Dia 25
de maio | Segunda-feira | 7ª Semana do Tempo Pascal
Evangelho segundo João (16,29-33)
A Leitura Orante da
Palavra de Deus é um jeito de iluminar e fecundar nosso cotidiano com a Palavra
de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em
comunidade, inclusive através das redes sociais. Basta combinar a mídia, a
forma e o horário.
Em tempos de
restrições à convivência social, por respeito e cuidado com nosso irmãos e
irmãs, a leitura orante pode ser um modo de não reduzir nossa fé à simples
assistência de celebrações virtuais.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados pela Igreja para cada dia. Mas é
possível escolher outros textos, desde que tenham uma sequência e se evite
ficar apenas com os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis –
pela pandemia e pelos desmandos no nosso país – produza muitos frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1) Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha o momento mais
adequado e tranquilo/a
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Invoque o Espírito
Santo com um refrão, recite uma invocação, ou cante um mantra, como: O
Senhor vai ascendendo luzes quando vamos precisando delas! (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=Z8RU8BQRcMQ)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia com toda a
sua atenção o texto de João 16,29-33
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Este trecho representa a exortação final de Jesus aos
seus discípulos, antes da sua prisão e crucifixão
· Eles ainda não conseguem ver em Jesus mais que um
mestre excepcional, dedicado a ensinar doutrinas
· Eles continuam numa fé ilusória e não conhecem a si
mesmos
· Ainda não assimilaram a paixão e morte de Jesus como
manifestação de amor e fidelidade
· Mas Jesus continua confiando neles e pedindo que não
percam a paz que se sustenta na comunhão com ele
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra de
Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Situe-se junto aos discípulos, perceba a superficialidade
da fé que eles vivem e que nós, muitas vezes, vivemos
· Acolha a ironia, a advertência e as palavras
consoladoras que Jesus dirige aos seus discípulos/as de todos os tempos
· Fique atento/a ao
que esta palavra e esta cena desperta em você
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Acolha serenamente
a mensagem que o texto transmite a você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Repita pausadamente, e deixe que ressoem em você as
palavras de Jesus: Credes agora? Eis que vem a hora em que vos dispersareis,
cada um para seu lado, e me deixareis só; Mas eu não estarei só, o Pai está
comigo; No mundo tereis aflições, mas tende coragem! Eu venci o mundo!
· Como Deus iniciou
o diálogo, e agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5) Contemple a vida à
luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Como repercute em você a advertência de que, diante
das dificuldades, nos dispersaremos, cada um para as suas coisas?
· O que significa para os cristãos de hoje a afirmação
de Jesus de que ele venceu o mundo?
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne à vida
cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso
e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração
desse dia.
· Ou recite a
invocação: Jesus, Maria e José, acolhei-nos, esclarecei-nos e acompanhai-nos!
· Ou cante: A nós
desceu, Divina Luz! A nós desceu, Divina Luz! E em nossas almas acendei o amor,
o amor de Jesus! (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=A2VLJk9iUag)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“Deus misericordioso,
libertai-nos das dolorosas lembranças do passado que ferem nossa compartilhada
vida cristã. Conduzi-nos à reconciliação para que, pela força do Espírito
Santo, possamos superar ódio com amor, ira com gentileza e suspeita com
confiança. Isso vos pedimos em nome de vosso amado Filho, nosso irmão Jesus.
Amém.” (Do texto da Semana de
Oração pela Unidade dos Cristãos, 2020: 1º dia)
SUBSÍDIO
Estamos no último trecho da catequese na qual Jesus
aborda a questão da sua partida para o Pai, das perseguições que seus
discípulos sofrerão e do envio do Espírito Consolador e animador da missão. E amanhã
iniciaremos a meditação da bela oração que Jesus dirige ao Pai antes de ser
preso e crucificado, e que inspira a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
Os discípulos demonstram que não superaram ainda
uma fé ilusória e limitada. Eles pensam que Jesus adivinhou as perguntas e
dúvidas que tinham e imaginam que ele sabe tudo e, por isso, vem de Deus. Como
Nicodemos (cf. Jo 3,1-12), eles consideram Jesus um mestre excepcional e se
admiram do seu saber. Mas ignoram que ele é mestre porquê entrega sua vida por
amor, lava os pés dos discípulos e se importa com todas as vítimas. Ele não é
mestre porque ensina uma doutrina.
Jesus demonstra que conhece seus discípulos mais
que eles mesmos se conhecem e reage com ironia. Por mais que pretendam dar a
impressão de coragem, eles serão discípulos maduros somente depois da paixão e
morte de Jesus. Jesus os adverte que eles se dispersarão como um rebanho que
abandona seu pastor, como já acontecera no final da multiplicação dos pães e
peixes e no final da catequese sobre o pão verdadeiro (cf. Jo 6, 17 e 6,66).
Eles deixarão Jesus sozinho e cada um irá para sua casa e seus interesses. E
disso Pedro é o protótipo.
Mesmo assim, realista e amigo que é, Jesus quer
tranquilizar seus discípulos. Ele pede que eles não percam a paz, mas insiste
que esta paz virá somente da união com ele, aconteça o que acontecer. Com a
entrega de Jesus por amor, a ordem injusta do mundo perde sua legitimação
religiosa e sua força, e fica desacreditada. A perseguição é certa, mas a
vitória é segura.
(Itacir Brassiani
msf)
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