Dia 02
de julho | Quinta-feira | 13ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (9,1-8)
A Leitura
Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa
vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em
família, em grupo ou em comunidade, inclusive
através das redes sociais. Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e
o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social, imposição que vem
se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por respeito e
cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos e desenvolvidos
aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também escolher
outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas com os
textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que
a Palavra de Deus encontre em cada um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis
– pela pandemia e pela crise generalizada que vivemos em nosso país – produza bons frutos.
(Missionários da Sagrada Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Aquele que vos chamou, aquele que vos chamou é fiel! Fiel é aquele que
nos chamou! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=hGBOOoqb3YA)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a atenção
o texto de Mateus 9,1-8
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Jesus deixa o território “pagão” dos gadarenos e volta
a Cafarnaum, na sua Galileia
· Um paralítico é levado por seus vizinhos e familiares
à presença de Jesus, na sua casa
· Jesus fica sensibilizado pela demonstração de fé
ativa, chama um excluído de “filho” e o devolve são e salvo
· Os mestres da lei, ciosos da ortodoxia que defendem,
acusam Jesus de desonrar e usurpar o poder de Deus (que eles pretendem
controlar)
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Contemple a cena passo a passo, palavra por palavra, gesto
por gesto, e deixe-se envolver nela
· O que o gesto e as palavras de Jesus significam para
você, na situação de “confinamento” e prostração que vivemos?
· Quais são as pessoas em dificuldade que você ajudou a
“carregar” até Jesus para que possam reencontrar a vida?
· Quem são as pessoas que continuam conduzindo você a um
encontro vivo e revitalizador com Jesus?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Deixe ressoar em seus lábios – ou no seu silêncio
contemplativo – as palavras agradecidas das pessoas que encontram em Jesus
Cristo um novo sentido e uma nova força para viver
· Peça ao Pai que conceda também aos homens e mulheres
de hoje a força do Evangelho para resgatar a dignidade humana perdida ou negada
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Você acha que também hoje alguns agentes da Igreja
caem na tentação de querer controlar e limitar a ação de Deus?
· O que fazer para que o perdão dos pecados recupere a
força libertadora e emancipadora que tinha na boca de Jesus?
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Jesus, tu és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passos
meus seguindo os teus! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=qpCS0gucq6c)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
Dia 02
de julho | Quinta-feira | 13ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (9,1-8)
Depois de uma breve
incursão missionária em território pagão, onde sua ação emancipadora foi mal
recebida pela população, que preferiu ficar com as migalhas de segurança do
império romano a fazer a travessia para a liberdade e a autonomia, Jesus volta
à Galileia, à sua cidade. Também ali sua ação libertária causa desconforto e,
por isso, é vigiado pelos mestres da lei.
Eis que um homem
paralítico e, por isso, em situação de marginalização social e religiosa, é
levado por seus familiares e vizinhos à presença de Jesus. Para tanto, superam
diversas barreiras e, nesse empenho, Jesus reconhece o dinamismo da fé que os
movia. Acolhe com ternura o paralítico chamando-o de filho. Como Jesus conhecia
a estreita relação que a cultura estabelecia entre enfermidade e pecado, começa
removendo ou perdoando o pecado e conclui mandando que ele se levante e
caminhe.
Os representantes da
elite religiosa, que se manifesta pela primeira vez no pensamento e no protesto
dos mestres da lei, acusa Jesus de estar usurpando o poder de Deus e, por isso,
blasfemando. Eles se consideram os únicos interpretes autorizados da lei e
defensores da ortodoxia. Como leu o que motivou a ação das pessoas que levaram
o paralítico até ele, Jesus também leu os pensamentos dos seus opositores, e os
acusa de pensar e tramar o mal, de estarem se afastando da vontade de Deus.
Como enviado e
comissionado pelo Pai, Jesus não reivindica para si mesmo os créditos do perdão
e da cura. Ele passa do perdão – ação interior, cujos frutos não são visíveis –
para a cura, que é o lado visível da mesma ação. O evangelista diz que, diante
do que viu, o povo ficou com medo (trepidação frente a um claro sinal da
presença de Deus) e glorificou a Deus por ter dado tal poder a Jesus e aos seus
discípulos (“aos homens”).
(Itacir
Brassiani msf)
Nenhum comentário:
Postar um comentário