O Evangelho de
confirma e liberta não passará
911 | 28 de novembro
de 2025 | Lucas 21,29-33
Faltam dois dias para concluirmos o ano litúrgico, e, no
penúltimo trecho do nosso conhecido “discurso escatológico” que Jesus
pronunciou em pleno templo. Por mais que essa linguagem nos assuste, Jesus fala
do fim de um tempo, do fim de um mundo, e do começo de outro
mundo e de outro tempo, muito melhores: o tempo em que o Reino de Deus se
mostra mais claramente e mais ativamente.
Depois de falar simbolicamente de sinais nos céus e na terra, de
divisões e traições nos círculos mais íntimos das nossas relações, de ocupação
e destruição de Jerusalém e do seu templo por povos pagãos, Jesus recorre a uma
metáfora (o rebrote das árvores anunciando nova estação) para dizer que tudo
isso é sinal jubiloso de algo bom que se desenha no horizonte e que está
pedindo para nascer.
Na verdade, os acontecimentos e sinais históricos ou imaginários
aos quais Jesus se refere são sinais e antecipações proféticas do fim de uma
história: a história feita pelos grandes e poderosos, de cima para baixo, com
recurso ao poder e à intimidação, assegurando privilégios a uns poucos e
excluindo ou perseguindo as maiorias. E o Reino de Deus está cada vez mais
perto, e vem para reverter tudo isso! O Reino de Deus não é um território, nem
uma nova autoridade, mas relações novas.
Jesus convoca seus discípulos e discípulas de todos os tempos e
quadrantes a acompanhar atentamente estes acontecimentos e a discernir neles os
sinais do Reino que está em gestação, agindo como fermento na massa, como
semente lançada no chão e como sal nos alimentos. Como os brotos novos da
figueira prenunciam a proximidade e a certeza da chegada do verão, há sinais
anunciando a certeza e a iminência do Reino de Deus.
Aqueles que rejeitam e perseguem
Jesus e seus discípulos (“esta geração”) verão estupefatos a novidade acontecendo,
e eles sim devem temer. A Boa Notícia de Deus é segura e estável apenas para
quem, como Jesus, põe nele a sua confiança e tem nele o seu escudo. O Reino de
Deus (a nova humanidade, os novos céus e a nova terra) é mais seguro e estável
que o templo, mais que o firmamento, mais que os alicerces da terra. Deus ama o
direito e a justiça e defende os pobres e indefesos: essa é a Palavra que nos
dá alento e que jamais passará.
Sugestões para a meditação
§ Leia atentamente esta cena e as palavras de Jesus, dando
atenção à metáfora dos brotos de figueira
§ Você mantém a esperança em um país, o mundo e uma Igreja
melhores, ou já “entregou os pontos” e não crê em mais nada?
§ Você consegue identificar pequenos sinais da manifestação
certa e segura do Reino de Deus em nosso meio?
§ Onde você encontra as forças que necessita para continuar
lutando e sonhando em meio às dificuldades?
Nenhum comentário:
Postar um comentário