Dia 15 de maio | Sexta-feira | 5ª Semana do Tempo Pascal
Evangelho segundo João (15,12-17)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é
um jeito de iluminar e fecundar nosso cotidiano com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive
através das redes sociais. Basta combinar a mídia, a forma e o horário.
Em
tempos de restrições à convivência social, por respeito e cuidado com nosso
irmãos e irmãs, a leitura orante pode ser um modo de não reduzir nossa fé à
simples assistência de celebrações virtuais.
Os textos propostos e desenvolvidos
aqui são aqueles indicados pela Igreja para cada dia. Mas é possível escolher
outros textos, desde que tenham uma sequência e se evite ficar apenas com os
textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis –
pela pandemia e pelos desmandos no nosso país – produza muitos frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha o momento mais
adequado e tranquilo/a
· Escolha o lugar no
qual você se sente bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia delicadamente em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que você vive
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Invoque o Espírito
Santo com um refrão, recite uma invocação, ou cante um mantra, como: Tua
Palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor! Lâmpada para os meus pés, Senhor,
luz para o meu caminho (cf. https://www.youtube.com/watch?v=vYX55LKCifc)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia com toda a
sua atenção o texto de João 15,12-17
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Recite de novo cada
palavra ou frase de Jesus
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra de
Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Este ensino terno e incisivo de Jesus ocorre logo
depois da ceia, do lava-pés e da reflexão exortativa que se seguiram, e faz
parte do seu “testamento”
· Coloque-se mentalmente junto com os discípulos,
perturbados com o gesto extremo de fraternidade de Jesus, expresso no lava-pés,
com o anúncio da sua morte e com a previsão de que seria traído por um dos seus
discípulos mais íntimos
· Unidos a ele, permanecendo nele, constituímos o novo e
verdadeiro povo de Deus, a comunidade de fé e de missão, reunida e enviada para
prolongar sua missão no mundo
· Fique atento/a ao
que esta palavra e esta cena desperta em você
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Acolha serenamente
a mensagem que o texto transmite a você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Tome consciência dos medos, fragilidades e resistências
que perturbam você, sua família e sua comunidade
· Tenha presente também outros ensinos e doutrinas, que
insistem que a sabedoria é amar antes a si mesmo/a, e somente depois aos irmãos
e irmãs
· Renove seu desejo e seu compromisso de permanecer em
Jesus, de crescer como seu amigo/a, de amar os irmãos e irmãs como ele amou
você, de ser fecundo/a e frutificar
· Repita calmamente, respirando fundo: Eu não quero que
você seja meu servo/a, mas meu amigo/a! Eu escolhi você! Ame seu irmão e sua
irmã como eu amo você!
· Como Deus iniciou
o diálogo, e agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Também não corra
atrás de sentimentos fortes
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5) Contemple a vida à
luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Quais poderiam ser, em tempos de distanciamento
social, as mediações mais úteis e eficazes para cultivar nossa amizade com
Jesus e para não regatear o amor devido ao nosso próximo, para crescer na
capacidade de dar frutos na missão?
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne à vida
cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso
e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração
desse dia.
· Ou recite a
invocação: Jesus, Maria e José, acolhei-nos, esclarecei-nos e acompanhai-nos!
· Ou cante: Jesus,
tu és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passos meus seguindo os
teus! (cf.
https://www.youtube.com/watch?v=kkLxtIzfsII)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
Na
reflexão de ontem, festa de São Matias, já adiantamos as ênfases e chaves de
leitura do texto (mais breve) que nos ocupa hoje. Na verdade, cada frase dessa
meditação de Jesus tem praticamente valor e força inspiradora por si mesma, tal
a densidade e o afeto que encerram. Resta-nos apenas retomar algumas delas.
Em
primeiro lugar, a novidade do mandamento de Jesus. Não se trata de amar o
próximo como a si mesmo, mas como Jesus ama quem o segue. Só fazendo isso
poderemos continuar gozando da sua amizade. Não há como primeiro amar a si
mesmo. Não é isso que Jesus fez e ensinou. A medida e a prova extrema e
inequívoca do amor aos irmãos é “desviver-se por eles”, dar a vida. E isso não é
reservado a Jesus, mas esperado de quem o segue.
Em
segundo lugar, a amizade com Jesus, que tem sua base material no amor aos
irmãos, tem seu respiro e seu alimento na confiança com que Jesus nos trata.
Ele não esconde nada quando se trata da vontade misericordiosa do Pai. E mais
ainda: é para cumprir essa vontade do Pai que ele nos chamou e escolheu, e nos
enviou para ser comunidade “em saída”, a fim de que produzamos frutos bons e
duradouros. A fé em Jesus e o seguimento dos seus passos não pode se restringir
ao ambiente estreito e ao tempo breve de um culto, uma celebração, um retiro.
É
nessa condição – amando como Jesus nos ama e mantendo o ritmo de saída ao
encontro dos irmãos que necessitam de nós – que nossa oração pessoal e
comunitária chega ao coração do Pai. E ele, que amou tanto o mundo a ponto de
enviar seu Filho para que todos aqueles/as que nele acreditam tenham vida em
abundância, não a deixará cair no vazio, como grito no deserto. E a ordem de
Jesus, repetida e sublinhada, continua a mesma: “Isto é o que vos ordeno:
amai-vos uns aos outros!”
(Itacir
Brassiani msf)
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