Dia 30
de maio | Sábado | 7ª Semana do Tempo Pascal
Evangelho segundo João (21,20-25)
A Leitura Orante da
Palavra de Deus é um jeito de iluminar e fecundar nosso cotidiano com a Palavra
de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em
comunidade, inclusive através das redes sociais. Basta combinar a mídia, a
forma e o horário.
Em tempos de
restrições à convivência social, por respeito e cuidado com nosso irmãos e
irmãs, a leitura orante pode ser um modo de não reduzir nossa fé à simples
assistência de celebrações virtuais.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados pela Igreja para cada dia. Mas é
possível escolher outros textos, desde que tenham uma sequência e se evite
ficar apenas com os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis –
pela pandemia e pelos desmandos no nosso país – produza muitos frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Invoque o Espírito
Santo com um refrão, recite uma invocação, ou cante um mantra, como: O
Senhor vai ascendendo luzes quando vamos precisando delas! (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=Z8RU8BQRcMQ)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia com toda a
sua atenção o texto de João 21,20-25
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Depois de ser questionado sobre a profundidade do seu
amor a Jesus e de ser encarregado de cuidar dos outros, Pedro é convidado a
começar a aventura de discípulo
· Ele precisa abandonar o pensamento de se comparar com
os outros, de seguir modelos, de reivindicar o protagonismo
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra de
Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Situe-se junto de Jesus, Pedro e o discípulo fiel,
observe e procure compreender a inquietação de Pedro e a orientação clara e
incisiva de Jesus
· Que luzes e ressonâncias esta bela cena tem para nós,
nossas famílias e nossas comunidades cristãs?
· Fique atento/a ao
que esta palavra desperta em você
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Acolha serenamente
a mensagem que o texto transmite a você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Como Deus iniciou
o diálogo, e agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Deixe que ressoem em você o diálogo de Jesus com
Pedro, assim como o desconcerto de Pedro em iniciar o caminho que o outro
discípulos já percorria a muito tempo
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5) Contemple a vida à
luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Quais seriam os passos
que podemos dar para passar de uma adesão a Jesus que seja pessoal mas não
individualista, comunitária mas não escapista, missionária mas não ativista?
· Como evitar a comparação marcada pela inveja ou pelo
menosprezo do jeito de seguir jesus dos irmãos e irmãs de outras Igrejas?
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne à vida
cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso
e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração
desse dia.
· Ou recite a
invocação: Jesus, Maria e José, acolhei-nos, esclarecei-nos e acompanhai-nos! Ou
cante: Jesus, tu és a Luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passos
meus seguindo os teus! (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=qDB0xTgG7Is)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
Deus
do órfão, da viúva e do estrangeiro, colocai em nosso coração um profundo senso
de hospitalidade. Abri nossos olhos e corações quando nos pedis para vos
alimentar, vos vestir e vos visitar. Que nossas Igrejas possam participar da
eliminação da fome, da sede e do isolamento, e da superação de barreiras que
não permitem acolher a todos/as. Isso vos pedimos em nome de vosso Filho,
Jesus, que está presente nos menores de nossos irmãos e irmãs. Amém. (Da Semana de Oração pela Unidade dos
Cristãos, 2020: 6º dia)
SUBSÍDIO
A
bela e instigante cena de ontem terminou com o convite imperativo de Jesus a
Pedro: “Segue-me!” Pedro voltou-se finalmente para Jesus (movimento de
conversão?) e viu que o discípulo amigo, que jamais duvidara ou abandonara Jesus,
continuava seguindo-o. Pedro pergunta a Jesus o que será dele, qual será o
itinerário desse discípulo amigo e fiel. Deu a entender que pretendia segui-lo.
Jesus
não respondeu à pergunta de Pedro, mas questionou seu desejo implícito, afirmando
com ênfase: “O que você tem a ver com isso? Trate de me seguir!” O essencial é
seguir Jesus, e cada um/a o faz com um itinerário pessoal, sem afastar-se da
comunidade e sem desertar da missão. Ninguém deve seguir ninguém, e todos/as
devem seguir e testemunhar Jesus, de quem recebem o Espírito.
Jesus
diz que o discípulo amigo e fiel poderá permanecer enquanto ele continua vindo.
Isso quer dizer que tanto o amor de Jesus feito sacramento na eucaristia quanto
a missão que ele nos confia se prolongam no tempo, sem uma data prevista para
terminar. Tornar-se discípulo de Jesus é uma aventura que nunca termina de
começar. No finalzinho da sua vida, Pedro começa este caminho que se recusou a
fazer antes, porque só acreditava num messias poderoso, e desejava o papel de
protagonismo.
Jesus
se empenha em curar esse mal pela raiz, ajudando Pedro a renunciar à ambição de
ser o primeiro, a aceitar ser amigo e não súdito, a reconhecer que nesse
caminho ninguém é mais que ninguém, a se dispor a um amor generoso e
incondicional que poderá levá-lo à morte.
No
começo da cena (cf. 21,15), Pedro é tratado por Jesus como “Simão, filho de
João”, sublinhando seu vínculo com aqueles que esperavam um messias
nacionalista e poderoso. A cena termina com ele sendo tratado como Pedro, o
nome que Jesus lhe deu, incluindo-o entre os discípulos.
(Itacir Brassiani
msf)
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