Dia 31
de maio | Domingo | Solenidade de Pentecostes
Evangelho segundo João (20,19-23)
A Leitura Orante da
Palavra de Deus é um jeito de iluminar e fecundar nosso cotidiano com a Palavra
de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em
comunidade, inclusive através das redes sociais. Basta combinar a mídia, a
forma e o horário.
Em tempos de
restrições à convivência social, por respeito e cuidado com nosso irmãos e
irmãs, a leitura orante pode ser um modo de não reduzir nossa fé à simples
assistência de celebrações virtuais.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados pela Igreja para cada dia. Mas é
possível escolher outros textos, desde que tenham uma sequência e se evite
ficar apenas com os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis –
pela pandemia e pelos desmandos no nosso país – produza muitos frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1) Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Invoque o Espírito
Santo com o refrão: A nós desceu, Divina Luz! A nós desceu, Divina Luz! E em nossas almas
acendei o amor, o amor de Jesus! (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=A2VLJk9iUag)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia com toda a
sua atenção o texto de João 20,19-23
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Este texto relata o primeiro encontro de Jesus com
seus discípulos depois da sua paixão e morte, na tarde do domingo da
ressurreição
· Jesus não reconhece muros e paredes, isolamentos ou
distanciamentos, vergonhas ou medos, e reestabelece a paz na vida dos
discípulos medrosos e envergonhados
· Ao mesmo tempo, superando toda forma de desconfiança,
confia-lhes a continuidade da Própria missão
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra de
Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Situe-se no cenáculo fechado, entre os discípulos medrosos
e envergonhados
· Perceba com eles a presença inesperada, misteriosa e
pacificadora de Jesus
· Acolha e deixe ressoar suas palavras, deixe que o
Sopro dele insufle vida em sua vida, missão em sua acomodação
· Fique atento/a ao
que esta palavra desperta em você
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Acolha serenamente
a mensagem que o texto transmite a você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Como Deus iniciou
o diálogo, e agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Acolha confiante e agradecido/a o mandato missionário de
Jesus: Assim como o Pai me enviou, eu envio você!
· Acolha e dê espaço ao Espírito que suscita a Palavra,
insere num Povo, resgata Liberdade, recria a capacidade de Ação solidária e
multiplica a Vida onde está ameaçada
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5) Contemple a vida à
luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Pedir que o Espírito venha a nós e nossas Igrejas
significa pedir que o “Divino Incômodo” tire os cristãos e suas Igrejas do
isolamento, da inércia e da zona de conforto. Estamos mesmo dispostos/as a
acolhê-lo?
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne à vida
cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso
e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração
desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: O Senhor vai ascendendo luzes quando vamos precisando delas! (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=Z8RU8BQRcMQ)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
Todo
poderoso Deus, voltamos para vós nossos corações arrependidos. Em nossa sincera
busca pela vossa verdade, purificai-nos de nossas injustas opiniões sobre
outros e conduzi as Igrejas a um crescimento na comunhão. Ajudai-nos e deixar
de lado nossos receios, e assim compreender melhor uns/mas aos/às outros/as e
os/as estranhos/as em nosso meio. Isso vos pedimos em nome daquele que é o
Justo, vosso amado Filho, Jesus Cristo. Amém. (Da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, 2020: 7º
dia)
SUBSÍDIO
Jesus está no centro da comunidade, enchendo todos
com a Sua paz e alegria. Os discípulos recebem uma missão. Jesus não os
convocou para adorá-lo, mas para torná-lo presente no mundo. Jesus os envia.
Não lhes diz a quem devem ir, o que devem fazer ou como devem agir. A tarefa deles
é a mesma de Jesus. Não há outra. Eles precisam ser no mundo o que Ele foi.
Eles viram de quem Jesus se aproximou, como tratou
os mais desamparados, como levou adiante o Seu projeto de humanizar a vida,
como semeou gestos de libertação e de perdão. As feridas das Suas mãos e do Seu
lado recordam-lhes a Sua entrega total. Jesus os envia agora para que
reproduzam a Sua presença entre as pessoas.
Mas Jesus sabe que os Seus discípulos são frágeis. Eles
precisam do Seu próprio Espírito para cumprir sua missão. Por isso Jesus se
dispõe a fazer com eles um gesto muito especial. Não lhes impõe as mãos, nem os
abençoa, como fazia com os doentes e os pequenos: «Sopra o seu alento sobre eles e diz:
Recebei o Espírito Santo».
O gesto de Jesus tem uma força que não conseguimos
captar. Segundo a Bíblia, Deus modelou Adão com barro, depois soprou sobre ele
o Seu sopro de vida, e aquele barro converteu-se em vida. Esse é o ser humano:
um pouco de barro animado pelo Espírito de Deus. E isso será sempre a Igreja:
barro alentado pelo Espírito de Jesus.
Crentes frágeis e de fé pequena: cristãos da barro,
sacerdotes e bispos de barro, comunidades da barro. Somente o Espírito de Jesus
nos converte em Igreja viva. As áreas em que o Seu Espírito não é bem-vindo
ficam mortas. Fazem mal a todos nós, pois impedem de atualizar a Sua presença
viva entre nós. Não devemos batizar apenas com água, mas infundir o Espírito de
Jesus. Não só devemos apenas falar de amor, mas amar pessoas como Ele.
(José Antonio
Pagola)
Nenhum comentário:
Postar um comentário