Dia 19 de maio | Terça-feira | 6ª Semana do Tempo Pascal
Evangelho segundo João (16,5-11)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é
um jeito de iluminar e fecundar nosso cotidiano com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive
através das redes sociais. Basta combinar a mídia, a forma e o horário.
Em
tempos de restrições à convivência social, por respeito e cuidado com nosso
irmãos e irmãs, a leitura orante pode ser um modo de não reduzir nossa fé à
simples assistência de celebrações virtuais.
Os textos propostos e desenvolvidos
aqui são aqueles indicados pela Igreja para cada dia. Mas é possível escolher
outros textos, desde que tenham uma sequência e se evite ficar apenas com os
textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis –
pela pandemia e pelos desmandos no nosso país – produza muitos frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1) Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha o momento mais
adequado e tranquilo/a
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Invoque o Espírito
Santo com um refrão, recite uma invocação, ou cante um mantra, como: Vinde,
Santo Espírito! (clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=KLd93N1DCWs)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia com toda a
sua atenção o texto de João 16,5-11
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Este diálogo de Jesus com seus discípulos está
ambientando no contexto da ceia de despedida e o lava-pés, e faz parte do seu
“testamento”
· O diálogo é precedido pelo anúncio do paixão e morte
de Jesus e do envio do Espírito como guia, defensor e pedagogo da comunidade
cristã
· É uma advertência dramática sobre a oposição que a
vida e a missão dos discípulos/las sofrerá em todos os tempos, mas, ao mesmo
tempo, a promessa alentadora do envio de um Defensor
· Recite de novo cada
palavra ou frase de Jesus
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra de
Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Coloque-se em meio aos discípulos, perturbados com o
gesto extremo de fraternidade de Jesus, com o anúncio da sua morte e com a
previsão da oposição que sofreriam para continuar a missão de Jesus
· Você percebe, também hoje, manifestações de oposição e
resistência à missão libertadora dos seguidores/as de Jesus? Como e onde estes
sinais aparecem?
· Fique atento/a ao
que esta palavra e esta cena desperta em você
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Acolha serenamente
a mensagem que o texto transmite a você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Repita pausadamente cada palavra ou frase desta
exortação preventiva e confortadora de Jesus
· Tome consciência das incompreensões, resistências e
até oposições que os cristãos coerentes vem enfrentando nesse grave momento da
conjuntura política nacional, por se oporem às mentiras e disfarces dos grupos
saudosos da tranquilidade da “casa grande” às custas da insegurança da
“senzala”
· Como Deus iniciou
o diálogo, e agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5) Contemple a vida à
luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Como e onde você pode encontrar um apoio evangélico
para se manter na caminhada, fiel ao caminho indicado por Jesus?
· De que modo você poderia consolar e apoiar cristãos
que sofrem incompreensões e perseguições por causa da fidelidade ao caminho de
Jesus e à missão de anunciar o Reino e denunciar aquilo que se opõe a ele?
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne à vida
cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso
e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração
desse dia.
· Ou recite a
invocação: Jesus, Maria e José, acolhei-nos, esclarecei-nos e acompanhai-nos!
· Ou cante: O
Senhor vais ascendendo luzes quando vamos precisando delas! (clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Z8RU8BQRcMQ)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
Neste afetuoso diálogo profético com seus
discípulos, pressentindo a iminência da prisão e condenação, Jesus faz questão
de sublinhar que sua “saída” para o Pai, por quem foi enviado e em nome de quem
falou e agiu, fará bem para o amadurecimento missionário dos discípulos. Ele
vai para voltar como inspiração, força e defesa.
Os discípulos não entendem como a paixão e morte
de Jesus pode ser sua volta ao Pai e a plena e fiel presença do Pai nas dores
da humanidade e nas encruzilhadas da história. Toda explicação lhes parece
supérflua. A separação lhes parece escandalosa e definitiva, e por isso são
acossados pelo medo e pela tristeza. Eles não conseguem entender o mistério da
semente de trigo...
Como eles, precisamos entender que o envio do
Espírito do Deus e a sua assimilação na caminhada de discípulos missionários
depende da paixão e morte de Jesus. Sem a cruz, o Espírito seria entendido
apenas em parte, privado do seu núcleo vivo que é o amor extremo, capaz de fazer
descer aos infernos para regenerar o humano em nós. O Espírito é entrega
generosa de si, sem “se” e sem “mas”.
Recebendo o Espírito e deixando-nos guiar por
ele, passamos de uma visão de Jesus como modelo de vida para a fonte dinâmica
de vida que se manifesta nele. Nele, por ele e com ele somos capazes de
reconhecer no mistério da cruz tanto a manifestação da violência destruidora
como do amor infinito e apaixonado de Deus.
O Espírito/Defensor que recebemos do Pai por
Jesus move um processo contrário ao que vitimou Jesus e condena seus
discípulos: os condenados são inocentes, e os juízes que os condenaram são os
verdadeiros criminosos. O chefe deste mundo – personificado no grupo que dirige
o judaísmo, condena Jesus e excomunga seus discípulos – não tem nenhum poder
sobre os/as seguidores/as de Jesus.
(Itacir
Brassiani msf)
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