quinta-feira, 2 de julho de 2020

Leitura Orante do Evangelho (02.07.2020)


Dia 02 de julho | Quinta-feira | 13ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (9,1-8)

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais. Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social, imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos e desenvolvidos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada que vivemos em nosso país – produza bons frutos.
(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)

(1)    Coloque-se em atitude de oração
·       Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a oração
·       Escolha o lugar no qual você se sinta bem
·       Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
·       Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos
·       Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
·       Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
·       Reze, ouvindo e repetindo o mantra: Aquele que vos chamou, aquele que vos chamou é fiel! Fiel é aquele que nos chamou! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=hGBOOoqb3YA)

(2)    Leia o texto da Palavra de Deus
·       Leia com toda a atenção o texto de Mateus 9,1-8
·       Leia o texto em voz alta (se possível)
·       Releia o texto uma ou mais vezes (se necessário)
·       Jesus deixa o território “pagão” dos gadarenos e volta a Cafarnaum, na sua Galileia
·       Um paralítico é levado por seus vizinhos e familiares à presença de Jesus, na sua casa
·       Jesus fica sensibilizado pela demonstração de fé ativa, chama um excluído de “filho” e o devolve são e salvo
·       Os mestres da lei, ciosos da ortodoxia que defendem, acusam Jesus de desonrar e usurpar o poder de Deus (que eles pretendem controlar)
·       Feche a bíblia e responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

(3)    Medite a Palavra de Deus
·       Reconstrua o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
·       Contemple a cena passo a passo, palavra por palavra, gesto por gesto, e deixe-se envolver nela
·       O que o gesto e as palavras de Jesus significam para você, na situação de “confinamento” e prostração que vivemos?
·       Quais são as pessoas em dificuldade que você ajudou a “carregar” até Jesus para que possam reencontrar a vida?
·       Quem são as pessoas que continuam conduzindo você a um encontro vivo e revitalizador com Jesus?
·       Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
·       Saboreie interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você

(4)    Reze com o texto lido e meditado
·       Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus
·       Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
·       Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
·       Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
·       Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
·       Deixe ressoar em seus lábios – ou no seu silêncio contemplativo – as palavras agradecidas das pessoas que encontram em Jesus Cristo um novo sentido e uma nova força para viver
·       Peça ao Pai que conceda também aos homens e mulheres de hoje a força do Evangelho para resgatar a dignidade humana perdida ou negada
·       Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra
·       Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
·       Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
·       Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação
·       Você acha que também hoje alguns agentes da Igreja caem na tentação de querer controlar e limitar a ação de Deus?
·       O que fazer para que o perdão dos pecados recupere a força libertadora e emancipadora que tinha na boca de Jesus?
·       Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
·       Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

(6)    Retorne à vida cotidiana
·       Se considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão do texto lido
·       Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração desse dia.
·       Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
·       Ouça e cante o refrão: Jesus, tu és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passos meus seguindo os teus! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=qpCS0gucq6c)
·       Apague a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
Dia 02 de julho | Quinta-feira | 13ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (9,1-8)
Depois de uma breve incursão missionária em território pagão, onde sua ação emancipadora foi mal recebida pela população, que preferiu ficar com as migalhas de segurança do império romano a fazer a travessia para a liberdade e a autonomia, Jesus volta à Galileia, à sua cidade. Também ali sua ação libertária causa desconforto e, por isso, é vigiado pelos mestres da lei.
Eis que um homem paralítico e, por isso, em situação de marginalização social e religiosa, é levado por seus familiares e vizinhos à presença de Jesus. Para tanto, superam diversas barreiras e, nesse empenho, Jesus reconhece o dinamismo da fé que os movia. Acolhe com ternura o paralítico chamando-o de filho. Como Jesus conhecia a estreita relação que a cultura estabelecia entre enfermidade e pecado, começa removendo ou perdoando o pecado e conclui mandando que ele se levante e caminhe.
Os representantes da elite religiosa, que se manifesta pela primeira vez no pensamento e no protesto dos mestres da lei, acusa Jesus de estar usurpando o poder de Deus e, por isso, blasfemando. Eles se consideram os únicos interpretes autorizados da lei e defensores da ortodoxia. Como leu o que motivou a ação das pessoas que levaram o paralítico até ele, Jesus também leu os pensamentos dos seus opositores, e os acusa de pensar e tramar o mal, de estarem se afastando da vontade de Deus.
Como enviado e comissionado pelo Pai, Jesus não reivindica para si mesmo os créditos do perdão e da cura. Ele passa do perdão – ação interior, cujos frutos não são visíveis – para a cura, que é o lado visível da mesma ação. O evangelista diz que, diante do que viu, o povo ficou com medo (trepidação frente a um claro sinal da presença de Deus) e glorificou a Deus por ter dado tal poder a Jesus e aos seus discípulos (“aos homens”).
(Itacir Brassiani msf)

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