Meditação:
§
Leia atentamente, palavra
por palavra, este ensino de Jesus sobre a atitude de confiança na oração e na
missão
§
Você que teve a sensação
de que Deus fechou os ouvidos e as portas aos seus pedidos e necessidades?
§
Aquilo que costumamos
pedir a Deus na oração é realmente aquilo que é indispensável para a realização
do Reino de Deus?
§
A imagem que fazemos de
Deus tem os traços e cores do amor e da compaixão, ou ainda tem resquícios de
onipotência e ameaça?
Um comentário:
Boas. Perguntas para avaliar- se ! Obrigada!
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