Dia 28
de maio | Quinta-feira | 7ª Semana do Tempo Pascal
Evangelho segundo João (17,20-26)
A Leitura Orante da
Palavra de Deus é um jeito de iluminar e fecundar nosso cotidiano com a Palavra
de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em
comunidade, inclusive através das redes sociais. Basta combinar a mídia, a
forma e o horário.
Em tempos de restrições
à convivência social, por respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a
leitura orante pode ser um modo de não reduzir nossa fé à simples assistência
de celebrações virtuais.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados pela Igreja para cada dia. Mas é
possível escolher outros textos, desde que tenham uma sequência e se evite
ficar apenas com os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis –
pela pandemia e pelos desmandos no nosso país – produza muitos frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1) Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Invoque o Espírito
Santo com um refrão, recite uma invocação, ou cante um mantra, como: O
Senhor vai ascendendo luzes quando vamos precisando delas! (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=Z8RU8BQRcMQ)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia com toda a
sua atenção o texto de João 17,20-26
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Este texto é a última parte da oração de Jesus pelos
seus discípulos, e precede sua prisão, condenação e morte
· Esta oração está ligada a tudo o que Jesus fez e disse
depois da ceia de despedida, e um pedido que se realize a salvação pela sua
entrega e em favor dos seus discípulos
· Nela Jesus fala da união dos/as discípulos/as, da
continuidade à qual ele se dedicou e daqueles/as que por eles virão a crer
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra de
Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Situe-se junto de Jesus, compartilhe seus sentimentos
e pensamentos, e entre com ele no espírito da oração
· Perceba como ele pede, com serenidade e insistência, pelos/as
discípulos/as – por nós! – que ainda viriam a aderir a ele
· Identifique com clareza o que você, sua família e o
povo de Deus mais necessitam hoje e faça seu os pedidos de Jesus
· Fique atento/a ao que
esta palavra desperta em você
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Acolha serenamente
a mensagem que o texto transmite a você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Como Deus iniciou
o diálogo, e agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Repita pausadamente, e deixe que ressoem em você todas
palavras e imagens da oração de Jesus
· Reze com as palavras de Jesus, sem esquecer as vítimas
da pandemia e a semana de oração pela unidade dos cristãos
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5) Contemple a vida à
luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Como a forma e o conteúdo dessa oração de Jesus pode
instruir e orientar nossa oração pessoal e familiar?
· Que invocações o próprio Jesus acrescentaria no
contexto da pandemia e cinismo que golpeia e envergonha os brasileiros/as?
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne à vida
cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso
e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração
desse dia.
· Ou recite a
invocação: Jesus, Maria e José, acolhei-nos, esclarecei-nos e acompanhai-nos! Ou
cante: A nós desceu, Divina Luz! A nós desceu, Divina Luz! E em nossas almas
acendei o amor, o amor de Jesus! (Acessível em: https://www.youtube.com/watch?v=A2VLJk9iUag)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
Todo Poderoso Deus, nosso sofrimento
pessoal nos leva a chorar de dor e nos encolhemos de medo quando experimentamos
doença, ansiedade ou a morte daqueles que amamos. Ensinai-nos a confiar em vós.
Que as Igrejas a que pertencemos sejam sinais do vosso cuidado providencial.
Fazei de nós verdadeiros discípulos de vosso Filho, que nos ensinou a ouvir
vossa Palavra e a servir uns aos outros. Confiantes vos pedimos isso em nome de
vosso Filho e pelo poder do Espírito Santo. Amém. (Da Semana de Oração pela Unidade dos
Cristãos, 2020: 4º dia)
SUBSÍDIO
Os versículos propostos para hoje são a parte final
dessa oração dita “sacerdotal” de Jesus, e suas últimas palavras antes da sua
prisão, feita com a ajuda de Judas, membro do grupo dos/as discípulos/as. Estando
prestes a fazer a travessia da cruz e antevendo a fragilidade e a grandeza
dos/as discípulos/as de todos os tempos, Jesus os recomenda ao Pai e pede por
eles, por nós.
Jesus pede ao Pai tendo diante de si a humanidade
inteira e a consciência de que sua missão está chegando ao ápice e ao fim. Ele
alarga o horizonte da sua oração, e pede pelos/as discípulos/as futuros, seguro
de que neles e por eles sua missão continuará. É nesta perspectiva que ele
insiste na unidade radical, dinâmica e profunda de todos/as aqueles/as que
acreditam nele.
A unidade em torno da novidade e da ação de Jesus
se baseia no conhecimento e na comunhão recíproca, que por sua vez, é fruto do
amor incondicional (“como eu vos amei”). Essa unidade é condição para a união
com Deus e alternativa às relações de dominação ou indiferença. Sem essa
unidade vivida na comunidade, o próprio será visto apenas como um sonhador ou
teórico a mais.
A glória que Jesus nos revela e nos transmite não é
outra coisa que o dinamismo do amor com que nos amou, prova de que ele foi
enviado pelo Pai e força que nos torna filhos/as. Contemplar essa glória
significa reconhecer, acolher e corresponder ao amor que ele manifesta na cruz.
Jesus manifesta seu desejo de que os/as
discípulos/as estejam com ele, gozem com ele da vida plena e da filiação do
Pai. Ele quer que, diante do Pai, sejamos como ele, gozemos com ele do mesmo
amor com que o Pai o amou e vivamos em profunda união com ele e com todos/as
os/as que nele creem. Ele mesmo se identifica conosco, vive uma união viva e
dinâmica com a comunidade que reuniu.
(Itacir Brassiani)
Nenhum comentário:
Postar um comentário