Ano A | 14ª
Semana Comum | Sábado | Mateus 10,24-33
(15/07/2023)
No texto que
rezamos ontem, Jesus nos apresentava as atitudes que devem nortear a vida dos
discípulos/as missionários/as: confiança, simplicidade, prudência e
perseverança. Hoje, no trecho que segue o de ontem, Jesus ressalta a
importância de manter ele, seu anúncio e sua prática, em tudo e sempre, como
modelo e referência, e de jamais deixar-se imobilizar ou guiar pelo medo.
Jesus inicia as
palavras que meditamos hoje sublinhando uma certa paridade entre a sua postura
e a atitude daqueles/as que ele envia como discípulos/as missionários/as.
Trata-se, por um lado, de não buscar aplausos, protagonismos e posições de
poder ou relevância, pois ele sempre se apresentou como servidor; e, isso
significa ter consciência de que as violências que ele sofreu poderão ser
vividas também pelos seus enviados/as.
Jesus ilustra
isso recorrendo ao senso e à experiência comum das relações sociais: o
discípulo não está acima do mestre, e o servo não está acima do senhor. Ele não
critica isso que hoje seria inaceitável aos olhos do homem moderno, mas
acrescenta que os/as discípulos/as missionários/as não são seus empregados, e
sim irmãos e irmãs, pessoas que fazem parte de sua família. Se a Jesus, que é
como que o chefe da família, o acusaram de ser agente do chefe dos demônios, isso
também pode ocorrer com os irmãos e irmãs que ele envia.
Mas a
insistência dessa exortação missionária de Jesus recai sobre a necessidade de
confiar, de não ter medo. O medo pode paralisar, limitar ou desorientar o
anúncio e o testemunho do Reino de Deus, e pode levar os discípulos/as
missionários/as até a fugir da missão. Mas, para Jesus, tudo está dentro do
conhecimento compassivo e da vontade do Pai. Os “podres poderes” têm um poder
limitado, têm “pés de barro”, e não podem matar o fermento da vida nova
inaugurada em Jesus. Como diz Paulo na prisão, mesmo que os/as missionários/as
sejam espezinhados, o Evangelho não está algemado.
Temer a Deus
significa permanecer fiel à missão, pois ela é parte indissociável da vida nova
em Cristo. Significa também ter mais em conta a vontade de Deus que as pressões
e intimidações dos poderosos. Sem essa confiança de base, a vida perde seu
esplendor e seu dinamismo. Deus é Pai e está próximo e atento às necessidades
dos seus amados pequeninos. E nada escapa do seu cuidado por nós. Ademais,
aquele que nos envia, é nosso advogado!
Meditação:
·
Deixe que ressoe em você e rumine por um instante cada uma das
recomendações de Jesus aos discípulos
·
Repita e deixe ecoar em sua mente e seu coração cada palavra de
estímulo de Jesus aos seus discípulos/as
·
O que significa para você, nesse momento, a ordem insistente de
Jesus: “Não tenha medo”?
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