Ano A | 14ª
Semana Comum | Quarta-feira | Mateus 10,1-7
(12/07/2023)
Ontem notávamos que, diante da exiguidade de
recursos e da pequenez da comunidade frente à extensão da missão, Jesus não
desiste nem se desespera: chama e envia discípulos/as, e pede que rezemos para
que mais gente se incorpore nessa caravana da compaixão e da esperança. Jesus
também sublinha a urgência desta missão, pois, com a demora, a colheita madura
corre o risco de se perder, as pessoas cansadas e abatidas correm risco de vida.
Hoje o evangelista nos apresenta o nome daqueles
que, dentre os/as demais discípulos/as, são escolhidos por Jesus como
colaboradores da missão. Eles são doze, para recordar as doze tribos do Israel
antigo, que se organizaram em forma igualitária e descentralizada. De Jesus,
recebem a mesma autoridade para fazer o mesmo trabalho: anunciar a Boa Notícia
da chegada do Reino de Deus; ensinar como corresponder a essa novidade; dar
sinais concretos dessa mudança curando e resgatando a vida dos sofredores.
Enviando discípulos em seu nome, Jesus está
afirmando que não deseja ter junto de si uma espécie de grupo de adoradores/as
dedicados ao culto e indiferentes ao mundo. A missão insere os discípulos no
mundo com a responsabilidade de transformar, de curar, de ajudar a libertar as
pessoas e povos de todas as opressões. Como ele mesmo demonstrou, a prioridade
absoluta dos chamados e enviados deve ser sair ao encontro do povo explorado e
abandonado (as ovelhas perdidas são o rebanho sem pastor).
Proclamando a chegada do Reino de Deus e
demonstrando-o com as ações de compaixão e solidariedade, os discípulos
missionários estarão também desmascarando todo e qualquer reino que age
diversamente ou contrariamente, inclusive o “império da lei”. No Reino de Deus
há uma só lei soberana: a primazia da pessoa humana. Também aqui Jesus é o
modelo, o caminho.
Na lista
dos 12 escolhidos, além de nos brindar com o nome de cada um daqueles “ilustres
anônimos”, o evangelista nos oferece algumas poucas informações: duas duplas de
irmãos; de dois são nomeados os pais; um é caraterizado como militante social,
e um outro como traidor. Se nosso nome estivesse nessa lista, como seríamos
descritos/as ou caracterizados?
Meditação:
· Deixe
que cada nome dos escolhidos ressoe em você, que cada orientação de Jesus
estimule sua caminhada
· Seu
nome também está nessa lista, as orientações missionárias de Jesus dizem também
a seu respeito
· O
que significa hoje dar prioridade às “ovelhas perdidas”? Quem são as pessoas
que vivem em situação de vulnerabilidade e correm riscos?
· Como
atualizar, em nosso tempo, a missão de expulsar demônios e curar as enfermidades?
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