Dia 19
de julho | Domingo | 16ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (13,24-43)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Tua Palavra é luz do meu caminho; luz do meu caminho, meu Deus, tua
Palavra é! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 13,24-43
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Jesus está exercitando sua missão de anunciar o
mistério do Reino de Deus, falando através de parábolas
· Hoje ele procura responder a duas perguntas, que todos
nos fazemos: Como entender a existência de forças e organizações que distorcem
e se opõem ao Evangelho da vida? Será que tem futuro o sonho de uma terra de
justiça e irmandade?
· A primeira pergunta é respondida pela parábola do
trigo e do joio, e a segunda, pelas parábolas da semente de mostarda e do
fermento
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Acolha e procure entender com amplitude e profundidade
as comparações da plantação de trigo no qual aparece o capim, da força impressionante
escondida numa sementinha e da eficácia transformadora de um pouco de fermento
misturado na farinha
· Por vezes não temos vontade de sair arrancando e
excluindo das nossas comunidades as pessoas que julgamos más, sem conseguir
perceber nossas próprias contradições?
· Outras vezes não caímos no desânimo aos constatar como
são poucas as pessoas que continuam sonhando e dando a vida por um país mais
justo e uma igreja mais igualitária?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Se puder, tome nas mãos algumas sementes, deixe-se
impressionar pelo mistério de vida que elas escondem
· Agradeça a Deus pelas iniciativas e experiências de
solidariedade e transformação que você conhece, e que mantem o sonho de Jesus
em permanente fermentação
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Como fazer para conjugar o respeito às pessoas que
defendem projetos injustos e agem de forma desumana com a missão de ser
fermento que inova e transforma as relações humanas?
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na compreensão
do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Eu creio na semente plantada na terra, na vida da gente; eu creio no
amor! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=GcYEy0DdYcc)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
Geralmente procuramos Deus nos grandes acontecimentos,
não nos pequenos e insignificantes. Por isso, era difícil para os galileus
acreditar em Jesus quando lhes dizia que Deus já estava atuando no mundo. Onde
se poderia sentir o Seu poder? Onde estavam os grandes sinais de que falava o
Antigo Testamento?
Jesus teve que ensiná-los a captar a presença de
Deus de outra forma. Mostrou-lhes a Sua grande convicção: a vida é mais do que
aquilo que se vê. Enquanto vamos vivendo de uma forma distraída, sem captar
nada de especial, algo misterioso está acontecendo no interior da vida.
Jesus vivia com essa fé: podemos não experimentar
nada de extraordinário, mas Deus está trabalhando no mundo. A Sua força é
irresistível. É necessário tempo para ver o resultado final. É necessário fé e
paciência para olhar profundamente a vida e intuir a ação secreta de Deus.
Talvez a parábola que mais os surpreendeu tenha
sido a da semente de mostarda. É a mais pequena de todas as sementes, como a
cabeça de um alfinete, mas com o tempo converte-se num belo arbusto. Todos
podem ver os pássaros abrigando-se nos seus ramos. Assim é o reino de Deus.
Os profetas não falavam assim. Ezequiel comparava-o
com um cedro magnífico, plantado numa montanha, que lançaria uma ramagem
frondosa e serviria de abrigo aos pássaros do céu. Para Jesus, a verdadeira
metáfora de Deus não é o cedro, que faz pensar em algo grandioso e poderoso,
mas a mostarda, que sugere o pequeno e insignificante.
Para seguir Jesus, não é necessário sonhar com
coisas grandes. É um erro que os seus seguidores procurem uma Igreja poderosa e
forte que se imponha sobre os outros. O ideal não é o cedro no cimo de uma
montanha alta, mas o arbusto de mostarda que cresce junto aos caminho.
(José
Antonio Pagola)
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