Ano A | Memória
de São Joaquim e Santa Ana | Mateus 13,16-17
(26/07/2023)
Estes dois versículos fazem parte do diálogo
catequético e formativo de Jesus com os discípulos. O objetivo é explicar as
razões que o levam a falar em parábolas, especialmente quando se dirige às
autoridades religiosas e ao povo. Mas, na liturgia de hoje, este breve trecho
do evangelho segundo Mateus iluminam a festa de São Joaquim e Sant’Ana.
As parábolas tratam, antes de tudo, do mistério do
Reino de Deus, por vontade de Deus acessíveis prioritariamente aos “pequenos”,
aos pobres e humildes do Senhor. Como as crianças e vulneráveis, são eles os
mais aptos a entender e acolher o Reino de Deus como graça e tarefa. Ver e
ouvir o que Jesus faz e diz significa discernir a presença de Deus nos
acontecimentos e na ação de Jesus.
Pelos capítulos anteriores, sabemos que as
lideranças do judaísmo rejeitaram o ensino e a ação libertadora de Jesus. Eles
escutaram sem entender e viram sem aceitar. Tendo um coração torpe, fecharam os
ouvidos e os olhos para não se converterem. Por outro lado, aqueles/as que
acolhem o ensino de Jesus e o seguem são realmente felizes, alcançaram uma vida
cheia de brilho e de vigor.
Isso não é frustração nem acaso, mas fruto do
querer de Deus. A condição das pessoas que, entendendo e acolhendo a mensagem
do reino de Deus, a vivem e anunciam, é a mesma, ou ainda superior, à dos
justos e profetas do Antigo Testamento: eles quiseram ouvir, mas não
conseguiram, quiseram ver, mas não alcançaram. Assim são os/as discípulos/as
missionários/as de todos os tempos.
A liturgia de hoje nos leva a entender que Joaquim
e Ana, pais de Maria e avós de Jesus, fazem parte daqueles justos e profetas
que, vivendo a esperança da vinda do Messias e fazendo o que estava ao alcance
para que isso acontecesse, desejaram ver e ouvir, mas não conseguiram.
Há alguns anos o Papa Francisco nos convida a
celebrar a memória de São Joaquim e Sant’Ana como o Dia dos Avós e dos Idosos.
E, a cada ano, nos vem brindando com uma bela e estimuladora mensagem. Para o
dia de hoje, ele nos escreve inspirado no Salmo 92 (91): “O justo florescerá
como a palmeira, crescerá como o cedro que há no Líbano. Mesmo no tempo da
velhice darão frutos, serão cheios de seiva e verdejantes”. Vale a pena ler
esta mensagem.
Meditação:
· Leia
atentamente, sem pressa, palavra por palavra, estes dois breves versículos nos
quais Jesus elogia os verdadeiros discípulos/as
· Somos
capazes de ver, reconhecer e alegrar-nos com os sinais do reino de Deus nas
pessoas e acontecimentos simples e frágeis?
· Somos
capazes de ver e reconhecer na sabedoria afetuosa e no amor terno e vulnerável
dos avós sinais da bondade de Deus?
· Alegramo-nos de verdade com esta dinâmica do
reino de Deus, e como isso transparece naquilo que fazemos e anunciamos?
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