Dia 21
de julho | Terça-feira | 16ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (12,46-50)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: A Palavra está perto de ti, em tua boca, em teu coração! (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=BU9zUi4N3Yc)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 12,46-50
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Apesar das suas naturais tensões, ninguém duvida da
relevância do ambiente familiar no amadurecimento emocional e ético e na
socialização das pessoas
· Mas Jesus critica e supera um certo modelo de família,
baseado na figura do macho patriarca, que domina e praticamente se apossa da
autonomia dos demais membros
· O Reino de Deus inaugura uma nova família, baseada na
comum filiação divina e na igualdade radical de todos
· Seguindo os passos de Jesus e fazendo-nos
discípulos/as, somos admitidos/as como membros da sua família
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Procure inserir-se na cena relatada pelo evangelista e
interagir com os diversos personagens que aparecem
· Como ressoa em você o questionamento de Jesus aos que
falam em nome de sua família e sua resposta a eles?
· Você se sente efetivamente e com alegria irmão ou irmã
de Jesus e de todos/as aqueles/as que vivem seu Evangelho?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Repita pausadamente a bela declaração de Jesus: Minha
família são aqueles/as que fazem a vontade do meu Pai!
· Reze pela sua família de sangue, para que ela se deixe
guiar cada vez mais pelo Evangelho de Jesus
· Reze pelos membros da família humana que mais padecem,
ou que lhe são mais difíceis de aceitar
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· O que você e sua família precisam mudar ou melhorar
para se tornar uma família radicalmente cristã?
· O que nossas comunidades e Igrejas precisam mudar ou
melhorar para serem verdadeiras famílias humanas?
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão
do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Ele me amou e se entregou por mim! Ele me amou e se entregou por mim! (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=orWcwWHWWEY)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
Jesus acabara de acusar as autoridades religiosas
de serem incapazes de discernir sua identidade de Messias, enviado do Pai para
anunciar e inaugurar seu Reino. Ele deixa a sinagoga, e está em uma casa, não
na sua, com seus discípulos e discípulas. É como se fosse o lugar de encontro e
convivência de uma nova família, alternativa, que relativiza os tradicionais
laços de raça e de sangue.
Mateus diz que alguém avisou Jesus que sua mãe e
seus irmãos estavam lá fora, e desejavam falar com ele. Aproximam-se respeitosamente,
e não interrompem a ação missionária de Jesus. Seria saudades? Desejo de que
ele voltasse para casa? Decisão de segui-lo na aventura do Reino de Deus? Estar
dentro ou fora dessa casa delimita a clara pertença ao “círculo” de Jesus e do
Reino.
A novidade do Reino de Deus, muito esperada por
todos e trazida por Jesus, implicava claramente uma mudança nas relações
sociais, econômicas, religiosas, políticas, mas também das relações familiares.
Jesus questiona e supera o modelo de família patriarcal, baseada nos laços de
sangue e na submissão ao homem e senhor, sempre funcional aqos sistemas
estruturados sobre a dominação.
Jesus responde ao aviso com uma pergunta, uma
declaração e um gesto. Dirigindo-se aos discípulos e discípulas que o
circundam, ele afirma: “Eis minha mãe e meus irmãos! Pois todo aquele/a que faz
a vontade do meu Pai, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe!” A comunidade
de discípulos/as é a nova família, aberta, não sujeita aos vínculos de sangue,
de raça, de gênero, de religião. Nela, só Deus é Pai, e todos são iguais!
Nós cremos que Maria também está neste círculo,
pois, ninguém mais que ela, viveu para realizar prontamente a vontade do Pai.
Nisso ela é nossa mãe, irmã e discípula.
(Itacir
Brassiani msf)
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