segunda-feira, 25 de maio de 2020

Leitura Orante do Evangelho (26.05.2020)


Dia 26 de maio | Terça-feira | 7ª Semana do Tempo Pascal
Evangelho segundo João (17,1-11)

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um jeito de iluminar e fecundar nosso cotidiano com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais. Basta combinar a mídia, a forma e o horário.

Em tempos de restrições à convivência social, por respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante pode ser um modo de não reduzir nossa fé à simples assistência de celebrações virtuais.

Os textos propostos e desenvolvidos aqui são aqueles indicados pela Igreja para cada dia. Mas é possível escolher outros textos, desde que tenham uma sequência e se evite ficar apenas com os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pelos desmandos no nosso país – produza muitos frutos.
(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)

(1)   Coloque-se em atitude de oração
·      Escolha o momento mais adequado e tranquilo/a
·      Escolha o lugar no qual você se sinta bem
·      Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
·      Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos
·      Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
·      Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
·      Invoque o Espírito Santo com um refrão, recite uma invocação, ou cante um mantra, como: O Senhor vai ascendendo luzes quando vamos precisando delas!  (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=Z8RU8BQRcMQ)

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus
·      Leia com toda a sua atenção o texto de João 17,1-11
·      Leia o texto em voz alta (se possível)
·      Releia o texto uma ou mais vezes (se necessário)
·      Este texto é o início da oração de Jesus pelos seus discípulos pouco antes da sua prisão
·      Esta oração está ligada à longa catequese que Jesus fez depois da ceia de despedida, e na qual pede ao Pai que se realize a salvação pela sua entrega e pede pelos seus discípulos
·      Feche a bíblia e responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

(3)   Medite a Palavra de Deus
·      Reconstrua o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
·      Situe-se junto de Jesus, compartilhe seus sentimentos, e entre com ele no espírito da oração
·      Perceba como ele pede, com serenidade e insistência, que sua doação na cruz (glória e salvação da humanidade) se realize
·      Identifique com clareza por quem Jesus reza e o que ele pede
·      Fique atento/a ao que esta palavra e esta cena desperta em você
·      Saboreie interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
·      Acolha serenamente a mensagem que o texto transmite a você

(4)   Reze com o texto lido e meditado
·      Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus
·      Como Deus iniciou o diálogo, e agora é sua vez de falar
·      Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
·      Repita pausadamente, e deixe que ressoem em você todas as palavras da oração de Jesus
·      Reze com as palavras e a intenção de Jesus, sem esquecer as vítimas do corona vírus e a semana de unidade dos cristãos
·      Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
·      Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
·      Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra
·      Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
·      Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
·      Como a forma e o conteúdo da oração de Jesus pode instruir nossa oração pessoal e familiar?
·      Que invocações o próprio Jesus acrescentaria no contexto da morte que golpeia tantos dos seus irmãos e irmãs?
·      Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação
·      Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
·      Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

(6)   Retorne à vida cotidiana
·      Se considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão do texto lido
·      Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração desse dia.
·      Ou recite a invocação: Jesus, Maria e José, acolhei-nos, esclarecei-nos e acompanhai-nos!
·      Ou cante: A nós desceu, Divina Luz! A nós desceu, Divina Luz! E em nossas almas acendei o amor, o amor de Jesus! (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=A2VLJk9iUag)
·      Apague a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração

Deus, vossa palavra é luz para os nossos passos e sem vós ficamos perdidos e desorientados. Iluminai-nos para que, através da vossa Palavra, possamos seguir pelo vosso caminho. Que as nossas Igrejas busquem intensamente vossa presença orientadora, consoladora e transformadora. Dai-nos a honestidade de que precisamos para reconhecer quando tornamos difícil para outros a visão da vossa luz e a graça de que necessitamos para partilhar essa luz com outros. Isso vos pedimos em nome de vosso Filho, que chamou a nós, seus/suas seguidores/as, para sermos luz para o mundo. Amém. (Da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, 2020: 2º dia)       

SUBSÍDIO
Estamos em plena Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (essa unidade é tão urgente que não basta dedicar-lhe uma semana!). E hoje começamos a meditar sobre a bela e engajada oração com a qual Jesus se entrega ao Pai levando nos braços os/as amados/as discípulos/as. Na primeira parte do trecho de hoje (1-5) Jesus pede ao Pai que se realize por ele o acontecimento salvífico. Na segunda (6-11), reza pelos discípulos/as.
Jesus começa erguendo os olhos, fazendo referência à cruz, lugar da manifestação divina. Sua oração está ligada a tudo o que ele partilhou e ensinou nos capítulos anteriores: ceia da aliança, lava-pés, mandamento do amor, anúncio da traição e das perseguições, promessa do Espírito. Ele tem plena consciência de que chegou a Hora esperada, anunciada nas bodas de Caná e referida na ceia.
Pedindo que o Pai o glorifique, Jesus está pedindo que o amor do Pai brilhe com intensidade no amor sem limites expresso na doação da própria vida. A glória de Deus é o amor de Jesus e o amor dos/as discípulos/as. A união plena e perfeita de Jesus com o Pai se dá pela cruz, na qual o amor do Pai e o amor de Jesus coincidem. É a perfeita união de vontades, de projetos. Na cruz, a nova criação que estava em curso chega ao seu ápice.
Crer em Jesus significa colocar-se ao lado do ser humano, e a obra que honra o Pai é aquela que honra o ser humano. A santidade do Pai, do Filho e do Espírito não os afastam da humanidade, mas os implicam definitivamente com ela. E isso vale também para a santidade dos/as discípulos/as. Por isso, Jesus não pede ao pai por esta ou aquela necessidade específica da comunidade de discípulos/as e nem pelo mundo, mas que ele permaneçam no mundo fazendo a diferença evangélica, enfrentando e vencendo a lógica dominadora e excludente do mundo.
(Itacir Brassiani)

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