Dia 23 de maio | Sábado | 6ª Semana do Tempo Pascal
Evangelho segundo João (16,23-28)
A Leitura Orante da
Palavra de Deus é um jeito de iluminar e fecundar nosso cotidiano com a Palavra
de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em
comunidade, inclusive através das redes sociais. Basta combinar a mídia, a
forma e o horário.
Em tempos de
restrições à convivência social, por respeito e cuidado com nosso irmãos e
irmãs, a leitura orante pode ser um modo de não reduzir nossa fé à simples
assistência de celebrações virtuais.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados pela Igreja para cada dia. Mas é
possível escolher outros textos, desde que tenham uma sequência e se evite
ficar apenas com os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis –
pela pandemia e pelos desmandos no nosso país – produza muitos frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1) Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha o momento mais
adequado e tranquilo/a
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Invoque o Espírito
Santo com um refrão, recite uma invocação, ou cante um mantra, como: Vinde,
Santo Espírito! (cf. https://www.youtube.com/watch?v=KLd93N1DCWs)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia com toda a
sua atenção o texto de João 16,23-28
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Este diálogo de Jesus com seus discípulos está literariamente
situado no contexto da ceia de despedida e do lava-pés
· O diálogo é precedido pelo anúncio da paixão e morte
de Jesus e do envio do Espírito como Guia, Defensor e Pedagogo da comunidade
cristã, Consolação e dinamismo da missão
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra de
Deus
· Reconstrua o cenário
do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Coloque-se em meio aos discípulos, perturbados a
traição que se desenhava, com a partida próxima de Jesus e com o anúncio da
oposição que sofreriam para continuar sua missão
· Fique atento/a ao
que esta palavra e esta cena desperta em você
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Acolha serenamente
a mensagem que o texto transmite a você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Repita pausadamente cada palavra e frase desta fala de
Jesus: se vocês pedirem alguma coisa em meu nome, o Pai concederá; peçam e
receberão, para que a alegria de vocês seja completa; naquele dia, vocês pedirão
em meu nome; o próprio Pai ama vocês, porque vocês me amaram que eu vim da
parte do Pai...
· Procure apresentar-se ao Pai, e pedir com insistência
e confiança aquilo que é necessário para se manter fiel no amor e no serviço
· Como Deus iniciou
o diálogo, e agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5) Contemple a vida à
luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· O que você costuma pedir ao Pai em suas orações? Sua
oração está focada no reino de Deus, ou em você mesmo/a?
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne à vida
cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso
e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração
desse dia.
· Ou recite a
invocação: Jesus, Maria e José, acolhei-nos, esclarecei-nos e acompanhai-nos!
· Ou cante: O
Senhor vai ascendendo luzes quando vamos precisando delas! (cf. https://www.youtube.com/watch?v=Z8RU8BQRcMQ)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“Apolo,
natural de Alexandria, era homem eloquente e versado nas Escrituras. Fora
instruído no caminho do Senhor e, com muito entusiasmo, falava e ensinava com
exatidão a respeito de Jesus, embora só conhecesse o batismo de João. Ao
escutá-lo, Priscila e Áquila tomaram-no consigo e, com mais exatidão,
expuseram-lhe o caminho de Deus.” (At 18,24-26)
SUBSÍDIO
Estamos nos aproximando do final do capítulo
16 do evangelho segundo João. No texto proposto à meditação de hoje Jesus não
fala mais propriamente da sua paixão e morte, nem das dificuldades que seus
discípulos enfrentariam na missão. O tema do diálogo é a relação entre o Pai e
os discípulos. A oração feita pelos discípulos ao Pai em nome de Jesus não
cairá no vazio.
Jesus começa falando num tom solene, e afirma
que seus discípulos tem pleno acesso ao Pai. O que ele quer é que seus amados
vivam uma felicidade completa e profunda. Quando um/a discípulo/a de Jesus faz
ao Pai um pedido no espírito/nome de Jesus, a resposta é seguramente boa. O Pai
concede qualquer o que eles necessitam para viver.
Jesus vive com o pai uma “comunhão de
interesses” ou de vontade, de modo que não existe um Deus severo, que amedronta
os/as filhos/as, que precisam de um mediador para fazer suas necessidades a
ele. Há um Deus que ama profundamente seus filhos e filhas, e demonstra esse
amor em seu Filho. O Pai quer bem aos discípulos de Jesus, e os trata como
amigos. Sua onipotência e onipotência do amor. Essa é a base da nossa confiança
e da nossa alegria.
A expressão “naquele dia” se refere à
experiência do Espírito, que faz com que os/as discípulos/as peçam ao Pai
apenas aquilo que é indispensável para que vivam plenamente. É isso que
significa pedir em nome dele.
Finalmente, Jesus
resume seu itinerário: “Eu saí do Pai e vim ao mundo; e novamente parto do
mundo e vou para o Pai”. Sair do Pai é ser enviado para realizar o seu projeto
de vida. Ir ao pai significa deixar-se conduzir pelo seu Espírito, força vital
de Deus que leva à origem. E o itinerário de Jesus passa pela morte, que é
saída e, ao mesmo tempo, volta.
(Itacir
Brassiani msf)
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