Dia 14 de maio | Quinta-feira | 5ª Semana do Tempo Pascal
Evangelho segundo João (15,9-17)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é
um jeito de iluminar e fecundar nosso cotidiano com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive
através das redes sociais. Basta combinar a mídia, a forma e o horário.
Em
tempos de restrições à convivência social, por respeito e cuidado com nosso
irmãos e irmãs, a leitura orante pode ser um modo de não reduzir nossa fé à
simples assistência de celebrações virtuais.
Os textos propostos e desenvolvidos
aqui são aqueles indicados pela Igreja para cada dia. Mas é possível escolher
outros textos, desde que tenham uma sequência e se evite ficar apenas com os
textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis –
pela pandemia e pelos desmandos no nosso país – produza muitos frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha o momento mais
adequado e tranquilo/a
· Escolha o lugar no
qual você se sente bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e tome
a bíblia delicadamente em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que você vive
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Invoque o Espírito
Santo com um refrão, recite uma invocação, ou cante um mantra, como: Tua
Palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor! Lâmpada para os meus pés, Senhor,
luz para o meu caminho (cf. https://www.youtube.com/watch?v=vYX55LKCifc)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia com toda a
sua atenção o texto de João 15,9-17
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Recite de novo cada
palavra ou frase de Jesus
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra de
Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Este ensino terno e incisivo de Jesus ocorre logo depois da ceia, do
lava-pés e da reflexão exortativa que se seguiram, e faz parte do seu
“testamento”
· Agora Jesus focaliza sua reflexão sobre sua identidade e missão, e sobre a
necessidade de aderir a ele de modo profundo e inequívoco, permanecendo com ele
· Coloque-se mentalmente junto com os discípulos,
perturbados com o gesto extremo de fraternidade de Jesus expresso no lava-pés,
com o anúncio da sua morte e com a previsão de que seria traído por um dos seus
discípulos mais íntimos
· Acolha esta alegoria, na qual Jesus se identifica com
a cepa da videira, e sublinha que somos amigos e participamos da sua intimidade
e da sua missão no mundo
· Unidos a ele, permanecendo nele, constituímos o novo e
verdadeiro povo de Deus, a comunidade de fé e de missão, reunida e enviada para
prolongar sua missão no mundo
· Fique atento/a ao
que esta palavra e esta cena desperta em você
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Acolha serenamente
a mensagem que o texto transmite a você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Tome consciência dos medos, fragilidades e carências
que perturbam você, sua família e sua comunidade
· Renove seu desejo e seu compromisso de permanecer em
Jesus, de crescer como seu amigo, de amar os irmãos como ele amou você, de ser
fecundo/a e frutificar
· Repita calmamente, respirando fundo: Eu não quero que
você seja meu servo, mas meu amigo! Eu escolhi você! Ame seu irmão como eu amo
você!
· Como Deus iniciou
o diálogo, e agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Também não corra
atrás de sentimentos fortes
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5) Contemple a vida à
luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Quais poderiam ser, em tempos de distanciamento
social, as mediações mais úteis e eficazes para cultivar nossa amizade com
Jesus e para não regatear o amor devido ao nosso próximo, para crescer na
capacidade de dar frutos na missão?
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um compromisso
pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne à vida
cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso
e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração
desse dia.
· Ou recite a
invocação: Jesus, Maria e José, acolhei-nos, esclarecei-nos e acompanhai-nos!
· Ou cante: Jesus,
tu és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passos meus seguindo os
teus! (cf.
https://www.youtube.com/watch?v=kkLxtIzfsII)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
Os
versículos propostos à meditação hoje são a segunda parte da meditação de Jesus
inspirada alegoria da videira e dos ramos. O tema da fecundidade missionária da
adesão a Jesus continua como fio condutor, mas Jesus nos convida a deslocar o
olhar da videira às relações de amor e amizade. O que ele destacava com a
imagem da união do ramo à cepa agora é enfatizado como vínculo e relação de
amor e amizade com ele e com os/as condiscípulos/as.
Para
o cristão, o amor de Jesus está seguro, é fiel e inabalável. Não há medo, e
nada precisa ser feito para merecê-lo. O que Jesus pede de quem o segue é que
seja capaz e esteja disposto a amar o próximo da mesma maneira, sem “se” nem
“mas”. Se é verdade que ninguém é constituído senhor, para estar acima dos
outros, também ninguém está em condição inferior, e deve se comportar como
escravo. Jesus jamais tratou seus discípulos como servos, sempre os teve como
amigos.
A
união amistosa com Jesus e a assimilação da sua mensagem se revela plenamente
na entrega à missão, nos frutos de solidariedade, que devem durar e se estender
no tempo. Da vínculo de amizade e confiança com Jesus brota a liberdade de
doar-se sem medida, de amar de modo incondicional os irmãos e irmãs. Esta é a
glória do Pai e a alegria indestrutível do/da discípulo/a. O amor constitui a
comunidade cristã e fundamenta a missão. Mas somente a entrega amorosa aos
outros pode nos dar a certeza de que somos objetos do amor de Deus.
A alegria cristã
não é apenas o resultado final do sucesso apostólico, da vitória sobre as
adversidades, da sensação de força e competência, mas o dinamismo libertário
que nos livra da necessidade de vencer e obter sucesso, que nos capacita a
esquecer-nos de nós mesmos para ser tudo para todos. A alegria cristã não vem
no fim da missão, é o dinamismo que a deflagra e alimenta.
(Itacir
Brassiani msf)
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