Dia 27
de julho | Segunda-feira | 17ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (13,31-35)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Que arda como brasa tua Palavra; nos renove esta chama que a boca
proclama! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ushj5sKNvUE)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 13,31-35
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Com o recurso das parábolas, deseja animar os
discípulos/as na esperança e quebrar a resistência e a oposição das elites à
novidade do Reino de Deus
· As duas parábolas destacam o contraste entre a
pequenez do Reino hoje e sua força de transformação e seu futuro
· O Reino de Deus tem, nas pessoas que aderem a ele, a
força da semente e do fermento, e vai minando as mentalidades e estruturas
egoístas e opressoras
· Seu modo de atuar não é o mesmo daquele das elites
culturais e econômicas que se apossam dos estados e nações
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Leia atentamente as duas parábolas e deixe-se levar
pelas imagens do fermento e da semente de mostarda (ou de eucalipto)
· De que modo estas parábolas, como de resto toda a vida
e ensino de Jesus, podem nos ensinar a conjugar realismo com esperança,
paciência com urgência?
· Você nota alguma “fermentação” evangélica na sua vida
desde que você começou a praticar a Leitura Orante do Evangelho?
· O que podemos fazer para que o fermento do Evangelho
ajudem nossas famílias e a Igreja a serem melhores?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure recordar pessoas e situações que, lentamente,
foram transformadas pelo Evangelho
· Visualize e nomeie iniciativas de solidariedade
pequenas e discretas que, sem alarde, fazem um grande bem à quem mais precisa
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· O que podemos fazer para que nossa família e nossa
comunidade se deixe guiar pelos valores do Reino de Deus em tudo o que
decidimos, fazemos e projetamos?
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Eu sei, eu sei, eu sei em quem acreditei! Eu sei! Eu sei em quem
acreditei! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=trZaqZnfNpY)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
Já vimos que Jesus prefere anunciar o mistério do
Reino de Deus através de parábolas. É um recurso sapiencial e popular que usa
imagens tiradas da experiência cotidiana, e exige o engajamento do ouvinte na
interpretação. Aos discípulos, Jesus se comunica de modo mais explicativo.
Nas parábolas de hoje, explicitamente relacionadas
com o Reino de Deus, que recorre às imagens da semente de mostrada e do
fermento, Jesus parte da experiência agrícola e doméstica. Enquanto que a
parábola do semeador chama a atenção sobre a ação de semear e as condições da
terra, as de hoje sublinham o contraste entre o pequeno e o pouco de hoje e a
grandeza e a força no futuro.
Jesus tem presente que o aparente fracasso do Reino
que ele prega não se deve unicamente à oposição que ele sofre, mas também à
própria natureza do reino de Deus. Ele não cresce ao modo dos impérios e
poderes políticos, impondo-se pela força e pela grandeza, mas de modo discreto
e escondido, lentamente, corroendo a lógica do poder e do egoísmo como o
fermento corrompe a farinha.
As parábolas nos chamam a manter os pés e mãos no
tempo presente, mas sem deixar de vislumbrar o futuro, com realismo e
esperança. O projeto alternativo do Reino de Deus, como o fermento encoberto e
escondido pela farinha, é invisível aos olhos da elite, mas lentamente vai
minando o status quo e, de pequeno como a semente de mostarda, se torna
hortaliça frondosa à sombra da qual os povos e pessoas oprimidas (aves)
encontram acolhida.
O texto termina com frases um pouco mais enigmáticas. Mas o sentido delas pode ser expresso assim: alguns ouvem e
entendem a mensagem do Reino de Deus e outros não entendem e rejeitam. Mas a
salvação de Deus é oferecida a todos, e está aberta até àqueles que a rejeitam.
(Itacir Brassiani msf)
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