Nenhuma distração nos afaste do essencial!
913 | 30 de novembro de 2025 | Mateus 24,37-44
Iniciamos a
caminhada do advento com um apelo forte e inequívoco a viver constantemente
vigilantes, pois a manifestação do Reino de Deus e do Filho do Homem (os sinais
e o tempo) não são dados ao conhecimento antecipado de ninguém. A exortação de
Jesus pretende ajudar as comunidades cristãs, pressionadas por questões
internas e externas, a não se distrair na alegre e serena expectativa do Reino
e a não fracassar no discipulado missionário.
Para ilustrar a importância de permanecer
ativamente vigilantes, Jesus recorre a quatro exemplos interpeladores, tirados
da história do judaísmo e da experiência cotidiana. O primeiro vem do tempo de
Noé, quando a maioria das pessoas foi surpreendida pelo dilúvio: elas estavam
desprevenidas e distraídas, ocupadas com as pequenas coisas da sobrevivência, e
não se deram conta das coisas mais importantes que estavam por acontecer.
O segundo exemplo é tirado da vida
camponesa. Mesmo que os personagens não se deixem levar por falsas pregações,
ninguém pode saber qual deles ficará e qual será levado. O mesmo sentido tem a
experiência que envolve as duas mulheres que estão moendo juntas: ninguém sabe
antecipadamente quem será deixada e quem será levada. É preciso permanecer
alertas, ativamente empenhados. Serão deixados aqueles que não caminharem à luz
do Senhor.
O quarto exemplo, tomado da
experiência social, traz à cena a experiência de ser roubado: ninguém sabe o momento
em que o ladrão chegará; a chegada dele é certa, mas a prevenção é quase
impossível. Também daqui se depreende a necessidade de uma vigilância inteligente
e ativa. Então, nenhuma distração, nem mesmo com atividades boas, como
trabalhar, comprar e festejar.
A partir dos quatro exemplos
apresentados, Jesus propõe uma conclusão, que é também uma interpelação aos
seus discípulos e discípulas: “Por isso,
ficai atentos, porque não sabeis o dia em que virá Senhor. Também vós ficai
preparados, porque na hora que menos pensais, o Filho do Homem virá”. Nem Jesus
sabe a hora... Por isso, vigilância, hoje, amanhã e sempre.
A
advertência de Jesus é dirigida também a nós. Não permitamos que as compras e
viagens natalinas, as polêmicas políticas e os “humores do mercado” nos
distraiam daquilo que é essencial, no natal e na vida: ser fermento e testemunho
de vida nova e solidária, transformar instrumentos de morte em caminhos para a
vida reconciliada, pacificada e fraterna.
Sugestões para a
meditação
§ Leia e releia
atentamente os versículos de hoje, observando os “casos” arrolados por Jesus
como exemplificação do seu ensino
§ Estamos realmente
dispostos a “subir ao monte do Senhor” e aceitar que ele “nos mostre seus
caminhos”, como diz Isaías?
§ O que nós, nossas
famílias e nossas comunidades, esperam e desejam de verdade? Qual é a esperança
que nos move?
§ Quais são as
coisas ou questões que podem nos distrair daquilo que é fundamental na vida de
um discípulo missionário de Jesus?
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