Dia 07
de julho | Terça-feira | 14ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (9,32-38)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Aquele que vos chamou, aquele que vos chamou é fiel! Fiel é aquele que
nos chamou! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=hGBOOoqb3YA)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a atenção
o texto de Mateus 9,32-38
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Jesus continua sua peregrinação pelo santuário das
dores humanas, anunciando a boa notícia do Reino de Deus, ensinando seus discípulos
e curando os enfermos
· Ele sabe que não fará tudo sozinho, mas não desiste
nem se desespera: convoca a nós para colaborar e buscar mais colaboradores
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Acompanhe cada palavra e cada gesto ou ação desta cena
· O segredo da vida e o motor da missão de Jesus é a
compaixão, seu envolvimento visceral com as pessoas que sofrem
· O que esta cena e estas palavras de Jesus nos ensinam
sobre a missão da Igreja e nossa nos dias de hoje?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Apresente-se a Jesus, colocando-se à disposição para
colaborar com ele na sua imensa missão
· Peça insistentemente a graça da compaixão
· Agradeça pelas muitas pessoas que, dentro ou fora da
Igreja, desenvolvem o ministério da compaixão
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar conveniente,
leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão do
texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Jesus, tu és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passos
meus seguindo os teus! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=qpCS0gucq6c)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
Eu só peço a Deus que a dor não me seja indiferente,
que a morte não me encontre, um dia, solitário, sem ter feito o que eu
queria...
Eu só peço a Deus que a injustiça não me seja
indiferente, pois não posso dar a outra face se já fui machucado brutalmente...
Eu só peço a Deus que a guerra não me seja indiferente:
é um monstro grande e pisa forte toda forma de inocência dessa gente...
Eu só peço a Deus que a mentira não me seja
indiferente: se um só traidor tem mais poder, que este povo não esqueça facilmente...
(Léon Giego)
SUBSÍDIO
Ontem
contemplamos a bela cena da cura de uma mulher e uma menina, e a notícia se
espalhando e chegando até nós. E perguntávamos se cremos como a mulher e o pai
da menina que o toque de Jesus pode nos curar e levantar? Hoje, Jesus cura um surdo-mudo
e continua sua peregrinação pelo santuário das dores humanas, anunciando o
Reino de Deus, ensinando como acolhê-lo e curando enfermos.
Jesus
sempre é tocado pelo sofrimento alheio, mas não fica no sentimento. Diante de
um povo abandonado à própria sorte pelas autoridades religiosas e políticas, um
povo cansado e abatido, espoliado e abandonado, Jesus é tomado de profunda
compaixão e toma iniciativas para mudar a situação e devolver a cidadania às
pessoas. A compaixão, essa capacidade de se importar profundamente com a dor
dos outros é o segredo e o motor da sua missão.
O mudo
da cena de hoje é mais um exemplo vivo desse povo marginalizado e dependente.
Sob a pressão do exército romano e das múltiplas carências, não consegue nem levantar
seu próprio lamento e protesto nem dizer seu protesto. A ação de Jesus o livra
desse tormento, a multidão se admira, mas os fariseus investem contra Jesus,
acusando de agir em nome do demônio. Mas nada impede que Jesus continue sua
missão de compaixão, anunciando a Boa Notícia de Deus, ensinando e curando.
O que
ocorre é que Jesus percebe claramente que sua missão ultrapassa suas
possibilidades. Ele não dará conta de fazer tudo sozinho. Ele precisa contar
com muito mais gente nesse ministério da compaixão, que vence a indiferença e
reconstrói a vida de um povo dilacerado. Diante da exiguidade de recursos e da
pequenez da comunidade frente à extensão da missão, Jesus não desiste nem se
desespera: chama-nos, envia-nos, e pede que rezemos, e busquemos mais
colaboradores/as.
(Itacir
Brassiani msf)
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