Dia 13
de julho | Segunda-feira | 15ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (10,34-11,1)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Tua Palavra é luz do meu caminho; luz do meu caminho, meu Deus, tua
Palavra é! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 10,34-11,1
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Chegamos ao final da catequese missionária de Jesus
aos seus discípulos missionários
· No final da cena, Jesus parte à frente, para pregar e
ensinar nas cidades de origem daqueles que ele chamou
· Para os discípulos, ainda é tempo de aprender, pois,
mesmo recebendo a instrução, eles não partiram para a missão
· Jesus alerta fortemente para a necessidade de escolher
entre o projeto do Reino de Deus e a lógica do egoísmo e da indiferença
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Sublinhe ou se detenha na frase ou afirmação de Jesus
que lhe parece mais estranha, paradoxal ou surpreendente
· Procure confrontar essa palavra com a vida e missão de
Jesus, especialmente sua entrega na cruz
· Que rupturas a lealdade a Jesus e ao Reino de Deus,
professada solenemente no batismo, lhe pede hoje?
· Repita calmamente os versículos que falam da acolhida
aos discípulos/as missionários/as, e deixe que estas palavras reverberem em sua
mente e seu coração
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Apresente-se a Jesus, colocando-se à disposição para
colaborar com ele, como irmão da família que ele elegeu
· Fale ao Senhor das dificuldades e medos que lhe
acompanham na caminhada cristã, e peça a ele a graça da confiança e da
liberdade
· Procure sentir-se como pássaro que voa, vai e volta,
sob o olhar atento e amoroso do Pai
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Quais são as “acomodações perigosas” que os cristãos
de hoje estão fazendo entre o Evangelho e o egoísmo pessoal e social?
· Onde e como os cristãos precisamos deixar mais clara a
oposição entre o Evangelho e a visão social predominante?
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Eu creio na semente plantada na terra, na vida da gente; eu creio no
amor! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=GcYEy0DdYcc)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
O final da catequese missionária de Jesus é
surpreendente e até estranho. Ele, cujo nascimento foi celebrado como paz na
terra, que disse que são felizes os fazedores de paz, que pediu que seus
enviados saudassem a todos desejando a paz, diz agora que não veio trazer a paz
mas a espada e a divisão, inclusive no interior da família...
De fato, o que provoca divisão é a novidade do
Reino de Deus. Ele revoluciona as relações humanas e sociais, e, diante dele
ninguém pode ficar indiferente. O projeto do Reino de Deus e a lógica
predominante na sociedade, segundo a qual quem pode mais chora menos, se opõem
radicalmente. É uma espada que divide e pede lealdade.
A lealdade a Jesus e aos valores do Reino de Deus
estão inclusive acima dos valores da família, especialmente da família
patriarcal. Amar mais a Jesus significa priorizar e colocar ele e o Reino acima
de outros valores e vínculos e lealdades. Neste sentido, Jesus é espada que
divide!
É na adesão à lógica do Reino de Deus que
encontramos felicidade e vida abundante. A acomodação e as alianças com o “toma
lá dá cá” e com o “cada um para si” conduzem à frustração. Tomar a cruz e
seguir Jesus implica em aceitar a humilhação, a rejeição, a marginalização, mas
não necessariamente o sofrimento. Implica em subverter a ordem, em permanecer
leal a Jesus, vivendo e testemunhando a vida nova do Reino, até ao martírio.
Se
isso tudo nos parece estranho e nos assusta, como assustou aos discípulos
daquele tempo, novamente Jesus nos consola: ele e o Pai estarão presente nos
seus discípulos/as missionários, e quem os recebe, recebe a ele. Nenhum gesto
de hospitalidade e solidariedade, por menor que seja, passará em branco. Eis o
modo de ganhar a vida, de não perder o dom precioso que recebemos. Estamos
prontos para seguir adiante com o Mestre?
(Itacir Brassiani msf)
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