Ano A | 14ª
Semana Comum | Sexta-feira | Mateus 10,16-23
(14/07/2023)
Depois de falar sumariamente do campo, das tarefas,
do suporte e do impacto da missão que confia aos discípulos/as missionários/as,
no texto que estamos meditando e rezando hoje, Jesus apresenta as atitudes
fundamentais que devem demarcar a vida missionária, essencialmente, em qualquer
tempo ou lugar: simplicidade, prudência, confiança e perseverança.
Jesus começa sublinhando que geralmente a missão se
desenvolve num contexto de hostilidade, e é povoada de provações. Por isso, a
tentação de desistir e desanimar estará sempre presente. O/a discípulo/a
missionário/a será sempre como uma ovelha no meio de lobos, guiando-se tanto
pela estratégia como pela simplicidade. Por isso, precisa mirar-se no pastor,
modelo que o inspira e precede, sem “correr em raia própria”, sempre em
comunidade.
A primeira atitude essencial do/a discípulo/a
missionário/a é a simplicidade, que
é o compromisso sincero e íntegro com o Reino de Deus, o compromisso de fazer
sempre o bem e manter-se nele, de jamais desconfiar das pessoas ou ter medo
delas. É claro que isso não tem nada a ver com ingenuidade, mas tudo a ver com
o modo de ser e de agir de Jesus. Ele é o missionário do Pai!
A segunda atitude é a prudência, ou, em outras palavras, a sabedoria, que se mostra na
escuta atenta e dócil da Palavra de Deus e na prática que lhe corresponde. É
disso que brota a “esperteza evangélica”, aquela inteligência lúcida e
autêntica que suscita criatividade e estratégias adequadas para levar a missão
adiante, sem desvios e sem concessões. É claro que não se trata daquela
propalada esperteza que se rege pela lei de em tudo levar vantagem.
A terceira atitude que não pode faltar ao
discípulo/a missionário/a de Jesus é a confiança,
e aqui se trata, antes de tudo, de confiança no Pai, na sua bondade, na sua
providência imensamente divina. Nenhuma provação ou tribulação estará fora do
seu olhar. Quem confia no Pai não se intimida diante das contrariedades, nem se
vinga diante das perseguições. Sabe o que vale para Deus!
Por fim,
e temperando as três atitudes anteriores, a perseverança, porque o/a discípulo/a missionário/a sabe que seu trabalho não é inútil e que as
intempéries são passageiras e limitadas. Quem se mantiver fiel ao Mestre, no
sucesso ou na perseguição será por ele apresentado ao Pai.
Meditação:
· Deixe
que ressoe em você e rumine por um instante cada uma das recomendações de Jesus
aos discípulos
· Qual
das quatro atitudes que ele ressalta lhe parece mais relevante pra as
comunidades e seus missionários/as hoje?
· Quais
seriam outras atitudes que poderiam assegurar a credibilidade da evangelização
hoje?
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