Dia 30
de julho | Quinta-feira | 17ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Mateus (13,47-53)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício
para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser
feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar com os amigos a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de restrições à convivência e movimentação social,
imposição que vem se prolongando mais do que esperávamos mas que é necessária, por
respeito e cuidado com nosso irmãos e irmãs, a leitura orante é um modo de ir
além da simples assistência de celebrações virtuais e de impedir que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
e desenvolvidos aqui são aqueles indicados
pela Igreja para a liturgia diária. Mas os grupos organizados podem também
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, se evite ficar apenas
com os textos que agradam mais e se proponha um roteiro.
Que a Palavra de Deus encontre em cada
um de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses
tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pela crise generalizada
que vivemos em nosso país – produza bons
frutos.
(Missionários da Sagrada
Família
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Reze, ouvindo e
repetindo o mantra: Que arda como brasa tua Palavra; nos renove esta chama que a boca
proclama! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ushj5sKNvUE)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 13,47-53
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Continuamos lendo o capítulo no qual Mateus nos
apresenta as parábolas do Reino e a interpretação de algumas delas
· Hoje ele nos oferece uma interpretação que Jesus faz,
a pedido dos discípulos/as, da parábola da rede
· Por trás está a preocupação de Jesus em ser bem
entendido, tanto pela multidão como pelos discípulos, pois eles tinham dificuldades
de mudar a mentalidade
· Como na explicação da parábola do joio e do trigo,
Jesus está preocupado com a mentalidade integrista e purista daqueles que
imaginam ser possível uma Igreja isenta de ambiguidades
· Por isso, a separação entre o joio e o trigo, assim
como dos peixes bons como dos inaproveitáveis, se dá no fim do mundo, e quem a
faz são os anjos, não as autoridades religiosas
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Como o sentido dado por Jesus à parábola da rede
ilumina nossas urgências e estimula nossa paciência com quem se mostra lento ou
resistente às mudanças?
· Que luzes ela traz para nossa convivência familiar, comunitária
e social?
· Como conjugar paciência com urgência, evitando
criminalizar ou excluir quem diverge ou se opõe a nós?
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Peça a Jesus a graça de ser paciente e coerente como
ele foi com quem anda devagar ou toma caminhos divergentes
· Agradeça a Deus a paciência que ele tem demonstrado
com os limites e resistências seus e de seus amigos/as e familiares
· Acolha a graça de extrair do Evangelho e da vida de
Jesus coisas e sentidos novos, que possam iluminar a nossa vida hoje
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e ajudai-nos!
· Ouça e cante o
refrão: Eu sei, eu sei, eu sei em quem acreditei! Eu sei! Eu sei em quem
acreditei! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=trZaqZnfNpY)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
SUBSÍDIO
Jesus termina a sessão na qual fala do Reino de Deus
usando várias parábolas demonstrando sua preocupação em ser entendido pela
multidão e com a boa formação dos discípulos: “Compreendestes tudo isso?” “Tudo
isso” se refere às parábolas e ao dinamismo do Reino na história, mas também ao
seu ensino e à sua ação como um todo.
Compreender significa aderir, e Jesus estava
consciente do risco de que seus ouvintes não conseguissem ou não quisessem mudar
sua mentalidade e sua visão de Deus e do mundo. E os fatos posteriores
mostrarão as dificuldades dos discípulos/as em compreender e mudar.
Com a parábola da rede Jesus volta à
questão da existência de práticas de vida contrastantes, tanto na sociedade em
geral como na comunidade dos discípulos. Os peixes maus ou inaproveitáveis são
as pessoas e setores que resistem aos propósitos de Deus manifestados por Jesus.
Os bons são os/as discípulos/as.
A tentação do fundamentalismo e da separação dos
discípulos/as que se julgam bons e puros é permanente, assim como o risco de
ficar nas velhas tradições herdadas, nas “antigas lições de viver pela pátria e
viver sem razões”. É preciso entender claramente a dinâmica do Reino de Deus na
história, que comporta tensões, ambivalências, imperfeições, crescimento. Mas,
no final, o mal e os malvados não terão a última palavra.
Tonar-se discípulo/a de Jesus supõe compromisso real
e consequente com ele e disposição para aprender sempre. Ele é o modelo do
especialista na Palavra, que sabe tirar coisas velhas e novas desse tesouro. Os
valores valem, mas precisam manter a capacidade de iluminar os novos problemas
e desafios. O que é velho, bom, permanente e não muda é a misericórdia e a
compaixão de Deus.
(Itacir Brassiani msf)
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