Dia 06
de julho | Segunda | 14ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (9,18-26)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Aquele que vos chamou, aquele que vos chamou é fiel! Fiel é aquele que
nos chamou! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=hGBOOoqb3YA)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a atenção
o texto de Mateus 9,18-26
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Jesus age e liberta as pessoas necessidades em
qualquer lugar: na estrada ou nas casas, onde ainda estamos confinados
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Acompanhe cada palavra e cada gesto ou ação desta
cena, observando bem a atitude dos diversos personagens
· O que a intercessão do pai da menina e a iniciativa da
mulher doente podem nos ensinar?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Deixe que Jesus toque a transforme aquelas dimensões
da sua vida que amarram e impedem que você se levante e ame
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Em que situações a espera e crise ainda justifica
práticas de jejum e penitência?
· Onde a Igreja precisa substituir o luto pela festa, a
roupa velha pela roupa nova do Evangelho de Jesus?
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Jesus, tu és a luz dos olhos meus! Jesus, brilhe esta luz nos passos
meus seguindo os teus! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=qpCS0gucq6c)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
Senhor,
toca minha cabeça, para que todos os meus pensamentos saiam da fonte do teu
ser, para encher-me com graça e paz. Toca os meus olhos, para que eu possa
enxergar tua presença e providência muito claramente. Toca meus ouvidos, para
que eu possa escutar o grito dos pobres em volta de mim e o sussurro de tua
Palavra. Toca meus lábios, para que eu possa proclamar a Boa Notícia. Toca
minhas mãos, para que ajudem a sarar muitas vidas que estão quebradas. Toca
meus pés, para caminhar no teu caminho, ficar firme para a justiça, sem medo.
Toca meu coração com calor e compaixão para todos os que estão necessitados. Unge-me
para o serviço, para que eu possa responder com todo o meu ser às demandas
diárias da tua graça. (Irmã Ana Roy)
SUBSÍDIO
Nesta
dupla cena descrita por São Mateus, tempos a presença de vários elementos
contrastantes: um chefe e uma mulher anônima; a impotência e o poder; a doença
e a cura; a prostração e a elevação, o público da rua e o privado da casa, o
pedido direto e o desejo não dito.
A ação
compassiva e libertadora de Jesus cura e reabilita duas pessoas que sofrem e
são marginalizadas: uma mulher e uma menina. Mas enquanto a menina tem família e
é filha de uma pessoa que tem cargo de chefia, a mulher que vê sua vida se
esvaindo parece não ter ninguém por ela.
E
menina tem alguém por ela, e seu pai, como que reconhecendo que seu poder é
impotente, se aproxima de Jesus respeitosamente e pede pela filha. A mulher que
sofre de hemorragia, consciente de sua pequenez não pede nada: apenas se
aproxima de Jesus e toca no seu manto.
Há um
elemento comum entre o chefe (não se diz se de romanos ou de judeus) e a mulher
que interrompe a ida de Jesus à casa da menina: a fé na ação misericordiosa e
restauradora de Jesus. Talvez esse chefe, que em relação ás crianças faz o
contrário de Herodes, represente um modelo alternativo de liderança cristã.
A
mulher se aproxima de Jesus, sem reverência mas com grande fé, tanto que, nesse
toque, Jesus reconhece sua fé. O chefe crê que o toque de Jesus dará vida à sua
filha. Para Jesus, a fé é que fez o trabalho de cura da mulher, por isso deve
ter coragem, e a menina não está morte, mas precisa ser elevada, reestabelecida,
curada.
Como
os escribas e fariseus, a multidão reunida na casa do pai da menina não espera
nada de Jesus, e até caçoa dele. Mas a notícia daquilo que Jesus fez por ela se
espalhou e chegou até nós. Cremos como a mulher e o pai da menina que o toque
de Jesus pode nos curar e levantar?
(Itacir
Brassiani msf)
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